O primeiro grupo teatral que vai surgir na
década de 1970, já em 1975, é o Grupo Teatral Telhado. O referido Grupo,
participou ativamente das oficinas do Mobral e do SESC/AP. Depois de ter montado a peça, “Bonequinho de
Pano”, estreou, em 30 de julho de 1976, seu clássico e mais reconhecido
espetáculo, “A Mulher Que Casou 18 Vezes”. Após a montagem da peça “O Mano
Caburé”, em 1982 o Grupo Telhado encerra suas atividades artísticas. Embora o
Telhado tenha quebrado paradigmas e tenha sido protagonista no que se define a
montagens de espetáculos com criação e direção coletiva, infelizmente, não
conseguiu avançar para a figura do diretor propriamente dito. Todavia,
considero o Grupo Telhado como o precursor do teatro genuinamente amapaense.
O segundo grupo teatral, surgiu ainda no
finalzinho da década, em 1979, com a apresentação da peça “Uma Cruz Para
Jesus”. O referido grupo, também participou das oficinas do Mobral e do SESC/AP,
tendo à frente o ator e diretor Amadeu Lobato. Apesar de ter iniciado nessa
época, a Companhia de Teatro de Arena – CIATA, foi fundada em 2005, após 16
anos de atividades ininterruptas. Este ano de 2021, completa 42 anos de
apresentação de seu clássico espetáculo. Reconheço esta companhia como a maior
Escola Informal de Iniciação Teatral do Amapá, tendo em vista que, grande
maioria dos artistas de teatro do Amapá, tem tido sua primeira experiência
neste espetáculo. Em detrimento do Grupo Telhado não ter dado prosseguimento
aos seus trabalhos teatrais, consequentemente, mesmo se dedicando a temas
religiosos, Amadeu Lobato se tornou o primeiro diretor amapaense de teatro.
Outro Grupo que também surgiu a partir das
oficinas do Mobral e do SESC/AP, e que foi fundado em 1983, foi o Grupo Teatral
Língua de Trapo, liderado por Disney Silva. Apesar de ter montado vários
espetáculos, se tornou reconhecido pelo público, a partir da estreia em 1990,
do seu clássico espetáculo “Bar Caboclo”. Consta que até a presente data, este
foi o único grupo amador do Amapá, que conseguiu conquistar seu próprio público
e lotar o Teatro das Bacabeiras. Está com 38 anos de atividades e 30 anos da
peça “Bar Caboclo”. Disney Silva entra na lista como o segundo diretor de
teatro amapaense.
Criada pelo diretor Daniel de Rocha e
atriz Tina Araújo, janeiro de 1987, é o ano de fundação da Companhia de Teatro
Marco Zero. Essa companhia se torna um caso à parte, levando-se em consideração
que seus fundadores são imigrantes oriundos da Bahia, que chegaram a Macapá e
instalaram um movimento artístico, comunitário e social. Foi a única companhia
que conseguiu construir seu próprio edifício teatral, conhecido como Teatro
Marco Zero, inaugurado em 2010, em estilo italiano, com capacidade para 100
lugares, no bairro Perpétuo Socorro. O considero como o grupo precursor do
teatro comunitário, voltado para a comunidade do bairro Perpétuo Socorro. Dessa
forma, Daniel de Rocha, se torna o terceiro diretor de teatro do Amapá. Nos
dias de hoje, esses artistas estão em plena atividade no cenário do Amapá.
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