Na história do Brasil houve várias
iniciativas para a utilização do teatro na educação, como também escolas para a
formação de atores e atrizes entre outros profissionais do teatro. Inicialmente
foram os jesuítas que adotaram o teatro como método de catequização dos índios.
Por aproximadamente um século, os jesuítas mantiveram o teatro como metodologia
principal em seus monastérios.
Em meados do século XIX aparece um mecenas
do teatro no Brasil que é o ator João Caetano, que com todo o seu trabalho
implantou uma escola de teatro. Nesse caso, as disciplinas giravam em torno de:
“Da Reta Pronúncia”; “Da Declamação e Esgrima”; e “Da História”. Infelizmente
não conseguiu alunos suficientes para que sua escola prosseguisse, por outro
lado, também não logrou apoio do governo na época.
No ano de 1857 cria-se na o Conservatório
Dramático na Bahia. O mesmo se voltou muito mais para preocupações com a
dramaturgia do que com a encenação propriamente dita. O foco principal era o
aperfeiçoamento artístico através dos debates em torno das questões culturais. A
atual Escola Martins Pena do Rio de Janeiro surgiu no século XX, em função da
antiga Escola Dramática Municipal.
Em 1937, cria-se o Curso Prático de
Teatro. Esse curso se transformará no marco do ensino de teatro no Rio de Janeiro.
O mesmo teve apoio do Serviço Nacional de Teatro. Já em 1953 o referido curso tornou-se o
Conservatório Nacional de Teatro. É através da Lei nº 4641 que os cursos de
Cenografia e Direção se transformam em cursos superiores. Em 1955 funda-se a
Escola de Teatro, Música e Dança da UFBA.
Na Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, Ruggero Jacobi criou o Curso de Arte Dramática e em 1968 também é
implantado o Departamento de Teatro da USP, o qual se transformará na Escola de
Comunicações e Arte.
Em
1969 o referido Conservatório passa a fazer parte da FEFIEG, agora como Escola
de Teatro. O primeiro bacharelado em Artes Cênicas do Brasil foi aprovado pelo
Conselho Federal de Educação em 1974 em função do Simpósio de Ensino e das
profissões de Teatro, que aconteceu três anos antes.
Esses movimentos fizeram surgir cursos de
teatro em várias universidades em todo país, como: UFPB; UFRN; UFRJ; UFAL; UnB;
UFPE, entre tantas outras. O Curso de Licenciatura em Teatro da Universidade
Federal do Amapá foi implantado a partir de uma luta meramente pessoal, onde me
debrucei desde que ingressei nesta IFES em 1995. Este curso foi resultado da
aprovação do terceiro projeto político pedagógico por mim proposto, em meio a
duas décadas de tentativas respectivas. O primeiro projeto foi encaminhado em
1996; o segundo em 2001 e o terceiro em 2012, este último tendo sido aprovado
em 12 de novembro de 2013, pelo Conselho Superior da UNIFAP.