Na década de 1940 havia
uma grande tradição na educação dos jovens, os grupos de escoteiros eram
famosos naquele período. Nessa época, em todo o território nacional, era
frequente a presença de escoteiros, que em muito ajudava na educação da
juventude. Desse modo, na maioria das festividades que havia em Macapá, sempre
estava presente o grupo de escoteiros de Belém do Pará. Uma dessas notícias
encontra-se no Jornal Amapá, Ano I, nº 26, p. 3, Macapá, de 15 de setembro de
1945. OS
ESCOTEIROS PARAENSES EM MACAPÁ - VISITA OFICIAL AO GOVERNADOR – HOMENAGEM À
MEMÓRIA DE D. IRACEMA NUNES – PROVAS ATLÉTICAS E ESPORTIVAS. O
<<SHOW>> NO CINE-TEATRO DE MACAPÁ - À noite, houve a
representação teatral dos escoteiros. O Cine-Teatro Macapá estava repleto. O primeiro esquete levado á
cena foi << Patriotismo>>, dedicado ao chefe do governo do
Território, no qual dois escoteiros recriminavam o gesto de peraltas que haviam
desrespeitado um herói da guerra do Paraguay, que depois de reportar á batalha
de Itororó: em seguida, < Idealismo>, em homenagem ao sr. Paulo Armando;
< Três Tampinhas Pretensiosos>, focalizando a história de meninos
transviados que o escotismo transforma e integra em seu seio, em homenagem aos
escolares, e < Bandeira da Pátria>, entrecho cívico de notavel repercussão,
dedicado ás professores desta cidade.
Consequentemente, fatos como estes, gerou,
nos jovens que aqui moravam, a necessidade da criação de um grupo de
escoteiros, e em função disso foi criado “Associação de Escoteiros Veiga
Cabral”, cuja sede localizava-se na Rua Eliézer Levy. É o que se pode
confirmar, em função do Jornal Amapá, Ano I, nº 27, Macapá, de 22 de setembro
de 1945. Com o surgimento da Associação dos Escoteiros Veiga Cabral, foram
lançadas nesta cidade as bases do grande movimento educativo, que notável
influência exerce entre as camadas da juventude patrícia.
Como se pode observar, várias camadas da
sociedade amapaense, contribuíram para o desenvolvimento das nossas atividades
teatrais. A começar pela comunidade de Mazagão Velho com sua apresentação da
batalha entre Mouros e Cristãos, em seguida com os trabalhos de Padre Júlio
Maria Lombaerd, depois com o Cineteatro Territorial, e ainda com o Barracão da
Prelazia, os trablhos de Honorinha Banhos com suas atividades culturais na sede
do Trem Desportivo Clube, somando-se às representações dramáticas que eram
levadas ao público pelo Grupo de Escoteiros Veiga Cabral.
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