Em função de seus registros e artefatos,
que foram localizados e estudados pela arqueologia e história, entre outras
áreas do conhecimento humano, a Suméria é uma das civilizações antigas, mais
considerada pelos estudiosos. Há
indícios de que tudo iniciou na Suméria, e por consequência, seus deuses foram
adaptados para a Pérsia, Ásia Menor, depois Egito, Grécia e Roma.
O mais antigo deles, é o mito de Ninrode e
Semírames. Ninrode, casou-se com Semírames, e dessa união nasceu Tamuz (deus
semita). Adorado como o deus sol, ele construiu a torre de Babel. Ninrode foi
morto por “Sem”, seu tio avô, que era filho de Noé, após sua morte, “Sem” o esquartejou,
separando seus pedaços por vários recantos do reino de Uruk. Por sua vez,
Semírames localizou e juntou todos os pedaços do seu amado, com exceção do
falo. Após esses acontecimentos, Semírames engravidou dos raios do deus Sol
Baal, ocasião em que nasceu Tamuz. Semírames foi venerada como a deusa da lua,
rainha do céu e mãe de deus. Em outras culturas ela passou a ser cultuada com
outras denominações: Cibele, na Ásia Menor, Ísis, no Egito; Ártemis, na Grécia
e Vênus em Roma.
Provavelmente, o Egito, tenha copiado esse
mito, quando na ocasião, Set mata Osíris e o esquarteja, também separando os
pedaços e distribuindo por várias partes do reino do Egito. Da mesma forma,
Ísis junta todos os pedaços de Osíris, menos o falo. Após a morte de Osíris, Ísis
transformou-se numa pomba, pousou sobre o corpo de Osíris e assim, engravidou,
ocasião em que nasceu Hórus.
Uma das principais divindades da Suméria
era Inanna, deusa do amor, beleza, sexo, desejo, fertilidade, guerra, combate,
justiça e poder político, também era conhecida como rainha do céu. Em
detrimento de vários impérios que emergiram naquela região, conhecida como
Ishtar, foi adorada pelos acádios, babilônios e assírios. Seu principal centro
de culto era o templo Eanna, na cidade de Uruk. Associada ao planeta Vênus,
podemos observar suas equivalentes: Durga, para o hinduísmo; Ishtar para os
semitas, babilônios, fenícios, assírios e acádios; Astarte para os cananeus e
Afrodite, para os gregos. Inanna era casada com Dumuzid, mais tarde conhecido
como Tamuz. O culto de Ishtar, foi relacionado a rituais sexuais, com a
presença de sacerdotes homossexuais e prostituição sagrada. Homens andróginos e
hermafroditas estavam plenamente envolvidos no culto de Ishtar. Em um hino
acadiano, Ishtar é descrita como transformar homens em mulheres, o que se pode
observar com o Dioniso grego, quando nas Bacantes, transforma Penteu, rei de
Tebas, em mulher, para adorar seu culto.
Há também o mito da descida e retorno de
Inanna - Ishtar ao inferno sumério. Diz o mito que Inanna foi visitar sua irmã,
que era a rainha do mundo dos mortos, acontece que por alguma razão, lá, Inanna
fica presa. Ela conseguiu retornar do mundo dos mortos, mas para que isso
acontecesse foi lhe dada a condição de que ela teria que encontrar alguém que a
substituísse, e determinou que essa pessoa seria o Dumuzid/Tamuz.
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