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segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

FÁTIMA GARCIA

 


     Quando eu tomei posse como professor do ensino superior, no dia dois de janeiro de 1995, a Universidade Federal do Amapá estava dando seus primeiros passos. Havia apenas nove cursos de graduação. Os prédios mais antigos, que possuem estruturas de ferro, segundo placas do local, foram inaugurados no ano de 1993. O curso de Licenciatura em Educação Artística, tinha como coordenadora a professora Nazaré Trindade, ela já era professora do ex-território. Nesse período, muitos professores do ex-território deram imensa contribuição para que a UNIFAP pudesse seguir em frente e chegar até os dias de hoje, como universidade. Eles foram os principais alicerces da nossa instituição.

     Antes de ser UNIFAP, era o antigo NEM, Núcleo de Educação do Amapá, que fazia parte do projeto de interiorização da Universidade Federal do Pará. Período em que a maioria dos estudantes só tinham Kombis como transporte para poderem ter acesso àquela instituição. Quando a partir de 1990, se tornou UNIFAP, os ônibus tinham acesso e podiam entrar no espaço geográfico universitário, entravam pelo a atual entrada principal e saíam ao lado onde hoje encontra-se o novo prédio da Biblioteca Central da UNIFAP.

     Além da professora Nazaré Trindade, que era a coordenadora, os únicos professores efetivos do Curso de Licenciatura em Teatro, resumia-se a três: professor José Alberto Tostes; professor Humberto Mauro e professora Fátima Garcia. Havia também o professor Aranha, que era substituto; ele também pertencia aos quadros do ex-território. Os três professores efetivos, haviam sido contratados em função de terem participado como candidatos no primeiro concurso para professores, da instituição, que acontecera no ano de 1993. Eu, particularmente, fui candidato no segundo concurso, que aconteceu em setembro de 1994.

     Foi a partir desse período que comecei a conviver com a professora Fátima Garcia. Resolvi escrever sobre este tema, tendo em vista que no último dia 22 de novembro, o Curso de Artes Visuais inaugurou uma exposição sobre as obras da professora Fátima Garcia, que também era artista e se debruçava praticamente na área da pintura. Inclusive a Galeria do referido curso, foi nomeada de “Galeria Fátima Garcia”, em homenagem à professora, que tanto se dedicou ao curso, à educação e à UNIFAP. Fátima Garcia, nasceu em Belém, em 1962 e faleceu em Macapá, em 2018. Era apaixonada pela pintura e literatura, viveu grandes experiências e vivências na arte.

     Encerrarei com as observações do Prof. Dr. Joaquim Netto, quando ele afirma que: Fátima Garcia percorre um caminho de experimentações, onde a composição e a paleta cromática sinalizam elegância e reflexão. Em suas abstrações, formas arredondadas e sinuosas pronunciam algo de feminilidade num sentido plástico, que subvertem convenções no campo da pintura. Nesses trabalhos, a pintora experimenta tinta óleo sobre papel, usando esponjas, espátulas e/ou o próprio bico das bisnagas de tinta.  Com suavidade, vai diluindo a densidade dos “conflitos cromáticos” em espaços vazios e “sfumatados” - atinge a harmonia compositiva. Este artigo é uma homenagem póstuma à professora Fátima Garcia, que faleceu em 2018.

 

 

 

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