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segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

DEUSES SUMÉRIOS

 


     Em função de seus registros e artefatos, que foram localizados e estudados pela arqueologia e história, entre outras áreas do conhecimento humano, a Suméria é uma das civilizações antigas, mais considerada pelos estudiosos.  Há indícios de que tudo iniciou na Suméria, e por consequência, seus deuses foram adaptados para a Pérsia, Ásia Menor, depois Egito, Grécia e Roma.

     O mais antigo deles, é o mito de Ninrode e Semírames. Ninrode, casou-se com Semírames, e dessa união nasceu Tamuz (deus semita). Adorado como o deus sol, ele construiu a torre de Babel. Ninrode foi morto por “Sem”, seu tio avô, que era filho de Noé, após sua morte, “Sem” o esquartejou, separando seus pedaços por vários recantos do reino de Uruk. Por sua vez, Semírames localizou e juntou todos os pedaços do seu amado, com exceção do falo. Após esses acontecimentos, Semírames engravidou dos raios do deus Sol Baal, ocasião em que nasceu Tamuz. Semírames foi venerada como a deusa da lua, rainha do céu e mãe de deus. Em outras culturas ela passou a ser cultuada com outras denominações: Cibele, na Ásia Menor, Ísis, no Egito; Ártemis, na Grécia e Vênus em Roma.

     Provavelmente, o Egito, tenha copiado esse mito, quando na ocasião, Set mata Osíris e o esquarteja, também separando os pedaços e distribuindo por várias partes do reino do Egito. Da mesma forma, Ísis junta todos os pedaços de Osíris, menos o falo. Após a morte de Osíris, Ísis transformou-se numa pomba, pousou sobre o corpo de Osíris e assim, engravidou, ocasião em que nasceu Hórus.

     Uma das principais divindades da Suméria era Inanna, deusa do amor, beleza, sexo, desejo, fertilidade, guerra, combate, justiça e poder político, também era conhecida como rainha do céu. Em detrimento de vários impérios que emergiram naquela região, conhecida como Ishtar, foi adorada pelos acádios, babilônios e assírios. Seu principal centro de culto era o templo Eanna, na cidade de Uruk. Associada ao planeta Vênus, podemos observar suas equivalentes: Durga, para o hinduísmo; Ishtar para os semitas, babilônios, fenícios, assírios e acádios; Astarte para os cananeus e Afrodite, para os gregos. Inanna era casada com Dumuzid, mais tarde conhecido como Tamuz. O culto de Ishtar, foi relacionado a rituais sexuais, com a presença de sacerdotes homossexuais e prostituição sagrada. Homens andróginos e hermafroditas estavam plenamente envolvidos no culto de Ishtar. Em um hino acadiano, Ishtar é descrita como transformar homens em mulheres, o que se pode observar com o Dioniso grego, quando nas Bacantes, transforma Penteu, rei de Tebas, em mulher, para adorar seu culto.

     Há também o mito da descida e retorno de Inanna - Ishtar ao inferno sumério. Diz o mito que Inanna foi visitar sua irmã, que era a rainha do mundo dos mortos, acontece que por alguma razão, lá, Inanna fica presa. Ela conseguiu retornar do mundo dos mortos, mas para que isso acontecesse foi lhe dada a condição de que ela teria que encontrar alguém que a substituísse, e determinou que essa pessoa seria o Dumuzid/Tamuz.

 

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