Nas Universidades Federais, a carreira
acadêmica inicia como professor auxiliar, depois professor assistente; em
seguida, professor adjunto; depois professor associado; culminando com o último
grau da carreira que é o professor titular. Para chegar a ser professor titular
é preciso o candidato ser doutor e ter produção acadêmica. Há dois caminhos
para se chegar lá; através de concurso público ou a partir da carreira
acadêmica.
O candidato terá que encaminhar processo com memorial descritivo e comprovação
de toda sua produção acadêmica. Os memoriais têm longa tradição no Brasil,
constituem-se em documentos que expõem trajetórias de professores
universitários para fins de concursos ou de progressões ao longo das suas
carreiras. No caso específico das universidades federais e da progressão para a
classe de Professor Titular, a ampliação do acesso a esse nível da carreira é a
resultante de uma greve do movimento docente. Entre as concessões ao Estado e
as conquistas da categoria, essa greve garantiu que todos os professores que
alcançarem o nível de Professor Associado IV possam pleitear essa ascensão na
carreira horizontal.
Os memoriais são escritos na primeira pessoa do singular, da mesma forma
que as cartas, as confissões, os diários e as memórias. Esse gênero de escrita
de si, expõe as razões do sujeito na sua parcialidade e subjetividade. Trata-se
de um gênero que produz certo grau de desconforto entre os pesquisadores
acadêmicos, uma vez que, por razões de ofício, esses, aprenderam a escrever na
terceira pessoa do singular ou na primeira pessoa do plural, na pretensão de
produzir os efeitos de imparcialidade e impessoalidade.
Até meados de 2019 a Universidade Federal
do Amapá, possuía apenas dois professores titulares; Professora Doutora Julieta
Bramorski e Professor Doutor José Carlos Tavares; os quais se submeteram a
concurso público. No segundo semestre de 2019, mais quatro professores galgaram
esse patamar, foram eles: Professor Doutor Jadson Porto, que apresentou Memorial Descritivo;
Professor Dr. Romualdo Rodrigues Palhano, e Professora Doutora Rosemary
Ferreira de Andrade, que também apresentaram Memorial Descritivo. Ainda em
2019, houve a defesa de tese inédita, “Água de Barrela”, da Professora Doutora
Simone Garcia Almeida, quando, na ocasião, fui Presidente da Banca Avaliativa. O que se pode observar, é que nossa
instituição encerrou o ano de 2019 com um total de 6 professores
titulares.
Apesar da pandemia do coronavírus e de
todos os problemas que vinha enfrentando o Estado do Amapá, no ano de 2020,
presidi mais uma Banca de Avaliação de Progressão Funcional para Professor
Titular, desta vez, da Professora Doutora Helenilza Ferreira de Albuquerque. Neste
mesmo ano, houve também a passagem para titular, do Prof. Dr. José Alberto
Tostes, banca à qual, presidi. Esclarecendo que as bancas deste ano foram todas
realizadas online. E em 2021, houve mais um professor que conquistou este
posto, desta vez, foi o Prof. Dr. Carmo Antônio de Souza, cuja banca fui
Presidente. E para fechar o ano de 2022, Prof. Dr. Ricardo Ângelo Pereira de
Lima, também se tornou Professor Titular. Isto implica dizer que, atualmente a
UNIFAP possui nos seus quadros, um total de 10 professores Titulares, o que é
um fato muito importante para nossa instituição.