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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

A ESPERANÇA É A ÚLTIMA QUE MORRE



     Uma das maiores alegrias da minha vida foi quando soube da notícia que havia sido aprovado no vestibular. Morava no interior da Paraíba numa cidade conhecida por Itabaiana. Talvez você leitor, nunca tenha ouvido falar, mas é a terra em que nasceu o renomado músico Severino Dias de Oliveira, mais conhecido como Sivuca... Aquele que compôs feira de mangaio. Itabaiana também é berço do famoso poeta Zé da Luz.
     Raspei a cabeça, sai em passeata pelas ruas da cidade junto com outros colegas que também haviam passado naquele processo seletivo. Fui aprovado para o antigo curso de Educação Artística. Na ocasião, ouvia de várias pessoas alguns comentários como: - Mas tu vais mudar de curso, não é? – Esse curso não é muito bom para homem! Eu ouvia e sempre respondia com o silêncio.
     Tive muitas dificuldades para realizar o ensino fundamental e médio. Aliás, da quinta série até o ensino médio eu estudei no mesmo colégio estadual resultando em sete anos de dedicação e estudos. A alegria foi imensa visto que fui aprovado no vestibular vindo da escola pública, sem ter participado de nenhum cursinho que na época eram famosos. No pequeno interior fiquei conhecido como gente inteligente, mas reforço ao dizer que foi um grande desafio chegar à universidade.
     Ao longo da minha história de vida as vicissitudes me ensinaram a ser combatente e persistente. Aprendi também a acreditar no que realizo; a acreditar em mim e nos meus projetos. Desistir? Nunca...! Infelizmente, em algumas ocasiões você se surpreende e quase se dá por vencido. Foi exatamente o que aconteceu nesses últimos vinte anos na tentativa de implantar um curso de licenciatura em teatro no Amapá. Os dois primeiros projetos, um de 1996 e outro de 2001 sequer passou pela câmara de graduação.
      Este ano de 2013 publiquei a obra “Curso de Teatro no Amapá: concepções e proposições para o ensino superior” com a intenção de que a mesma se transformasse numa prestação de contas com a sociedade amapaense ao esclarecer a intenção do meu trabalho e de minha dedicação em prol desta terra que me recebeu de braços abertos como profissional do magistério superior.

     Muitos anos se passaram após a minha aprovação no vestibular e minha segunda alegria se transformou em felicidade quando ouvi no dia 12 de novembro de 2013 o veredito do Conselho Superior da Universidade Federal do Amapá, da aprovação do Curso de Licenciatura em Teatro...! Depois disso, percebi claramente que a esperança é a última que morre.  

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

CURSO DE LICENCIATURA EM TEATRO APROVADO PELA UNIFAP


 
     Quando cheguei ao Estado do Amapá para assumir uma cadeira de professor na Universidade Federal do Amapá, à época, Curso de Educação Artística, já vim com o propósito de implantar o Curso de Licenciatura em Teatro em nível de terceiro grau. Durante esses vinte anos encaminhei três projetos, um em 1996 outro em 2001 e o último em maio de 2012, este último sendo aprovado no último dia 12 de novembro de 2013 - data histórica para a educação, o teatro, a arte e a cultura do Estado do Amapá. 
     Infelizmente as tentativas de 1996 e 2001 não foram prioridades para a instituição nos referido períodos. Com o surgimento do REUNI a partir de 2011 é que fui contatado pelo Professor João Batista Nascimento, então Diretor do Departamento de Letras e Artes para a possível redação e encaminhamento de um projeto para implantação do Curso de Teatro na Unifap. Ainda em 2011 o atual Reitor Carlos José Tavares em conjunto com a Pró-Reitora de graduação, professora Dra. Adelma também me apoiaram para a possível implantação do Curso de Teatro na Unifap.
     O Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura em Teatro da Unifap está fundamentado na LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, aprovada em dezembro de 1996 e intitulada Lei Darcy Ribeiro cuja clareza pode ser observada no artigo 26, parágrafo 2º. De acordo com esse artigo, a lei diz que o ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório nos diversos níveis da Educação Básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos (as). Também, de acordo com o artigo 9º, item IV, a União ficará incumbida de estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar a formação básica comum.
     Este Curso de Teatro da Unifap fundamenta-se ainda pela necessidade de professores qualificados na área do Teatro para suprir a demanda das escolas do Estado do Amapá. Vale registrar que atualmente não há sequer um profissional qualificado na área do teatro nas redes de ensino: federal, estadual, municipal e particular no Estado do Amapá.

     Gostaria de agradeçer sinceramente às instituições da área da cultura que enviaram ao Conselho Superior da Unifap seus documentos em apoio ao referido curso. Agradeço carinhosamente a todos os artistas que estiveram presentes na ocasião da homologação, principalmente aos companheiros de luta: Cláudio Silva, Daniel de Rocha e Tina Araújo, Carlos Lima, Disney Silva, Jennyfer Saraiva, Porfírio (Popó) Alice Araújo, Débora bararuá, Viviane Gualberto, Ellida Santos, Amadeu Lobato e todos aqueles que estão no front desta batalha. Na foto cortejo dos artistas pelas ruas da Unifap em comemoração à aprovação do referido curso.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

PABLITO E A LIBÉLULA

 

Pablito e a Libélula é minha quinta obra infantil e faz parte de uma coletânea de obras dedicadas ao público infantil que iniciou com “A ESTRELA E A RÔ publicado pela Unifap em 1988; em 2001 a Universidade Federal do Amapá juntamente com a FUNDAP publicou também “BRINCANDO COM LINHAS”; “A OVELHA MALHADA” foi produzida pelo próprio autor em 2011; em 2012 foi a vez de “O PATO E O LAGO”; e este ano o público infantil terá em suas mãos a obra “PABLITO E A LIBÉLULA” cujo lançamento será hoje, primeiro de novembro às 18:00 horas no stand da Livraria Didática dentro da programação da FEIRA DE LIVROS DO AMAPÁ – FLAP. Ainda este ano, em dezembro próximo será lançada a 6ª obra do autor cujo título é “A China é Aqui”. 
PABLITO E A LIBÉLULA conta a história de uma astuciosa e curiosa criança que adora brincar com libélulas, na verdade Pablito gosta mesmo é de caçar libélulas, o que durante toda a estória ele não consegue conquistar este objetivo visto que a libélula é um animal muito esperto, no final Pablito descobre toda beleza que envolve a libélula e seu meio ambiente.

O livro foi prefaciado pelo professor Doutor Adalberto Carvalho Ribeiro que leciona na Universidade Federal do Amapá no Curso de Pedagogia, ele nos relata observações suas sobre a referida obra:  Pablito e a Libélula é mais um livro de autoria do Dr. Romualdo Palhano. O livro não só prossegue na linha infantil, didática e pedagógica, como também traz como diretriz filosófica a necessidade de uma melhor relação entre o Homem e a Natureza.
Palhano está a cada dia mais criativo, mais pedagógico, e me parece, mais criança também, porque não dizer assim.  Ele vem a alguns anos se dedicando a modalidade de livros infantis lúdicos no estilo “Para Colorir” ainda que tenha uma forte veia acadêmico-teórica. Artista nato o autor se redescobre nesse estilo literário importante para a formação do cidadão porque livros assim atuam ali na construção da personalidade do indivíduo nos anos iniciais de sua formação escolar.
Pablito e a Libélula não é somente um livro para colorir. Palhano descreve um menino arguto, inteligente, curioso e pesquisador. Uma criança que muda de comportamento na medida em que a natureza vai ensinando-lhe as leis de sua própria economia. Deixa lições importantes.
Pablito e a Libélula, portanto, permite ao leitor infantil aprender ludicamente e, ainda por cima, deixa mensagens que corroboram paradigmas pertinentes para o século XXI. Da Educação Infantil ao 5º Ano o livro tem muita utilidade.
Boa leitura! Boa pintura! Bom aprendizado!