Há mais de 30 anos que venho clamando por
um teatro de bolso na cidade de Macapá e sobre esse tema, já escrevi vários
artigos ao longo de mais de três décadas. Sob o eclipse lunar do dia 08, e o
nascer do sol nas manhãs de setembro, foi inaugurado nesta sexta-feira, 19/09/2025,
o Teatro Municipal de Macapá. Há alguns meses atrás eu havia escrito: “em breve
teremos mais um espaço teatral na cidade, desta vez o Teatro Municipal de
Macapá, o qual está sendo concluído e está situado na convergência da Avenida
FAB e Rua Cândido Mendes, no centro da cidade. Este edifício teatral possui 358
lugares. ” Mas, isso já é passado, tendo
em vista que o fato foi concretizado pela Prefeitura Municipal de Macapá.
Na realidade, a inauguração desse edifício
teatral, nos remete a perspectivas profícuas futuras, para a classe teatral,
não só do município, como também, do Estado do Amapá. Este prédio reflete demasiada
motivação para os artistas das artes cênicas e para muitos jovens que na
atualidade estão seguindo o caminho das artes, e se faz extremamente
necessário, tendo em vista que a cidade já possui cursos superiores, de teatro,
música e artes visuais. E o teatro por ser uma arte de grupo, envolve todos os
gêneros artísticos. Sabe-se que o projeto foi colocado no papel e seu edifício
já foi concretizado, portanto, resta saber como será a política cultural de
administração do mesmo.
Acredito que seja uma administração que propicie
o acesso aos mais diversificados grupos que trabalham com artes cênicas em
nossa Estado. Uma política cultural que motive também a criação de novos grupos
de teatro, principalmente nas escolas da rede municipal de ensino, visto que é
principalmente na escola que surge o novo cidadão. Tais encaminhamentos viriam
a dar cara nova às artes cênicas em nosso município, cativando os jovens,
criando uma nova mentalidade e contribuindo para o desenvolvimento sócio
cultural de nossa sociedade. Sem esquecer, que os órgãos de cultura em nível
federal, estadual e municipal, deveriam contribuir com projetos voltados para o
desenvolvimento das artes cênicas como um todo, em nosso Estado.
No entanto, ouvi em conversas com colegas
da área das artes cênicas um fervoroso debate que surgiu recentemente com o
seguinte tema: qual nome teria o referido edifício teatral? Ora! Diante dessa
questão, relaciono aqui, abundantes nomes de pessoas que dedicaram suas vidas
ao teatro amapaense: Prof. Guilherme Jarbas; Expedito Cunha Ferro, o famoso 91;
Aracy Miranda de Mont’Alverne, Honorinha Banhos, Professora Risalva Amaral,
Profa. Zaide Soledade, Prof. Antônio Munhoz, Profa. Creusa Bordalo, Mário
Quirino, Deusarina Souza, Amélia Borges, Areolina Moraes, Oseas Marques, Cláudio
Faria.
Seguindo esta sequência, teríamos: Papaléo
Paes, Reinaldo Coelho, Jorge Chaves, Mário Chaves, Alberto Chaves, Raimundo
Barata, Elizete Aymoré, Araújo Filho, Ida Aymoré, Vilela Monteiro, Nazí Gomes, Ivaldo
Veras, Ester Virgulino. Hilkias Araújo, Hodias Araújo, Consolação Côrte, Bi
Trindade, Carlos Lobato, Nazaré Trindade, Eduardo Canto, Juvenal Canto, Osvaldo
Simões, Álvaro Braga, Sebástian Campos, Carlos Lima, Mestre Guiga, entre
outros. Mas, frente à tantas dúvidas, preferiria que o referido prédio fosse
denominado de TEATRO MUNICIPAL DE MACAPÁ, que além de dar maior credibilidade, conota
universalidade, globalidade, coletividade, e eleva o nome do município,
revelando sua preocupação com a cultura local. Em relação às homenagens, as
mesmas, poderiam ser distribuídas nas próprias salas do complexo do edifício.
Isto sim! Cada sala poderia ser identificada em homenagem àqueles que doaram a
vida em prol do teatro do amapaense.
Nenhum comentário:
Postar um comentário