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segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

EQUIPE DE TITULARES

 


     Nas Universidades Federais, a carreira acadêmica inicia como professor auxiliar, depois professor assistente; em seguida, professor adjunto; depois professor associado; culminando com o último grau da carreira que é o professor titular. Para chegar a ser professor titular é preciso o candidato ser doutor e ter produção acadêmica. O candidato terá que encaminhar processo com memorial descritivo e comprovação de toda sua produção acadêmica. Os memoriais são escritos na primeira pessoa do singular, da mesma forma que as cartas, as confissões, os diários e as memórias. Esse gênero de escrita de se expõe as razões do sujeito na sua parcialidade e subjetividade. Trata-se de um gênero que produz certo grau de desconforto entre os pesquisadores acadêmicos, uma vez que, por razões de ofício, esses aprenderam a escrever na terceira pessoa do singular ou na primeira pessoa do plural, na pretensão de produzir os efeitos de imparcialidade e impessoalidade.

     Cinco anos após sua fundação, isto é, em 1995, a UNIFAP contava apenas com 4 professores Mestres. O primeiro professor Titular da instituição se deu com a chegada do professor Dr. João Renôr Ferreira de Carvalho, oriundo da Universidade Federal do Amazonas – UFAM; em seguida o Prof. Dr. Luís Isamu Barros Kanzaki, se tornou o segundo professor titular da UNIFAP. Vale salientar que há bastante tempo, esses professores já não mais pertencem aos quadros da instituição, e, que que este foi um momento isolado que se deu na década de 1990 do século XX. 

     Tratando-se do século XXI, até meados de 2019 a Universidade Federal do Amapá possuía apenas  dois professores titulares; Professora Doutora Julieta Bramorski e Professor Doutor José Carlos Tavares; os quais se submeteram a concurso público; em agosto deste mesmo ano, foi a vez de mais um servidor se tornar Titular, no caso, o Professor Doutor Jadson Porto, que apresentou Memorial Descritivo. No dia 11 de setembro de 2019, me tornei Professor Titular e já no dia 12, a professora Doutora Rosemary Ferreira de Andrade; nós também apresentamos Memorial Descritivo. Em dezembro desse mesmo ano, fui Presidente da Banca da Professora Doutora Simone Garcia Almeida, esta última resolveu apresentar sua tese intitulada “Água de Barrela”. O que se pode observar, é que nossa instituição encerrou o ano de 2019 com um total de 6 professores titulares.   

     Apesar da pandemia do coronavírus e de todos os problemas que vinha enfrentando o estado do Amapá, no ano de 2020, foi a vez da Professora Doutora Helenilza Ferreira de Albuquerque, que conseguiu galgar ser Professora Titular. Nesse período, todas as bancas foram realizadas online. No dia 27, desse mesmo ano fui Presidente da Banca de Avaliação do Prof. Doutor José Alberto Tostes, que apresentou seu Memorial Descritivo e foi aprovado pela Comissão de Avaliação. Isto implica dizer que a UNIFAP encerrou o ano de 2020 com um total de 8 professores Titulares. Já no ano de 2021, também fui presidente da banca de progressão do Prof. Dr. Carmo Antônio de Souza, o qual, se tornou o primeiro professor Titular do Curso de Direito da UNIFAP. Em 2022, mais dois professores tiveram progressão funcional, sendo assim, o Prof. Dr.  Ricardo Ângelo Pereira de Lima, da área de Geografia, também se tornou Prof. Titular, como também, o Prof. Dr. Raimundo Nonato. E, em 2023, prof. Dr. João Batista Gomes de Oliveira, também entrou para o time de professores titulares da UNIFAP. Desta feita, a Universidade Federal do Amapá inicia este ano de 2024 com um total de 12 professores nível “E”, reconhecidos Professores Titulares.

domingo, 14 de janeiro de 2024

GIRA MUNDO

 

 

     Último dia 09 de janeiro, consegui chegar ao meu sexagésimo terceiro janeiro. Não é fácil! Não é fácil chegar aos sessenta e três anos de idade. De toda forma, estou muito feliz de ter chegado a esse patamar da vida. É um caminho muito longo, em diversos sentidos. Sem esquecer que nessa imensa caminhada, muitos colegas ficaram para trás...! Muitos amigos se foram! Com um olhar para o passado, percebo que a vida se transforma numa constante luta pela sobrevivência. Isso se percebe desde criança, quando passamos a acompanhar nossos pais na luta diária... no cotidiano!

     Eu nasci em Nova Cruz, pequena cidade do Rio Grande do Norte. Meu pai já havia trabalhado de pedreiro, no Rio de Janeiro. Retornou e conseguiu um emprego efetivo na Rede Ferroviária do Nordeste. Naquela época, jovem, quando conseguia emprego, a primeira coisa que fazia era arranjar uma namorada e casar. Já casado com minha mãe, trabalhou na cidade de Cabedelo na Paraíba, depois foi transferido para a cidade de Nova Cruz – RN, onde nasci. Meu pai trabalhava oito horas por dia, saía pela manhã e só voltava para casa à noite.

     Quanto à minha mãe, como doméstica, dedicou sua vida à família. Era um período em que a mulher fazia tudo em casa, cozinhar, passar, lavar roupa, cuidar dos filhos. Eletrodomésticos? Ninguém sabia o que era isso! Até o ferro de passar tinha como combustível, o carvão vegetal. Além de tudo isso, ela era uma exímia costureira, e nas horas vagas costurava roupas, para também contribuir com os recursos financeiros da família. Portanto, em função da família, trabalhava diuturnamente.

     Quanto a mim, passei a vida buscando conquistar meus objetivos. Para isso, como uma fera, tive que enfrentar as vicissitudes da vida e da sociedade contemporânea. O primeiro passo foi o estudo. Não tenho nada, mas o que tenho, conquistei em função de toda uma vida dedicada ao estudo. Meus pais me ensinaram, e eu segui seus conselhos, eles diziam:  - para ser alguém na vida é preciso estudar! E foi exatamente isso o que fiz, continuo e continuarei fazendo, durante toda minha existência.

     São muitos os estágios que temos que enfrentar; até para entrar no curso ginasial, havia uma prova de admissão, como se fosse um pequeno ENEM, depois o vestibular, para entrar no curso superior. Em seguida, Mestrado, Doutorado e Pós-Doc. É uma vida inteira, dedicada aos estudos. No mais das vezes, o jovem não entende e não compreende essas necessidades que a vida nos impõe, mas é a nossa selva de pedra que a cada dia nos exige mais empenho e determinação para almejar nosso futuro.

     Agora, já com sessenta e três anos de idade, dou glória a Deus, enxergando no final do túnel a proximidade da minha aposentadoria. Com quarenta e nove anos dedicados à arte e especificamente ao teatro, e ainda, quarenta e dois anos dedicados à educação e pesquisa, sou uma pessoa feliz. E digo ainda! faria tudo outra vez. Hoje, tenho a honra de ter tido uma vida completamente dedicada à arte e à educação. Tenho certeza de que não me arrependo de nada que fiz durante minha vida passada. Aos sessenta e três, estou preparado para o futuro. E assim, eu giro...! e assim, gira mundo...!

     

 

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

MOBRAL E TEATRO NO AMAPÁ

 

 

     Na década de 1970 ainda era evidente o teatro nas escolas e nas igrejas, percebendo aqui, igreja num sentido amplo, evidenciando várias religiões, visto que, tanto o catolicismo como o protestantismo, praticavam essa atividade artística no âmbito de seus espaços físicos e dos seus limites canônicos.

     A escola Paroquial São José, fomentava aulas de teatro, que eram ministradas pelos padres e freiras. Apesar de direcionarem espetáculos com temas religiosos, eles se tornaram os principais professores de arte no Amapá, daquele período. Essas atividades aconteciam geralmente, no curso primário e ginasial.

     Havia ainda o “Grupo de Teatro do Colégio Amapaense”, e o “Grupo de Teatro do Santina Rioli”. Na Paróquia Jesus de Nazaré, havia o “Grupo de Teatro Avatar”. Em sua maioria e com influências religiosas, esses grupos se dedicavam a montar espetáculos religiosos com temas sobre “Natal”, “Jesus Cristo”, “Dia da Mães”, entre outras datas comemorativas.

     Entre o período de 1968 a 1978, a Rádio Educadora de Macapá, que pertencia à Prelazia de Macapá, (atual Diocese) também cedia espaços para radionovelas e para apresentação de peças em seu auditório. Fato que também já vinha sendo realizado pela Rádio Difusora de Macapá. A referida emissora fundada em 1968, teve sua programação interditada no ano de 1978, pela Polícia Federal, no ato em que sua concessão de funcionamento foi cassada pelo regime militar.

     Nessa época, o Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL, em muito contribuiu para o desenvolvimento do teatro no Estado do Amapá. Além da motivação, trazia para o Cabo Norte, muitos cursos e oficinas na área das artes cênicas. Coronel Ribeiro defensor ferrenho da educação e das artes, era Presidente do MOBRAL, e trazia vários professores de outros Estados para ministrarem cursos e oficinas de teatro, como por exemplo, empostação de voz, interpretação, direção teatral, entre outros cursos. Marizete Ramos veio de Belém, como também o diretor Luiz Otávio Barata, para ministrar curso para nossos atores.  

     Por outro lado, também havia alguns professores aqui no Estado do Amapá, que tinham conhecimento e condições de ministra oficinas de teatro, como a atriz Creusa Bordalo, que inclusive havia realizado curso de teatro no Rio de Janeiro, Padre Mino e o próprio Coronel Ribeiro também tinha conhecimento na área do teatro. O atual “Grupo Língua de Trapo”, que há mais de 33 anos vem apresentando sua peça “Bar Caboclo”, é o resultado concreto de uma dessas oficinas, gerenciadas pelo MOBRAL. É um grupo que surgiu praticamente a partir do trabalho do Coronel Ribeiro à frente do MOBRAL. Foi nesse período que começaram a surgir os diretores teatrais específicos do Amapá, como Amadeu Lobato e Disney Silva. A peça Uma Cruz para Jesus, que vem se apresentando há mais de 40 anos na área norte da Fortaleza de São José de Macapá, durante a Semana Santa, também tem sua gênese nesse mesmo vetor.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

FELIZ ANO NOVO

 


     O ano de 2023 está chegando ao fim, já passou o Natal e estamos comemorando mais uma vitória, mais um ano que continuamos batalhando e sabendo que ainda estamos vivos. É isso aí...! A vida passa e tudo passa, nós também passamos. O ontem já se foi, o hoje continua, e o amanhã a Deus pertence, Sigamos em frente com nossos objetivos e nossos sonhos.

     A cada final de ano todos nós fazemos um balanço de nossas vidas. O porquê de estarmos aqui? Para onde iremos? Saudade dos que já se foram...! A busca constante da felicidade. A esperança que nunca morre. O dia de amanhã que vai melhorar.

     E assim a vida passa, passa como um cometa que ninguém vê, e o cotidiano fica assim: acordar cedo pela manhã, levar o filho para a escola, ir ao trabalho; meio dia, pegar o filho na escola; almoçar para trabalhar novamente, voltar para casa e jantar, deitar e dormir para acordar no outro dia e recomeçar tudo outra vez.

     Já dizia o filósofo: a vida é curta pra dizer que não é longa e é longa pra dizer que não é curta e é por isso que devemos aproveitá-la ao máximo, de todas as formas, plenamente. Com a comemoração das festas de final de ano realizamos um retour ao nosso passado, ou mais especificamente ao ano que passou, que está finalizando. São momentos que nos traz muitas esperanças para podermos continuar jogando no jogo da vida.

     E aqui lembro que há 10 anos eu estava motivando e implementando os primeiros passos do curso de teatro da Universidade Federal do Amapá, e nesse momento estou ansioso com a perspectiva da comemoração da entrada da primeira turma, que aconteceu no dia 09 de abril de 2014. Curso que abriu perspectivas de trabalho para muitos jovens que hoje se dedicam a trabalhar com as artes cênicas no Amapá.

      Essas atitudes são de tamanha importância e nos alimentam consideravelmente para poder continuar nossa contribuição com a sociedade amapaense nesse estágio da vida. Assim, continuaremos com nossas pesquisas, nossos estudos, no intuito de dotar as bibliotecas com vários documentos sobre a cultura e o teatro amapaense.

     Por fim, esperamos que neste ano de 2024, tenhamos mais força para continuar nessa luta. A todos e todas, principalmente aos jovens, aos colegas da área da educação e a população em geral desejo um Feliz Ano Novo. Que o Amapá avance politicamente, que as pessoas saibam votar e escolher seus candidatos. Que os governantes saibam com sapiência transformar o Brasil num país do futuro. De qualquer forma, minha última mensagem para todos os viventes é a seguinte frase em latim: Carpe diem, quam minimum credula postero. Até 2024.