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segunda-feira, 6 de setembro de 2021

ENCENADORES AMAPAENSES

 

 

     O primeiro grupo teatral que vai surgir na década de 1970, já em 1975, é o Grupo Teatral Telhado. O referido Grupo, participou ativamente das oficinas do Mobral e do SESC/AP.  Depois de ter montado a peça, “Bonequinho de Pano”, estreou, em 30 de julho de 1976, seu clássico e mais reconhecido espetáculo, “A Mulher Que Casou 18 Vezes”. Após a montagem da peça “O Mano Caburé”, em 1982 o Grupo Telhado encerra suas atividades artísticas. Embora o Telhado tenha quebrado paradigmas e tenha sido protagonista no que se define a montagens de espetáculos com criação e direção coletiva, infelizmente, não conseguiu avançar para a figura do diretor propriamente dito. Todavia, considero o Grupo Telhado como o precursor do teatro genuinamente amapaense.

     O segundo grupo teatral, surgiu ainda no finalzinho da década, em 1979, com a apresentação da peça “Uma Cruz Para Jesus”. O referido grupo, também participou das oficinas do Mobral e do SESC/AP, tendo à frente o ator e diretor Amadeu Lobato. Apesar de ter iniciado nessa época, a Companhia de Teatro de Arena – CIATA, foi fundada em 2005, após 16 anos de atividades ininterruptas. Este ano de 2021, completa 42 anos de apresentação de seu clássico espetáculo. Reconheço esta companhia como a maior Escola Informal de Iniciação Teatral do Amapá, tendo em vista que, grande maioria dos artistas de teatro do Amapá, tem tido sua primeira experiência neste espetáculo. Em detrimento do Grupo Telhado não ter dado prosseguimento aos seus trabalhos teatrais, consequentemente, mesmo se dedicando a temas religiosos, Amadeu Lobato se tornou o primeiro diretor amapaense de teatro.

     Outro Grupo que também surgiu a partir das oficinas do Mobral e do SESC/AP, e que foi fundado em 1983, foi o Grupo Teatral Língua de Trapo, liderado por Disney Silva. Apesar de ter montado vários espetáculos, se tornou reconhecido pelo público, a partir da estreia em 1990, do seu clássico espetáculo “Bar Caboclo”. Consta que até a presente data, este foi o único grupo amador do Amapá, que conseguiu conquistar seu próprio público e lotar o Teatro das Bacabeiras. Está com 38 anos de atividades e 30 anos da peça “Bar Caboclo”. Disney Silva entra na lista como o segundo diretor de teatro amapaense.

     Criada pelo diretor Daniel de Rocha e atriz Tina Araújo, janeiro de 1987, é o ano de fundação da Companhia de Teatro Marco Zero. Essa companhia se torna um caso à parte, levando-se em consideração que seus fundadores são imigrantes oriundos da Bahia, que chegaram a Macapá e instalaram um movimento artístico, comunitário e social. Foi a única companhia que conseguiu construir seu próprio edifício teatral, conhecido como Teatro Marco Zero, inaugurado em 2010, em estilo italiano, com capacidade para 100 lugares, no bairro Perpétuo Socorro. O considero como o grupo precursor do teatro comunitário, voltado para a comunidade do bairro Perpétuo Socorro. Dessa forma, Daniel de Rocha, se torna o terceiro diretor de teatro do Amapá. Nos dias de hoje, esses artistas estão em plena atividade no cenário do Amapá.

    

 

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