VARINHA
DE CONDÃO
Quando se pensa em vara, talvez essa
palavra não nos passe nenhum significado tão abrangente. No entanto, é uma
palavra que todos sempre ouvem já que é muito utilizada no que diz respeito à
jurisprudência. Resume-se a cada uma das
circunscrições judiciais presididas por um juiz de direito: e assim temos: vara
da infância, vara da família, vara criminal, vara civil, vara judicial, entre
outras. Essas varas representam a área de atuação de determinado juiz.
Essa palavra tem origem diversificada e
aos poucos foi se se adaptando a várias situações do cotidiano. Do antigo
Egito, existem registros mostrando sacerdotes segurando pequenos bastões.
Durante vários momentos do registro de grupos humanos, se percebeu que o
símbolo da vara se fez presente. Antropólogos acreditam que várias pinturas das
cavernas da Idade da Pedra, mostram pessoas portando pequenas varas.
Possivelmente representando os líderes desses grupos com suas varas que
demonstrava seu poder.
Moisés usava um grande cajado, sendo que
muitos viajantes da época do êxodo, usavam varas para se apoiarem na caminhada
nas areias do deserto. Pastores de ovelhas sempre tinham apoio numa vara,
usavam o cajado para conduzir e controlar, o que era indispensável para manter
seu rebanho unido. Antigamente
os porcos eram tocados por uma vara, daí a expressão vara de porcos. Na
mitologia grega, Zeus se apoiava num grande cajado com três pontas. Os faraós
no Egito antigo não dispensavam um cajado, muitas vezes banhado a ouro.
Desde muito tempo, magos e mágicos sempre
se apoiaram numa vara, da mesma forma que se utiliza o maestro para direcionar sua
orquestra sinfônica. Num tempo passado, professores só entravam em sala de aula
com o apoio de uma vara. Na atualidade, o Papa se apresenta com um cajado
sagrado. Na antiga Grécia a vara se transformou num símbolo da autoridade do
juiz. Nessa época, o juiz era eleito pelo povo e devia trazê-la consigo sempre
que andava pela Vila ou Cidade. Para cada juiz era determinada uma vara de
cores diferentes: o Juiz de fora (vara branca); Juiz ordinário (vara vermelha)
e assim por diante.
Segundo a mitologia, a primeira Varinha
Mágica pertencia ao deus Mercúrio, neste caso teria sido um presente do deus
Apolo. Era toda confeccionada em ouro. Chamava-se “Caduceu”. Com o apoio dessa
varinha, Mercúrio passou a possuir poderes mágicos. Esse deus era um mago e
resolveu transformar sua varinha de ouro numa varinha de madeira. De toda forma,
a primeira vara que revelou muito destaque apareceu na Odisseia de Homero. A
Feiticeira Circe a usava para transformar homens em animais. Possivelmente, a varinha de condão teve origem na varinha de Mercúrio,
como também na maga Circe, visto que demonstrava seus poderes a partir da
varinha que empunha em suas mãos. Asclépio na Grécia e Esculápio em Roma,
também usavam varas para curar enfermos.
Condão deriva do latim condonare, de com, igual a “junto”, mais donare,
“dar, ofertar, presentear”. Possui um atributo especial ou poder sobrenatural
que pode exercer influência negativa ou positiva de cunho provavelmente mágica.
Pode ser de madeira, marfim, ouro ou cristal. A Varinha de Condão foi muito difundida a
partir da Idade Média com o aparecimento das fadas. Claro, surgiu nas mãos das
fadas boas e más, tanto para fazer o bem como o mal.
Muito difundida na Idade Média, a varinha
de condão se tornou bastante conhecida nos dias atuais, principalmente a partir
dos contos de fadas. “Cinderela”, “Branca de Neve”, “A Bela Adormecida”, entre
outros, são alguns dos clássicos infantis que se utilizam desse objeto de cena
para ilustrar o enredo dessas clássicas estórias. Muitos contos de fadas como
os citados, contam com a presença de fadas ou bruxas que usam varinhas mágicas.
Na atualidade, podemos ver a varinha em As
Crônicas de Nárnia. Também a encontramos no mundo de fantasia de Harry Potter. Comumente,
as varinhas mágicas sempre aparecem em obras de ficção. Afinal, toda fada
madrinha deve usar uma varinha com uma estrela mágica na ponta e isso é o que
importa.