No início, as representações teatrais na
Grécia Antiga, aconteciam ao ar livre. Os primeiros teatros, que já não mais
existem, foram construídos de madeira. Somente no século V é que teve início a
construção dos primeiros edifícios teatrais em pedra. Principalmente na Grécia,
eles foram construídos concêntricos e circulares, aproveitando-se as encostas
das montanhas. Nessa época, o teatro tinha um caráter religioso e, apesar da
famosa democracia grega, no edifício teatral havia divisões para o público, em
classes sociais. Havia ainda, lugares específicos para governantes e
sacerdotes.
Em função da grande diferença, no que diz
respeito à concepção de seus espetáculos, em Roma, vai surgir nova concepção de
edifício teatral. Permanecendo a mesma estratificação social, lá, o edifício
era dividido por classe social, onde os melhores lugares eram reservados para
uns poucos privilegiados. Em Roma, o teatro perde o caráter religioso, por
completo, visto que para eles, significava estritamente divertimento. Enquanto
que na Grécia, o edifício era concêntrico e circular, com a perspectiva de um
lugar de reunião de uma comunidade, por outro lado, o teatro romano resumia-se
num edifício fechado, com a perspectiva de oferecer alegria e diversão a um
imenso público.
Já durante a Idade Média, esse período que
se coloca como transição entre a Antiguidade e a Modernidade, quando a Igreja
Católica Romana, passa de organização clandestina e perseguida, para uma
instituição oficial e perseguidora, o lugar teatral, era a praça, e o público
passeava na frente dos palcos, como também das carroças que eram muito
utilizadas nesse período com apresentações do teatro litúrgico, mistérios e
moralidades. Nessa época, a representação era um acontecimento na cidade e
todos deveriam participar. O teatro oficial era o religioso, no qual, se
apresentavam peças conhecidas com temas estritamente religiosos.
No Renascimento, quando o homem está
saindo da Idade Média e entrando na Idade Moderna, o teatro que era feito nas
igrejas e nas praças, passa também a acontecer dentro dos palácios. De certa
forma, o caráter religioso vai desaparecendo, e o teatro profano volta a ser
apresentado nos salões dos palácios da aristocracia, onde eram construídos os
palcos e o público era somente a corte, seus amigos e convidados. Por outro lado, o teatro popular evoluiu na
Itália, e é lá que vamos encontrar a expressão máxima desse tipo de atividade
teatral, que é a Commedia del’Arte, que surgiu em contraposição ao teatro
erudito italiano. Este fato, revela-se como o maior movimento popular da
história do teatro.
Intermediário entre o palácio e a rua,
começam a aparecer as primeiras casas de espetáculos, sob os olhares da
burguesia ascendente. E surge o teatro burguês, que é aquele cidadão vai
adquirindo a sua liberdade pessoal, aquele que inventa o comércio e o direito
de comercializar, aquele que muda a religião católica romana e cria o
protestantismo, que lhe permite atuar em direção ao lucro. Afinal surge aquele
cidadão burguês que cria o Capitalismo. Difunde-se também, o teatro à italiana,
tipo de teatro e casa de espetáculos, que mais conhecemos na atualidade, e que
se tornou o símbolo de uma classe social, a burguesia, com a única função de
divertir.
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