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quinta-feira, 23 de setembro de 2021

TEATRO NA CAPITAL NA DÉCADA DE 1950

 

 

     Com a segunda inauguração do Cineteatro Territorial, que aconteceu no ano de 1948, consequentemente, na década de 1950 já havia muitas manifestações artísticas e sociais, naquele tão procurado espaço físico. Foi a partir daquele ano que com nova política cultural do governo territorial, passou a acontecer uma enxurrada de eventos e de artistas conhecidos nacionalmente, que passaram a se apresentar naquele espaço teatral.

     Nesse período, com sua política cultural, o Governador Janary Gentil Nunes fazia questão de trazer para o Território vários artistas reconhecidos nacionalmente. Na ocasião, o governo sempre envidava esforços para trazer atores e atrizes famosos como Procópio Ferreira e Bibi Ferreira, Luiz Gonzaga, Dalva de Oliveira e Trio Iraquitam, entre outros. Todos esses artistas estiveram em Macapá e se apresentaram no Cineteatro Territorial.

     Nessa época, também foi trazido para Macapá pelo Governo do Estado, a famosa peça “As Mãos de Eurídice” de Pedro Bloch com o ator Rodolfo Mayer, que era considerado um dos monstros sagrados do teatro brasileiro. No monólogo “As Mãos de Eurídice”, fez grande sucesso no Brasil e no exterior.

       Em janeiro de 1950, no Cineteatro Territorial em Macapá, acontecia a apresentação de Lucy Silva e suas amiguinhas, que eram crianças artistas amapaenses, como se pode observar na terceira página do Jornal Amapá, Ano 5, número 252, de 7 de janeiro de 1950: Com um programa de variedades, onde se observa o desenvolvimento artístico da criança amapaense, a troupe recebeu bastantes aplausos, podendo-se dizer que, tomando-se em consideração a idade dos pequenos artistas, o espetáculo foi bom.

     A equipe de Lucy e suas amiguinhas, se apresentou no Cineteatro do Trem Esporte Clube que também era um espaço teatral da cidade de Macapá, o que podemos confirmar de acordo com o Jornal Amapá, Ano 5, número 253, de 14 de janeiro de 1950, na coluna “Diversões”: Teve a população do bairro da Fortaleza, domingo último, oportunidade de assistir ao espetáculo de Lucy Silva e suas amiguinhas, que se exibiram no Cine-teatro Trem, na sede do Trem Esporte Clube. Apresentando vários números novos e outros que obtiveram sucesso no espetáculo de estreia, a troupe exibiu-se a contento, sendo bastante aplaudida pela plateia que lotou o teatro.

     Na década de 1950 também passou por Macapá, um ventríloquo que se apresentou com seus bonecos na Sede do Trem Esporte Clube Macapá. O nordestino Pedro Brandão, além de ventríloquo era ilusionista. É a matéria do Jornal Amapá, Ano 5, número 262, de 18 de março de 1950: Brandão deu dois concorridos espetáculos no teatro da sede do Esporte Clube Macapá, nos quais apresentou interessantes números de ventríloquia, exibindo, ainda, trabalhos de ilusionismo, que proporcionaram momentos de grande alegria para a petizada. Entretanto, merece um destaque todo especial a interpretação feita por Brandão de vários motivos do folclore brasileiro, o que alcançou grande sucesso.

   

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

CICLOVIAS

 


     Numa cidade, todos deveriam ter o direito de ir e vir. Isto nos remete principalmente à mobilidade urbana. E esse tema não quer dizer apenas os automóveis ou os ônibus urbanos, implica também em ciclovias, para bicicletas e calçadas para pedestres. No início da década de 1990 era impensável a implantação de ciclovias na cidade de Macapá. De qualquer forma, algumas ideias isoladas surgiam aqui e ali, tanto na Câmara dos Vereadores como na Assembleia Legislativa, há notícias de que algum político tentou investir nessa área, mas que, naquela época, tais empreitadas não avançaram.

     Quais grupos se deslocam dentro de uma cidade civilizada? Tem aqueles que trafegam de um lugar para outro em seu próprio automóvel, outra camada da população transita em ônibus coletivo, uma outra parte, com suas motos e motonetas; aqueles que transitam em bicicletas, e ainda aqueles que saem de um lugar para outro, a pé, os quais, conhecemos como pedestres. Claro, cada qual deveria transitar tranquilamente, em seu espaço transitável. Mas, muitas vezes, a realidade é bem diferente. É claro, que todos concordam que os automóveis sempre foram os donos das ruas e dos asfaltos, fato que, por muito tempo deixou de lado os transeuntes que circulam numa cidade, principalmente aqueles que trafegam de bicicleta e os pedestres.

     Pouco a pouco a cidade de Macapá, vem se adaptando e se adequando às novas exigências das leis de mobilidade urbana. É o que podemos observar o grande salto que foi dado na Zona Norte, mais especificamente na Avenida Tancredo Neves. Transformou-se numa grande avenida, arborizada e iluminada, com ciclovias e calçadas.  Além de passarelas para pedestres em vários pontos. Uma imensa avenida totalmente sinalizada, duplicada e que inicia no posto da polícia rodoviária federal e vem até a ponte Sérgio Arruda. É a principal porta de entrada da cidade de Macapá, principalmente de quem vem da Guiana Francesa.

     Em outro momento, por força de eleições, alguns candidatos resolveram implantar ciclovias, mas pelo que parece, sem nenhum objetivo específico, além da conquista de votos, tendo em vista que essas ciclovias e ciclofaixas foram feitas do dia pra noite. Na atualidade cito aqui a rua Leopoldo Machado que se transformou numa maravilha de avenida, com uma ciclovia que vem do seu início até a Av. Juscelino Kubistchek. Em função dessas atitudes dos nossos representantes, percebe-se que a cidade avançou e muito, ao que diz respeito à mobilidade urbana.

     Do Marco Zero tem início outra ciclovia que vai até a praia do Araxá. Hoje quem necessitar sair de bicicleta do Marco Zero até a Av. Rio Grande do Norte, no Pacoval, vai fazer esse trajeto com muita tranquilidade, em função das ciclovias já estão se conectando umas com as outras. Notadamente que hoje, ainda há a necessidade de muitas calçadas para que os pedestres também possam transitar satisfatoriamente. Ciclistas transitem nas ciclovias e ciclofaixas e evitem acidentes. E viva as ciclovias.   

terça-feira, 21 de setembro de 2021

O CANTO DAS SEREIAS

 


     Todos sabem, conhecem, ou ouviram falar de sereias. Além dos contos contados por minha mãe, também assisti filmes com sereias, mas a primeira vez que me dei conta mesmo, desses seres mitológicos, foi ao ler a Odisseia de Homero. Acontece que após ter vencido a longa guerra de Tróia, Ulisses está de retorno à sua pátria Ítaca, mas, seguindo sua rota, a ilha das sereias era ponto de passagem obrigatório para Ulisses. Esse trajeto era muito temido por todos os marinheiros que por ali passavam. As sereias que ali habitavam, emitiam um canto tão exuberante que atraia e levava à morte todos os marinheiros que por ali navegavam. E isso causava sérios problemas para os navegantes da região. 

     Para evitar a sua morte e de seus companheiros, Ulisses criou uma estratégia, à qual, antes ninguém havia realizado. Ele ordenou que todos os seus marinheiros tapassem os ouvidos com cera de abelha, mas antes disso, também solicitou que o amarrassem no mastro do navio para que ele mesmo, Ulisses, pudesse apreciar o poderoso canto das sereias sem ser encantado, atingido e consequentemente morto. Desta forma, amarrado, não cairia na armadilha de se jogar na água para ir de encontro àquelas divas.

     Como eu era bobo! Eu pensava que sereias só existiam nos mares!? Desde a leitura da Odisseia, que jamais pensei algum dia encontrar alguma sereia encantadora como aquelas do best-seller. Para quem não sabe, as sereias possuem um canto encantador. Dizem que elas também poderão ser encontradas nos rios. Disso eu tive dúvida, até o momento que conheci esse gigantesco rio que passa majestosamente, defronte a cidade de Macapá. Há quem possa dizer que tudo isso é imaginação minha. Se aqui na Amazônia existe o boto cor de rosa, a enguia elétrica, a cobra Sofia, porque não existiria as sereias?

     Imaginação ou não, tenho certeza de que as sereias existem. Talvez não como as da minha mente, ou mesmo as do cinema, e ainda as do livro de Homero, porque hoje, posso dizer assim: - Eu já conheço sereias reais! E é exatamente isso, eu mesmo as defino como sereias reais, embora não pertençam à nenhuma família real, da política ou da história, e eu vos dou esse título honorífico de sereias reais. E nesses dois tempos distantes, imaginação e realidade, busco encontrar essa harmonia e compasso no canto das sereias do Amapá.

     Gostaria de afirmar que, quando eu ouço o canto das sereias do Amapá, eu paro imediatamente, para ouvi-las, aliás, tudo para, em função de seus timbres, ritmos, cadência e compasso. E nesse espaço de tempo, me envolvo deliberadamente, na divisão das mínimas, colcheias, fusas e semifusas. E nesse passo e compasso, ouço o timbre de ouro de cada uma delas. É nessa hora que me reconheço em Ulisses, com uma vontade imensa de mergulhar no rio Amazonas e me deixar levar pelo encanto do canto das sereias do Amapá: Oneide e Patrícia Bastos.

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

TEATRO NA REGIÃO DO OIAPOQUE

 

    

     As atividades artísticas em nível de teatro se estenderam até o Oiapoque, que na década de 1950, houve várias representações dramáticas. Estas apresentações eram lideradas pela família Guarany: o ator Ney Guarani e principalmente a atriz Maria de Nazaré, conhecida por Dona Lia. Eles fizeram teatro na escola com as professoras: Nair e Cesalinda. Nesse período, havia dois palcos no município de Oiapoque; um deles fazia parte do edifício dedicado ao cinema da cidade, denominado de Cine Oiapoque; com aspecto medieval, no referido cinema, o público tinha a incumbência de levar seu banco, sua cadeira e inclusive, a comida, para poder se alimentar durante as apresentações naquele cinema; o outro palco funcionava no “Abrigo Caetano da Silva” que pertencia à Paróquia; aqui, o próprio padre era quem ensaiava e encenava as peças. Têm-se notícias de uma dessas apresentações que se intitulava “O sonho da Mulher de Pilatos”.

     Há que se levar em consideração que, enquanto as escolas tratavam de apresentações relativas a datas comemorativas, como, por exemplo: dia dos pais, dia da independência; o teatro no âmbito da igreja tratava de temas religiosos, como a paixão de Cristo. Em “O Sonho da Mulher de Pilatos” havia tudo o que necessitava uma peça de teatro. Em entrevista a nós concedida, Dona Lia nos contou que tinha uma peça em que o padre usava inclusive um projetor de slide para poder complementar o cenário.

     Outro fato interessante é em relação ao que ficou conhecido como a tragédia do Amapá. Sabemos que em 16 de fevereiro de 1950, em função da pororoca, houve um naufrágio no rio Cassiporé, no qual, faleceu o Dr. Lélio Gonçalves da Silva, que na ocasião era Diretor e médico do Posto Misto do Oiapoque. Este fato foi transformado em texto dramatúrgico pelo rádio ator Paulo Roberto; de acordo com o Jornal Amapá, Ano 6, número 269, Macapá, 06 de maio de 1950, onde enfoca que: Inspirado na dedicação e espírito de sacrífico do jovem e pranteado clínico, o conhecido rádio-ator Paulo Roberto, organizou e transmitiu através do seu popular programa <<Obrigado Doutor>>, que a Rádio Nacional irradia todas as terças-feiras, às 20 horas, a peça intitulada << A Tragédia do Amapá>>.     

     O referido programa intitulado “Obrigado Doutor” tinha como patrocínio o Leite de Magnésia da Phillips. Dr. Lélio Silva era médico. O texto foi escrito em sua homenagem pelo rádio ator Paulo Roberto que exercia suas atividades na Rádio Nacional, que na atualidade é conhecida como Rádio Difusora de Macapá. Como este é um dos primeiros textos dramatúrgicos que temos notícia, e que em função desse acontecimento, que se deu no início de 1950, considero este, como o primeiro texto dramatúrgico do Amapá. Embora ainda não tenha sido montado como espetáculo teatral, com certeza, se tornou a radionovela, mais ouvida, naquele período.

 

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

ENCENADORES AMAPAENSES

 

 

     O primeiro grupo teatral que vai surgir na década de 1970, já em 1975, é o Grupo Teatral Telhado. O referido Grupo, participou ativamente das oficinas do Mobral e do SESC/AP.  Depois de ter montado a peça, “Bonequinho de Pano”, estreou, em 30 de julho de 1976, seu clássico e mais reconhecido espetáculo, “A Mulher Que Casou 18 Vezes”. Após a montagem da peça “O Mano Caburé”, em 1982 o Grupo Telhado encerra suas atividades artísticas. Embora o Telhado tenha quebrado paradigmas e tenha sido protagonista no que se define a montagens de espetáculos com criação e direção coletiva, infelizmente, não conseguiu avançar para a figura do diretor propriamente dito. Todavia, considero o Grupo Telhado como o precursor do teatro genuinamente amapaense.

     O segundo grupo teatral, surgiu ainda no finalzinho da década, em 1979, com a apresentação da peça “Uma Cruz Para Jesus”. O referido grupo, também participou das oficinas do Mobral e do SESC/AP, tendo à frente o ator e diretor Amadeu Lobato. Apesar de ter iniciado nessa época, a Companhia de Teatro de Arena – CIATA, foi fundada em 2005, após 16 anos de atividades ininterruptas. Este ano de 2021, completa 42 anos de apresentação de seu clássico espetáculo. Reconheço esta companhia como a maior Escola Informal de Iniciação Teatral do Amapá, tendo em vista que, grande maioria dos artistas de teatro do Amapá, tem tido sua primeira experiência neste espetáculo. Em detrimento do Grupo Telhado não ter dado prosseguimento aos seus trabalhos teatrais, consequentemente, mesmo se dedicando a temas religiosos, Amadeu Lobato se tornou o primeiro diretor amapaense de teatro.

     Outro Grupo que também surgiu a partir das oficinas do Mobral e do SESC/AP, e que foi fundado em 1983, foi o Grupo Teatral Língua de Trapo, liderado por Disney Silva. Apesar de ter montado vários espetáculos, se tornou reconhecido pelo público, a partir da estreia em 1990, do seu clássico espetáculo “Bar Caboclo”. Consta que até a presente data, este foi o único grupo amador do Amapá, que conseguiu conquistar seu próprio público e lotar o Teatro das Bacabeiras. Está com 38 anos de atividades e 30 anos da peça “Bar Caboclo”. Disney Silva entra na lista como o segundo diretor de teatro amapaense.

     Criada pelo diretor Daniel de Rocha e atriz Tina Araújo, janeiro de 1987, é o ano de fundação da Companhia de Teatro Marco Zero. Essa companhia se torna um caso à parte, levando-se em consideração que seus fundadores são imigrantes oriundos da Bahia, que chegaram a Macapá e instalaram um movimento artístico, comunitário e social. Foi a única companhia que conseguiu construir seu próprio edifício teatral, conhecido como Teatro Marco Zero, inaugurado em 2010, em estilo italiano, com capacidade para 100 lugares, no bairro Perpétuo Socorro. O considero como o grupo precursor do teatro comunitário, voltado para a comunidade do bairro Perpétuo Socorro. Dessa forma, Daniel de Rocha, se torna o terceiro diretor de teatro do Amapá. Nos dias de hoje, esses artistas estão em plena atividade no cenário do Amapá.

    

 

SANTIAGO JÚNIOR

 

 

          Reginaldo Pereira Santiago Júnior, mais conhecido nos meios teatrais como Santiago Júnior, é Arte Educador, ator e diretor teatral. Natural do Rio de Janeiro, fez teatro no Recife, onde morou por um tempo. Vem contribuindo com o teatro do Amapá, desde o ano de 2006. Em determinados momentos, se dedica do teatro na educação e outros períodos, ao teatro como produção cultural.

     Em Macapá, Santiago Júnior resolveu a estudar as lendas do Amapá. Além de ser Arte- Educador, ele identificou alguns problemas ao que diz respeito à identidade do povo amapaense, e foi com essa preocupação que ele resolveu procurar o que de melhor poderia ser montado dentro da escola, e decidiu por trabalhar as lendas do Amapá, principalmente a lenda da Bacaba.

     Mas, depois de certo período, resolve se voltar para a produção cultural e profissionalizar seu grupo de teatro, com o espetáculo “Lenda da Bacaba”, o qual, participou em 2008, do Macapá Verão. Em 2006 e 2007, e venceu dois festivais estudantis, na Feira de Intercâmbio Cultural, promovida pela SEED.  Montou ainda, os espetáculos “A Saga do Monstro Apaixonado”, e “A Cachorra Funckeira”, passando nessa fase para o texto autoral.

     Em 2007, retorna na Aldeia SESC, com o espetáculo “Halloplay”, onde faz referências ao halloween, onde se baseia inclusive no funk e hip-hop. Santiago Júnior também é um desses diretores que abre espaços para novos atores, para as pessoas que estão iniciando ou desejam iniciar seus trabalhos nas artes cênicas. Um verdadeiro trabalho de inclusão, como o caso de seu Antenor que já é um senhor, mas, obteve espaço para trabalhar com teatro sob a coordenação de Santiago Júnior.

     Em 2014, com a Companhia Viva de Teatro, onde atuou como protagonista do espetáculo “As “Máscaras de São Tiago”, ganhou o prêmio Mirian Muniz de Teatro, pela Fundação Nacional de Artes – FUNARTE. Nesse espetáculo, ele interpretou o mestre Elizardo. A referida peça, enfocava a história da festa, da travessia do povo pelo Atlântico, da Mazagão marroquina até Lisboa, de Lisboa a Belém e de Belém até Macapá. Ainda nesse mesmo ano, seu espetáculo “Sem Risos”, participou do Macapá Verão.

          Com o Movimento Cênico Artheatrum, Santiago monta “A Barca do Céu”, aqui, ele teve a experiência de ser ator, interpretando o Diabo, e paralelamente, dirigir o próprio espetáculo. Também atuou na peça “Uma Cruz para Jesus”, interpretando Judas e ainda um Profeta que era um homem do povo. Seus trabalhos mais significativos transcendem alguns Estados do Brasil, por exemplo, em Pernambuco coordenou o “Camarote da Acessibilidade”, trabalho relacionado a portares de necessidades especiais, quando representaram uma peça naquele camarote, dentro da programação do São João de Caruaru.

     Santiago Júnior é uma pessoa há muito tempo dedicada ao teatro aqui em Macapá. Seus espetáculos já foram apresentados no SESC/AP, no Centro Cultural Franco Amapaense, entre outros espaços teatrais. Ao longo dos anos tem incentivado muitos jovens, adultos e senhores a participarem de suas montagens. Motiva e recebe de braços abertos qualquer iniciante que deseja ter uma experiência com teatro.