Com a segunda inauguração do Cineteatro
Territorial, que aconteceu no ano de 1948, consequentemente, na década de 1950
já havia muitas manifestações artísticas e sociais, naquele tão procurado
espaço físico. Foi a partir daquele ano que com nova política cultural do
governo territorial, passou a acontecer uma enxurrada de eventos e de artistas
conhecidos nacionalmente, que passaram a se apresentar naquele espaço teatral.
De certa forma precário, mas, já com
quatro anos em funcionamento, era evidente que iria acontecer, esse profícuo
desenvolvimento naquela casa de espetáculos. Até sua segunda inauguração,
funcionava com pouco aparato tecnológico, tanto em relação à tecnologia
teatral: sonorização, iluminação, etc., como também em relação ao cinema, visto
que, projetava apenas filmes mudo. Todavia, essa primeira fase foi o suficiente
para que o Cineteatro Territorial, se tornasse conhecido, principalmente na
região Norte. Foi um período em que se apresentavam grupos regionais, e
principalmente, companhias provenientes de Belém do Pará.
Com a segunda inauguração, que aconteceu
1948, o Cineteatro Territorial foi dotado de aparelhagem técnica de última
geração, tanto para teatro, como também máquinas de projeção de cinema falado.
Os projetores de cinema Zeiss Ikon, de 35 milímetros foram adquiridos na
Alemanha e instalados no Cineteatro Territorial. Outros projetores de 16
milímetros, Paillard e Léo, também foram adquiridos para atenderem a
necessidade dos outros três municípios, Mazagão, Amapá e Oiapoque.
Por outro lado, na capital, já havia
infraestrutura suficiente para atender os artistas, tanto em relação ao
possante edifício teatral, como também demais visitantes, visto que, em 1948,
havia nesse perímetro urbano: o próprio Cineteatro Territorial, reinaugurado em
7 de setembro de 1948 (cultura); o Hotel Macapá, de 07 de setembro de 1945, que
depois, passou a ser denominado de Novo Hotel (acomodação); a casa do
Governador de 1945 (administração); Rádio Difusora de Macapá, de 23 de julho de
1946 (comunicação); Escola Barão do Rio Branco (educação); e Praça Barão do Rio
Branco (esporte e lazer), que seria inaugurada em primeiro de janeiro de 1950.
E foi a partir desse novo contexto urbano
que, com sua política cultural, o Governador Janary Gentil Nunes, alcançou
êxito em se tratando de trazer para o Território, vários artistas reconhecidos
nacionalmente. Na ocasião, como funcionário público, o poeta Alcy Araújo, que
foi um dos principais coordenadores desse projeto, sempre envidava esforços
para trazer atores e atrizes famosos como: Procópio Ferreira e Bibi Ferreira,
Luiz Gonzaga, Dalva de Oliveira e Trio Iraquitam, entre outros. Todos esses
artistas estiveram em Macapá e se apresentaram no Cineteatro Territorial.