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segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

CENOGRAFIA

 


     A cenografia existe desde que se iniciou os primeiros espetáculos teatrais na Grécia Antiga, mas em cada época teve um significado diferente, dependendo da proposta do espetáculo teatral. Por exemplo, o cenário da antiguidade era fixo, tinha poucos elementos e apenas servia de ornamentação para a cena. Resumia-se basicamente, em três entradas principais: duas laterais e uma central, por onde entravam os protagonistas.

     Na Idade Média adquire um caráter místico e religioso. Concentrando suas apresentações nas ruas, encima de carroças, com o cenário dividido entre céu e inferno, com seus mistérios e moralidades. Esse teatro religioso, tratava especificamente de convencer os fiéis, para seu apego com a religião.

     O Renascimento na Itália nos trouxe os cenários construídos em três dimensões, o que, inicialmente, foi uma grande revolução na cena. Eram pintados utilizando-se a técnica da perspectiva central. As casas que, no passado apareciam achatadas na visão do público, com o uso da perspectiva, passou a serem vistas em três dimensões.  Por outro lado, também haviam as companhias que se utilizavam praticamente de cenários naturais, como as ruas, assim era o método de apresentação do teatro popular e principalmente da Commedia dell’Arte.

     Já no final do século XIX a cenografia deixa de ser um mero elemento decorativo, de apoio aos atores, para fazer parte do conjunto do espetáculo. Para Anna Mantovani, a cenografia pode ser considerada uma composição em espaço tridimensional – o lugar teatral, que se utiliza de elementos básicos como cor, luz, formas, volumes e linhas. Na verdade, é uma composição que tem peso, tensões, equilíbrio, movimento e contrastes.  

     Devemos reconhecer que a produção teatral se distingue das outras produções da arte e dos outros sistemas semânticos, pela grande quantidade de signos que veicula. Isto é bastante compreensível, pois uma representação teatral é uma estrutura de signos composta por elementos que pertencem a diferentes artes: poesia, artes visuais, música, coreografia, entre outras. 

     Para Sábato Magaldi, a cenografia oscilou desde os primeiros tempos, entre a arquitetura e a pintura. Na atualidade, temos os mais diversificados tipos de cenários e muitas vezes, dependendo do espetáculo, a própria iluminação determina o cenário em comunhão com os objetos de cena.

     Hoje, não há mais a necessidade de se elaborar um cenário, visto que muitos espetáculos não possuem o cenário, compensando com a variedade de objetos de cena, além de utilizar outras técnicas, como por exemplo, a iluminação, a fotografia ou mesmo, o cinema. A cenografia diz respeito a tudo o que existe, ou se faz presente na cena, como: o penteado, a maquiagem, os objetos de cena, o vestuário, e tudo o que é visível e compõe o quadro teatral do espetáculo que está sendo apresentado.

    

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