No ano de 1993, me submeti a concurso público
na Universidade Federal do Pará. Em fevereiro de 1994 tomei posse e comecei
meus afazeres como professor de artes do ensino fundamental e médio, na escola
de aplicação, denominada de Núcleo Pedagógico Integrado, mais conhecida como
NPI, daquela tão significativa instituição. Era uma escola muto requisitada. A
experiência foi muito gratificante na minha vida; em muito aprecio a cidade de
Belém do Pará, mas, sou um caboco que não gosta de cidade grande, e, por ser
uma cidade de vultuosa, foi difícil me adaptar em Belém. Frente a tudo isso,
lá, passei apenas o ano de 1994.
Interessante é como foi trilhado o caminho
para que eu viesse fincar morada nas terras tucujus. Tudo começou com minha inscrição para
participar e apresentar artigo científico no VII Congresso da Federação de Arte
Educadores do Brasil – CONFAEB, que aconteceu no mês de julho do ano de 1994,
na cidade de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul. Tudo correu de acordo
com o previsto: instalação em hotel, recepção na secretaria do congresso,
trabalho de participação nas assembleias políticas; participação em várias
apresentações de colegas de outros estados e, enfim, apresentação de trabalho científico,
como foco de participação do referido congresso. Foi uma semana muito
proveitosa, principalmente nos contatos efetivados.
Congresso finalizado, inicia-se os
protocolos de retorno, feito o check-in, trecho de Campo Grande a São Paulo; até
aqui tudo bem, mas, o interessante é que os caminhos para que eu pudesse chegar
até Macapá, começaram a acontecer exatamente no voo de São Paulo para Belém. Nessa
época, as aeronaves faziam esse trecho, basicamente num período de quatro
horas. Um voo bastante longo. Era tempo suficiente para discutirmos
determinados assuntos da área da arte educação e da arte. Acontece que terminei
entrando numa conversa, onde já estavam alguns professores do Curso de Artes da
Universidade Federal do Pará, os quais, eu já os conhecia, como Neder Charone,
Edilson, além de mais dois que não me recordo nesse momento. Portanto, havia
nesse debate um outro professor que, naquela ocasião, a mim foi apresentado;
ele era, o coordenador do Curso de Educação Artística da Universidade Federal
do Amapá.
Entretanto, já na metade da viagem,
enquanto os demais professores da UFPA, foram tirar uma soneca; passei a
conversar, trocar ideias e conhecer o, então, coordenador do Curso de Educação
Artística da UNIFAP, professor José Alberto Tostes. Naquele momento, fiquei
deveras feliz em saber que a Universidade Federal do Amapá, estava recém
implantada. Só sei que num determinado momento ele me falava das perspectivas
de progresso daquela instituição e de que, ele próprio, havia sido aprovado em
concurso que acontecera no ano de 1993. E assim, de forma satisfatória, fui
ouvindo calmamente sobre a conquista da implantação da UNIFAP. Não obstante,
prof. Tostes começou a me informar de um novo concurso, o qual, em breve seria
publicado o edital, que, inclusive havia uma vaga para um profissional na área
do teatro, para suprir a necessidade da disciplina com o mesmo nome.
Saí dessa conversa decidido em galgar uma
vaga naquele pleito. Publicado o edital do concurso, enviei os documentos
necessários à inscrição e, muito ansioso, me submeti ao mesmo. As provas
aconteceram em setembro. Fui aprovado em primeiro lugar geral daquele certame,
visto que eu era o único candidato, que na ocasião, possuía o título de Mestre,
acredito que este fato tenha contribuído e muito para galgar esse patamar. O
concurso foi homologado em novembro, e, vários colegas de Macapá assumiram
naquele mesmo ano; como tive que concluir minhas disciplinas na UFPA, no dia 02
de janeiro de 1995, tomei posse no antigo Departamento de Pessoal da UNIFAP.