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domingo, 30 de setembro de 2012

ETIMOLOGIA DO TEATRO II



     As palavras que seguem tem são apresentadas a partir de sua raiz e ramificação para palavra escrita na atualidade. Revelamos sua origem etimologia  observando sua principal as que são mais usadas no teatro na atualidade:
     A palavra COMÉDIA vem do Grego komoidia, “espetáculo divertido, comédia”, de komodios, “cantor em festas”, de komos, “festa, farra”, mais oidos, “poeta, cantor”.  Esta palavra passou por uma fase em que era usada para designar “poema narrativo”, o que é a razão de o livro “A Divina Comédia”, de Dante Alighieri, ter esse nome. 
     TRAGÉDIA também vem do Grego - tragoidia, que significa “peça ou poema com final infeliz”. Aparentemente deriva de tragos, “bode”, mais oidea, “canção”. E isso viria do drama satírico, onde geralmente os atores se vestiam com roupas e chifres de bode, que com suas pernas cabeludas eram chamados de sátiros. 
     O termo DRAMA vem do Grego drama, “peça, ação, feito” (este termo era utilizado especialmente relativo a algum grande feito, fosse positivo ou negativo), de dran, “fazer, realizar, representar”.
     Ao que tudo indica a palavra PLATEIA deriva do Grego platea, que significa um espaço “largo e plano”. Inicialmente designava o lugar onde ficavam os músicos e se estendeu depois, em prédios diferentes dos teatros gregos, à parte onde tomam assento os espectadores.
     PALCO – Vem do Italiano palco, “estrado, tablado”, do Lombardo palko, “trave, viga, grande pedaço de madeira forte”. Seu sentido se estendeu depois ao de “tablado sustentado por vigas” e mais tarde a “estrado para apresentações artísticas”.
     O termo CENA vem do Latim scaena, “palco, cena”, do Grego skena, de mesmo significado, originalmente “tenda, cabana”, relacionado a skia, “sombra”, pela noção de “algo que protege contra o sol”.
     Quanto a PROSCÊNIO revela-se como a parte anterior do palco, que se projeta para fora da cortina, e deriva do Latim proscenium, de pro-, “à frente”, mais scaena, cena.
     ATO – uma peça teatral pode ter vários atos, palavra que vem do Latim actus, “algo feito, parte de uma obra, impulso”, de agere, “levar a, guiar, colocar em movimento”.  Peças antigas eram escritas com especificamente em atos, que era utilizado no momento em que se fechava a cortina para geralmente mudar o cenário e a ação.
     Quanto ao PÚBLICO é entendido por vários teóricos que sem ele não há teatro. Vem do Latim publicus, “relativo ao povo”, de populus, “povo”. Ao longo do processo civilizador também adquiriu o significado de “aberto a toda a comunidade”, em oposição a “privado”.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

ROSTAN MARTINS: MAIS UM DOUTOR PARA O AMAPÁ



     Não tenho muita atração pela cidade de São Paulo. Primeiro por sua grandeza; segundo em função de que pouco tenho vivenciado aquele lugar e terceiro pela poluição que nos amedronta. Dizem até que São Paulo é a única cidade do Brasil que vemos o ar que respiramos. De qualquer forma, no último dia do mês de agosto estive lá... Não para passear, mas para participar como arguidor da banca de defesa do prof. Rostan Martins. Em função de sua defesa o preclaro amigo obteria o título de Doutor.   
     Em 1994 fui professor do Núcleo Pedagógico Integrado da Universidade Federal do Pará; uma espécie de Escola de Aplicação daquela universidade. Em 1995, desde que aqui cheguei voando num pequeno avião da TABA para assumir minha cadeira de professor na Universidade Federal do Amapá e me tornei espectador assíduo da trajetória do prof. Rostan, que também iniciou sua carreira de professor universitário naquele ano.
     Nessa época, a Unifap possuía apenas dois mil e oitocentos alunos em seus minguados nove cursos. Tomamos posse para lecionar no antigo Curso de Educação Artística. Ainda em 1995, tornei-me Coordenador do referido curso e percebi que com base em sua experiência na área da arquitetura o prof. Rostan Martins muito tinha a contribuir com os acadêmicos. Fato que foi acontecendo lentamente em função dos trabalhos que o prof. Rostan sempre incentivava seus alunos com a criação de vários trabalhos de esculturas em ferro e alvenaria.
     A cada turma que o prof. Rostan lecionava, seus trabalhos foram tomando corpo e hoje se pode ver atualmente no antigo ambiente do Curso de Educação Artística um obelisco com a idéia de fonte de água. Outro trabalho interessante orientado pelo referido professor numa de suas turmas foi uma placa em formato grande que deveria ter sido colocada na entrada da instituição, o que, infelizmente não aconteceu.
     Os anos foram se passando e o amigo Rostan sempre me surpreendendo com sua dedicação para com as novas gerações como também consigo próprio. Diferente de outros colegas, ele decidiu sair do âmbito geográfico do seu Estado de origem para se capacitar e fazer pós-graduação, o que se inicialmente se concretizou com a realização do seu mestrado quando estudou a Rádio Difusora de Macapá e especificamente o programa “Alô! Alô! Amazônia”.
     Com sua defesa de dourado na PUC-SP conquista mais uma etapa de sua carreira acadêmica quando logra o título de doutor. Desta vez, seu trabalho versou sobre o Marabaixo e a mídia em Macapá. “- Trabalho que merece ser publicado por sua importância para a cultura local”, disse-lhe.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

LANÇAMENTO DA OBRA "O PATO E O LAGO"



     Pato mora no lago / Lago mora no pato. O Pato sem lago / Não é pato. O lago sem pato / Não é lago. Pato gosta da pata / Pata gosta do pato. O pato sem a pata / Não é pato. A pata sem o pato / Não é pata. O pato tem duas patas / A pata tem duas asas. O pato tem duas asas / A pata tem duas patas. O pato gosta da água /A água gosta do pato. A pata gosta da água / A água gosta da pata. O pato gosta da pata e da água / A pata gosta da água e do pato. O pato e a pata gostam de passear / Andam na terra / Nadam na água / E voam no ar. Sempre pensando / Para casa voltar.
     O texto acima está recheado de ilustrações de Ozélio Muniz no livro “O Pato e o Lago” que será lançando na próxima quarta feira 19, por Romualdo Palhano no auditório da Biblioteca Pública Elcy Lacerda às 10 horas da manhã. É uma obra dedicada ao público infantil, mas com certeza o público adulto também se deliciará com a mensagem contida no livro.
     O lançamento se dará dentro do projeto “Era uma Vez” de contação de história para crianças que acontece todas as quartas feiras no auditório da biblioteca. Na ocasião será apresentados pequenos dramas para as crianças presentes, como: a dramatização da história do “pato e o lago” e ainda a história de “A onça e o bode”. Rosa Rente é a coordenadora do referido projeto.
     A professora Ana Paula Costa Arruda que assume a disciplina literatura infantil no curso de letras da UNIFAP escreveu o prefácio do livro e fala um pouco da referida obra:
     “É com a simplicidade e a sabedoria prática dos antigos contadores de histórias que Romualdo Palhano se dedica com mestria à literatura infantil. As obras deste autor traduzem uma sensibilidade que aborda assuntos atuais e delicados sem perder o elemento maravilhoso que é tão peculiar na infância. Com o “Pato e o Lago” não é diferente. O livro é um casamento perfeito entre a linguagem verbal e a imagem, possibilitando à criança ver realmente os seres e as coisas com as quais precisam integrar na vida.
     O motivo central, da referida obra, mostra-se de imediato no título e na ilustração. Os textos são breves e desenvolvidos por ilustrações dinâmicas que, sutilmente, discutem as consequências de termos o meio ambiente alterado: “O pato sem lago / Não é pato”. Assim, o pato, aflito diante das modificações de seu ambiente natural, personifica o fato de que a natureza precisa ser respeitada para que a vida se cumpra.