Nas Universidades Federais, a carreira
acadêmica inicia como professor auxiliar, depois professor assistente; em
seguida, professor adjunto; depois professor associado; culminando com o último
grau da carreira que é o professor titular. Para chegar a ser professor titular
é preciso o candidato ser doutor e ter produção acadêmica. Há dois caminhos
para se chegar lá; através de concurso público ou a partir da carreira
acadêmica.
O candidato terá que encaminhar processo com memorial descritivo e
comprovação de toda sua produção acadêmica. Os memoriais têm longa tradição Brasil,
constituem-se em documentos que expõem trajetórias de professores
universitários para fins de concursos ou de progressões ao longo das suas carreiras.
No caso específico das universidades federais e da progressão para a classe de
Professor Titular a ampliação do acesso a esse nível da carreira é a resultante
de uma greve do movimento docente. Entre as concessões ao Estado e as
conquistas da categoria, essa greve garantiu que todos os professores que
alcançarem o nível de Professor Associado IV possam pleitear essa ascensão na
carreira horizontal.
Os memoriais são escritos na primeira pessoa do singular, da mesma forma
que as cartas, as confissões, os diários e as memórias. Esse gênero de escrita
de si expõe as razões do sujeito na sua parcialidade e subjetividade. Trata-se
de um gênero que produz certo grau de desconforto entre os pesquisadores
acadêmicos, uma vez que, por razões de ofício, esses aprenderam a escrever na
terceira pessoa do singular ou na primeira pessoa do plural, na pretensão de
produzir os efeitos de imparcialidade e impessoalidade.
Até meados de 2019 a Universidade Federal
do Amapá, possuía apenas dois
professores titulares; Professora Doutora Julieta Bramorski e Professor Doutor
José Carlos Tavares; os quais se submeteram a concurso público; em agosto foi a
vez de mais um servidor se tornar Titular, no caso, o Professor Doutor Jadson
Porto, que apresentou Memorial Descritivo. No dia 11de setembro, me tornei
Professor Titular e já no dia 12, a professora Doutora Rosemary Ferreira de
Andrade; nós também apresentamos Memorial Descritivo. Em dezembro desse mesmo
ano, fui Presidente da Banca da Professora Doutora Simone Garcia Almeida, esta
última resolveu apresentar sua tese intitulada “Água de Barrela”. O que se pode
observar, é que nossa instituição encerrou o ano de 2019 com um total de 6
professores titulares.
Apesar da pandemia do coronavírus e de
todos os problemas que vem enfrentando o estado do Amapá, no último dia 20,
presidi mais uma Banca de Avaliação de Progressão Funcional, desta vez a
Professora Doutora Helenilza Ferreira de Albuquerque, conseguiu galgar ser
Professora Titular. Esclarecendo que as bancas deste ano foram todas realizadas
on line. E dia 27, última sexta feira também fui Presidente da Banca de
Avaliação do Prof. Doutor José Alberto Tostes, que apresentou seu Memorial
Descritivo e foi aprovado pela Comissão de Avaliação. Isto implica dizer que a
UNIFAP encerrará o ano de 2020 com um total de 8 professores Titulares, o que é
um fato muito importante para nossa instituição.