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domingo, 30 de janeiro de 2022

O APOGEU DO TEATRO AMAPAENSE

 


     Com a segunda inauguração do Cineteatro Territorial, que aconteceu no ano de 1948, consequentemente, na década de 1950 já havia muitas manifestações artísticas e sociais, naquele tão procurado espaço físico. Foi a partir daquele ano que com nova política cultural do governo territorial, passou a acontecer uma enxurrada de eventos e de artistas conhecidos nacionalmente, que passaram a se apresentar naquele espaço teatral.

     De certa forma precário, mas, já com quatro anos em funcionamento, era evidente que iria acontecer, esse profícuo desenvolvimento naquela casa de espetáculos. Até sua segunda inauguração, funcionava com pouco aparato tecnológico, tanto em relação à tecnologia teatral: sonorização, iluminação, etc., como também em relação ao cinema, visto que, projetava apenas filmes mudo. Todavia, essa primeira fase foi o suficiente para que o Cineteatro Territorial, se tornasse conhecido, principalmente na região Norte. Foi um período em que se apresentavam grupos regionais, e principalmente, companhias provenientes de Belém do Pará.

     Com a segunda inauguração, que aconteceu 1948, o Cineteatro Territorial foi dotado de aparelhagem técnica de última geração, tanto para teatro, como também máquinas de projeção de cinema falado. Os projetores de cinema Zeiss Ikon, de 35 milímetros foram adquiridos na Alemanha e instalados no Cineteatro Territorial. Outros projetores de 16 milímetros, Paillard e Léo, também foram adquiridos para atenderem a necessidade dos outros três municípios, Mazagão, Amapá e Oiapoque.

     Por outro lado, na capital, já havia infraestrutura suficiente para atender os artistas, tanto em relação ao possante edifício teatral, como também demais visitantes, visto que, em 1948, havia nesse perímetro urbano: o próprio Cineteatro Territorial, reinaugurado em 7 de setembro de 1948 (cultura); o Hotel Macapá, de 07 de setembro de 1945, que depois, passou a ser denominado de Novo Hotel (acomodação); a casa do Governador de 1945 (administração); Rádio Difusora de Macapá, de 23 de julho de 1946 (comunicação); Escola Barão do Rio Branco (educação); e Praça Barão do Rio Branco (esporte e lazer), que seria inaugurada em primeiro de janeiro de 1950.

     E foi a partir desse novo contexto urbano que, com sua política cultural, o Governador Janary Gentil Nunes, alcançou êxito em se tratando de trazer para o Território, vários artistas reconhecidos nacionalmente. Na ocasião, como funcionário público, o poeta Alcy Araújo, que foi um dos principais coordenadores desse projeto, sempre envidava esforços para trazer atores e atrizes famosos como: Procópio Ferreira e Bibi Ferreira, Luiz Gonzaga, Dalva de Oliveira e Trio Iraquitam, entre outros. Todos esses artistas estiveram em Macapá e se apresentaram no Cineteatro Territorial.

 

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