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segunda-feira, 29 de setembro de 2025

CARACTERÍSTICAS DO TEATRO MUNICIPAL

 


     Há vestígios de um pequeno teatro construído de madeira, em 1775, na Vila de São José de Macapá, quando da visita do Governador da Província do Grão-Pará às terras tucujus, às quais pertenciam ao Grão-Pará. Outro importante teatro desta cidade surgiu com a implantação do Território Federal do Amapá, mais conhecido como Cineteatro Territorial, e foi inaugurado em 22 de julho de 1944, pelo então Governador Janary Gentil Nunes. Em 1990, inaugura-se o Teatro das Bacabeiras, o qual, encontra-se inativo e pertencente ao Governo do Estado do Amapá. Já o primeiro teatro particular, é fundado em 14 de julho de 1988, conhecido como Teatro Marco Zero.

      Apesar dos que já existiram, de fato, pode-se considerá-lo como Teatro Municipal de Macapá, visto que, desta vez, foi a própria administração municipal que o idealizou, o construiu e o inaugurou. O que o tornou o primeiro Teatro do Município de Macapá, que é de suma importância para a arte em geral, e principalmente para os artistas do município. Portanto, identificarei e caracterizarei o referido edifício teatral, enfocando seu valor como mais um espaço físico para artistas das artes cênicas e de outras áreas da arte. Iniciando por questões técnicas da própria edificação, percebe-se que sua estrutura física se encaixa num teatro experimental.

     Teatro Experimental, em função das possibilidades do uso da referida casa: pode receber espetáculo como teatro de arena; e, apesar de suas deficiências, como teatro à italiana, e ainda, como cinema. É um teatro experimental Multiuso. Em relação ao uso como teatro de arena, as cadeiras centrais são removíveis, porém em relação ao uso do palco à italiana apresenta algumas dificuldades físicas: primeiro, pela pequena largura entre a ribalta e a parede de fundo, deixando pouco espaço para a rotunda que fica colada na parede de trás, seguindo do centro baixo para o centro alto, dificultando a movimentação dos atores nas coxias. Em função disso, os personagens terão que se submeterem a entrar e sair pelo mesmo lado do palco. Desta forma, o palco italiano está mais para auditório do que teatro. Entendendo-se que, todo teatro pode ser auditório, mas nem todo auditório pode ser teatro.

     Outra questão fundamental é a ausência do espaço aberto acima do palco, mais conhecido como caixa do palco, onde se monta uma estrutura de ferro, conhecida como urdimento, que serve de suporte para os equipamentos cênicos, onde se instala parte da iluminação e varas movíveis para subir e descer cenários. Aliás, em relação à iluminação, a mesma, está muito a desejar e fora do padrão, terá que ser adaptada, tanto para o teatro de arena como para o teatro à italiana. Neste caso, é preciso elaborar um projeto de iluminação para teatro, para no futuro se fazer a aquisição deste aparato. Isto vale tanto para o palco italiano como também para o palco de arena. Os espaços que deveriam ser camarotes, mais parecem galerias de uma assembleia de deputados ou câmara de vereadores. A localização proposta dos assentos nesses espaços, em muito dificultam a visibilidade do público e o deleite do espetáculo. Esclarecendo que esses detalhes, aos poucos, poderão ser resolvidos, ao longo do tempo, portanto, é um espaço que inicia um novo ciclo das artes e do teatro no município de Macapá.

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