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segunda-feira, 17 de setembro de 2018

VARINHA DE CONDÃO


VARINHA DE CONDÃO

     Quando se pensa em vara, talvez essa palavra não nos passe nenhum significado tão abrangente. No entanto, é uma palavra que todos sempre ouvem já que é muito utilizada no que diz respeito à jurisprudência.  Resume-se a cada uma das circunscrições judiciais presididas por um juiz de direito: e assim temos: vara da infância, vara da família, vara criminal, vara civil, vara judicial, entre outras. Essas varas representam a área de atuação de determinado juiz. 
     Essa palavra tem origem diversificada e aos poucos foi se se adaptando a várias situações do cotidiano. Do antigo Egito, existem registros mostrando sacerdotes segurando pequenos bastões. Durante vários momentos do registro de grupos humanos, se percebeu que o símbolo da vara se fez presente. Antropólogos acreditam que várias pinturas das cavernas da Idade da Pedra, mostram pessoas portando pequenas varas. Possivelmente representando os líderes desses grupos com suas varas que demonstrava seu poder.
     Moisés usava um grande cajado, sendo que muitos viajantes da época do êxodo, usavam varas para se apoiarem na caminhada nas areias do deserto. Pastores de ovelhas sempre tinham apoio numa vara, usavam o cajado para conduzir e controlar, o que era indispensável para manter seu rebanho unido. Antigamente os porcos eram tocados por uma vara, daí a expressão vara de porcos. Na mitologia grega, Zeus se apoiava num grande cajado com três pontas. Os faraós no Egito antigo não dispensavam um cajado, muitas vezes banhado a ouro.
     Desde muito tempo, magos e mágicos sempre se apoiaram numa vara, da mesma forma que se utiliza o maestro para direcionar sua orquestra sinfônica. Num tempo passado, professores só entravam em sala de aula com o apoio de uma vara. Na atualidade, o Papa se apresenta com um cajado sagrado. Na antiga Grécia a vara se transformou num símbolo da autoridade do juiz. Nessa época, o juiz era eleito pelo povo e devia trazê-la consigo sempre que andava pela Vila ou Cidade. Para cada juiz era determinada uma vara de cores diferentes: o Juiz de fora (vara branca); Juiz ordinário (vara vermelha) e assim por diante.
     Segundo a mitologia, a primeira Varinha Mágica pertencia ao deus Mercúrio, neste caso teria sido um presente do deus Apolo. Era toda confeccionada em ouro. Chamava-se “Caduceu”. Com o apoio dessa varinha, Mercúrio passou a possuir poderes mágicos. Esse deus era um mago e resolveu transformar sua varinha de ouro numa varinha de madeira. De toda forma, a primeira vara que revelou muito destaque apareceu na Odisseia de Homero. A Feiticeira Circe a usava para transformar homens em animais. Possivelmente, a varinha de condão teve origem na varinha de Mercúrio, como também na maga Circe, visto que demonstrava seus poderes a partir da varinha que empunha em suas mãos. Asclépio na Grécia e Esculápio em Roma, também usavam varas para curar enfermos.
     Condão deriva do latim condonare, de com, igual a “junto”, mais donare, “dar, ofertar, presentear”. Possui um atributo especial ou poder sobrenatural que pode exercer influência negativa ou positiva de cunho provavelmente mágica. Pode ser de madeira, marfim, ouro ou cristal.  A Varinha de Condão foi muito difundida a partir da Idade Média com o aparecimento das fadas. Claro, surgiu nas mãos das fadas boas e más, tanto para fazer o bem como o mal.
     Muito difundida na Idade Média, a varinha de condão se tornou bastante conhecida nos dias atuais, principalmente a partir dos contos de fadas. “Cinderela”, “Branca de Neve”, “A Bela Adormecida”, entre outros, são alguns dos clássicos infantis que se utilizam desse objeto de cena para ilustrar o enredo dessas clássicas estórias. Muitos contos de fadas como os citados, contam com a presença de fadas ou bruxas que usam varinhas mágicas.
     Na atualidade, podemos ver a varinha em As Crônicas de Nárnia. Também a encontramos no mundo de fantasia de Harry Potter. Comumente, as varinhas mágicas sempre aparecem em obras de ficção. Afinal, toda fada madrinha deve usar uma varinha com uma estrela mágica na ponta e isso é o que importa.


terça-feira, 11 de setembro de 2018

HONORATO JÚNIOR



          Manuel Honorato de Luz Barbosa Júnior é amapaense; filho de Manuel Honorato da Luz Barbosa e Maria Durvalina Pereira Barbosa. É acadêmico do Curso de Artes Visais da Unifap. Iniciou seu desejo de trabalhar com artes ainda criança, visto que já possuía a capacidade de registrar em desenho tudo o que estava em seu entorno.
     Sua vontade de trabalhar com quadrinhos surgiu no dia em que sua mãe o trouxe ao centro da cidade para andar no comércio e passando defronte a uma banca de revista, se encantou com uma revista em quadrinhos, diz ele: “- Eu achei bonito os traços, as cores, a Mônica, o Cebolinha. Mas o que me influenciou bastante mesmo foi a revista de Conan, que apresentava traços totalmente diferente das demais”.
     Para Honorato, o artista necessita sempre de um produtor ou de alguém que patrocine sua obra. Segundo ele: “- Nós realizamos um projeto, investimos em cima desse projeto, acreditamos em nossos projetos, mas no final temos que ter um patrocínio ou então o projeto pode fracassar, aliás, todos os projetos que eu fiz saiu mesmo foi do meu próprio bolso, então na minha concepção a principal dificuldade é o apoio cultural”.
     A família sempre esteve presente para apoiar o desejo de Honorato em querer desenhar, para isso comprava lápis grafite, lápis de cor, papel e revistas em quadrinhos. Já na escola era o mais conhecido da turma. A professora sempre o chamava para fazer algum desenho no quadro, para abrilhantar sua aula. Nas aulas de artes sempre era convocado pelos colegas para desenhar as tarefas escolares.
     Honorato trabalhou em várias áreas: já foi caixa de supermercado; embalador; vendedor; já trabalhou com vime; como auxiliar de contabilidade e como auxiliar de escritório. O certo é que em todos esses afazeres ele sempre percebeu a presença do desenho. Todo o tempo o desenho e as imagens estavam ali, onde ele passasse.
     Em seu trabalho artístico se volta mais especificamente para temas regionais e gosta de registrar o dia a dia do caboclo da Amazônia. Suas atividades artísticas se voltam para as caricaturas; tiras de jornal; ilustração para livros; charges; desenhos diversos e quadrinhos. Seus trabalhos de relevância são: já publicou charges para vários jornais do Amapá. Relativo aos quadrinhos, um trabalho de destaque são as imagens criadas para a revista em quadrinhos “Os Cabuçus” de circulação regional. Assinou as imagens das seguintes revistas: “Os Cabuçus – Edição nº 3; março de 2004”; “Combatendo o Mosquito da Dengue – Secretaria de Saúde do Estado do Amapá”; “Não Deixe a Malária pegar Você – FUNASA” e “APAExonado – APAE – Macapá”.
      Na obra infantil “Pablito e a Libélula”, publicada em 2013, Honorato Júnior foi o autor das Imagens. Também foi meu aluno no Curso de Artes Visuais. É um profissional muito capacitado para o que realiza atualmente em relação a desenhos e caricaturas, no Estado do Amapá.