Há vestígios de um pequeno teatro
construído de madeira, em 1775, na Vila de São José de Macapá, quando da visita
do Governador da Província do Grão-Pará às terras tucujus, às quais pertenciam
ao Grão-Pará. Outro importante teatro desta cidade surgiu com a implantação do
Território Federal do Amapá, mais conhecido como Cineteatro Territorial, e foi
inaugurado em 22 de julho de 1944, pelo então Governador Janary Gentil Nunes.
Em 1990, inaugura-se o Teatro das Bacabeiras, o qual, encontra-se inativo e
pertencente ao Governo do Estado do Amapá. Já o primeiro teatro particular, é
fundado em 14 de julho de 1988, conhecido como Teatro Marco Zero.
Apesar dos que já existiram, de fato,
pode-se considerá-lo como Teatro Municipal de Macapá, visto que, desta vez, foi
a própria administração municipal que o idealizou, o construiu e o inaugurou. O
que o tornou o primeiro Teatro do Município de Macapá, que é de suma
importância para a arte em geral, e principalmente para os artistas do
município. Portanto, identificarei e caracterizarei o referido edifício
teatral, enfocando seu valor como mais um espaço físico para artistas das artes
cênicas e de outras áreas da arte. Iniciando por questões técnicas da própria
edificação, percebe-se que sua estrutura física se encaixa num teatro
experimental.
Teatro Experimental, em função das
possibilidades do uso da referida casa: pode receber espetáculo como teatro de
arena; e, apesar de suas deficiências, como teatro à italiana, e ainda, como
cinema. É um teatro experimental Multiuso. Em relação ao uso como teatro de
arena, as cadeiras centrais são removíveis, porém em relação ao uso do palco à
italiana apresenta algumas dificuldades físicas: primeiro, pela pequena largura
entre a ribalta e a parede de fundo, deixando pouco espaço para a rotunda que
fica colada na parede de trás, seguindo do centro baixo para o centro alto, dificultando
a movimentação dos atores nas coxias. Em função disso, os personagens terão que
se submeterem a entrar e sair pelo mesmo lado do palco. Desta forma, o palco
italiano está mais para auditório do que teatro. Entendendo-se que, todo teatro
pode ser auditório, mas nem todo auditório pode ser teatro.
Outra questão fundamental é a ausência do
espaço aberto acima do palco, mais conhecido como caixa do palco, onde se monta
uma estrutura de ferro, conhecida como urdimento, que serve de suporte para os
equipamentos cênicos, onde se instala parte da iluminação e varas movíveis para
subir e descer cenários. Aliás, em relação à iluminação, a mesma, está muito a
desejar e fora do padrão, terá que ser adaptada, tanto para o teatro de arena
como para o teatro à italiana. Neste caso, é preciso elaborar um projeto de
iluminação para teatro, para no futuro se fazer a aquisição deste aparato. Isto
vale tanto para o palco italiano como também para o palco de arena. Os espaços
que deveriam ser camarotes, mais parecem galerias de uma assembleia de
deputados ou câmara de vereadores. A localização proposta dos assentos nesses
espaços, em muito dificultam a visibilidade do público e o deleite do
espetáculo. Esclarecendo que esses detalhes, aos poucos, poderão ser
resolvidos, ao longo do tempo, portanto, é um espaço que inicia um novo ciclo
das artes e do teatro no município de Macapá.
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