Desde o ponto de partida da montagem de
“Pluft, o Fantasminha” pela União de Estudantes Secundaristas do Amapá, com
direção de Cláudio Barradas, em 1959, o teatro do Amapá conquistou sua
progressiva e crescente ascensão. No início da década de 1960, o teatro em
nossa região, tem novo impulso, quando do surgimento de um dos mais importantes
grupos de teatro da época. Isto fica evidente, com a fundação do Teatro de
Amadores do Amapá, em 10 de setembro de 1960. Como um verdadeiro mecenas, o
poeta Alcy Araújo, que tinha sido um dos principais incentivadores da arte no
período Janary, já na década de 1960 passou a fazer parte do Teatro de Amadores
do Amapá. Sobre Alcy Araújo, localizei citação no Jornal A Gazeta, no
suplemento camarim, página F4, que foi publicado em homenagem ao poeta, de 5 de
agosto de 2012. Alcy Araújo amava todas as artes. Era um apaixonado pelo teatro. Tanto
que foi por iniciativa dele que os amapaenses puderam assistir a peça “Deus lhe
Pague”, aliás esta foi a primeira peça teatral trazida para o Amapá. Foi
apresentada no Cine Territorial. Alcy fazia parte do “Teatro de Amadores do
Amapá”, fundado em 1960. O Teatro das Bacabeiras existe por causa dessa luta.
Durante anos Alcy tentou convencer os governantes da necessidade do Amapá
possuir um teatro, fez estudos, projetos e tudo o mais. Até que conseguiu e aí
está o Teatro das Bacabeiras.
Fundado em 10 de setembro de 1960, segundo
os Estatutos do Teatro de Amadores do Amapá, o mesmo era composto pelas
seguintes personalidades: Sebastião Ramalho da Silva (Diretor Geral); Miracy
Maurício Neves (1º secretário); Ronele Sousa (2º secretário); João Baptista T.
de Arruda (1º tesoureiro); Ester da Silva Virgolino (2º tesoureiro); Mário
Quirino da Silva (diretor de cena); Luiz Ribeiro de Almeida (diretor social);
Ivaldo Veras (diretor de patrimônio). O Conselho Fiscal era composto por:
Tereza Torres, Mário Simões Pires, Mário Barbosa e Clodoaldo Nascimento.
Compunham o Conselho Consultivo: Creuza Bordalo, Aracy de Mont’Alverne, João
Telles e Antônio Munhoz Lopes. Entre os sócios fundadores estavam: Sebastião
Ramalho da Silva (economista, brasileiro, solteiro, pernambucano); Dr. Antônio
Munhoz Lopes (advogado, brasileiro, paraense, solteiro); Hilkias Alves de
Araújo (brasileiro, casado, mecanógrafo); Zildekias Alves de Araújo
(brasileiro, solteiro, comerciário); Eunice Costa (desquitada, brasileira,
técnica em alimentação); Hodias Alves de Araújo (brasileiro, solteiro,
estudante); Eduardo de Lyra Ferreira (casado, brasileiro, industriário); Erilo
de Lyra Ferreira (brasileiro, solteiro, industriário); Vicente de Paula Pereira
de Sousa Filho (brasileiro, comerciante, casado); Raimundo Nonato Paes de
Freitas (brasileiro, solteiro, estudante); Terezinha de Jesus Torres
(brasileira, solteira, professora); Raimundo Donato dos Santos (brasileiro,
casado, professor); Lygia Maria da Silva Cruz (brasileira, solteira,
professora); Clívia Nascimento (brasileira, solteira, professora).