Inicialmente conhecida como Déia Lopes,
ela começou a fazer teatro ainda jovenzinha com apenas 15 anos de idade. Suas
primeiras experiências com o teatro aconteceram ainda na escola. Em seguida
entrou num grupo de teatro e participou da peça “Do Lado de Lá”, sob a direção
da Professora Claudete Machado. Também fez teatro com Sávio Silva, e ainda,
Celso Dias. Era um espetáculo que falava das lendas, mais especialmente da
lenda do boto. Este trabalho foi de fundamental importância na sua formação
como atriz e pessoa do teatro.
Depois dessa experiência, ela se torna
componente do Grupo Marco Zero e passa a trabalhar com Daniel de Rocha e Tina
Araújo. Um dos espetáculos montados com
o Grupo Marco Zero, em que ela participou ativamente, foi “A Menina e o Vento”,
de autoria de Maria Clara Machado, onde assumiu o personagem “Adelaide”. Ainda no Grupo Marco Zero, participou como
atriz da peça de rua “A Viúva e o Buraco Negro”, este era um espetáculo
político onde se criticava o prefeito da época, que era Azevedo Costa, em
função dos muitos buracos que já existiam nas ruas de Macapá. Já no movimento
organizado de teatro, ela foi uma das fundadoras da FATA – Federação de Teatro
do Amapá. Nessa associação cultural, dedicou seu trabalho em busca de melhoras
para as questões políticas e culturais do Estado do Amapá.
Depois de passar pela FATA, se tornou
ativista cultural, se dedicando plenamente ao movimento cultural do Amapá.
Participou da luta pela criação do Conselho de Cultura. Andréa trabalhou em
vários espetáculos como: “Do Lado de Lá”, “Castelo Misterioso”, “Bar Caboclo”.
Por outro lado, criou uma dupla de palhaças com o ator Roberto Prata, este
último é considerado a primeira pessoa do sexo masculino a criar uma palhaça no
Amapá. O Castelo Misterioso, tratava-se de um espetáculo infantil, no qual, se
trabalhava as questões de higiene com as crianças. Era um espetáculo muito
dinâmico, mas de cunho pedagógico.
Também participou do espetáculo “Meu
Dentinho”, produzido pelo SESC/AP, que se voltava para a higienização dental da
criança. Ao longo do tempo este espetáculo foi tomando novas formas, até que um
dia começou a ser apresentado em vários outros locais, e não só apenas dentro
dos muros do SESC. Mas a peça em que Andréa ficou mais reconhecida como atriz
foi o espetáculo “Bar Caboclo”, montagem do Grupo Língua de Trapo. Além do
papel de Maria Batalhão, nesse espetáculo nossa atriz, também representou o papel
de Maria Chicona. Sendo uma das
primeiras atrizes do Bar Caboclo, onde passou grande temporada, Andréa resolve
então, deixar o grupo e seguir sua carreira artística. E foi participar como
atriz do trabalho que se tornou sua paixão, seu trabalho mais gratificante.
Nessa nova fase ela participou da peça
“Hiléia Desvairada”, cujo texto é de Herbert Emanuel, e direção de Nildes.
Andréa Lopes, ainda passou por vários grupos e montagens como, o grupo
desclassificáveis, onde assumiu a assistência de direção do espetáculo
“Curupira um ser Inesquecível”. Também passou pelo grupo “Boca Miúda”.
Atualmente Andréa Lopes é técnica em enfermagem, e apesar de ser uma
profissional da área da saúde, continua contribuindo nos bastidores teatrais,
além de também trabalhar com declamação de poesias e contação de histórias para
crianças.