Os antecedentes que despertaram na
Consolação Côrte em se dedicar à arte e especificamente ao teatro, foi o fato
de que ela, morava no perímetro entre a Rua Raimundo Álvares da Costa e Rua
Cândido Mendes, exatamente no centro do polo cultural do Amapá naquele momento.
Pertinho da sua casa, estavam localizados: a Rádio Difusora de Macapá; a
Oficina de Rádio da Difusora (estúdio de gravação); a Escola Barão do Rio
Branco (da qual era aluna) e o Cineteatro Territorial. Além disso, na sua rua
participava de grupos de dança, dançava quadrilha e organizava festas de São
João, enfeitava a rua e preparava pequenas esquetes para apresentar juntamente
com os amigos em dias festivos.
Nessa época, a Rádio Difusora mantinha um
potente estúdio de gravação que se localizava onde hoje funciona o Super Fácil,
defronte à Escola Cândido Portinari. Foi o diretor Cláudio Barradas quem
começou a repassar técnicas de voz e dicção para que Consolação pudesse
participar das radionovelas da RDM. Nessa emissora, participou do programa
“Clube do Gurí” e atuou em radionovelas. Interpretou o papel de Dorinha (menina
paralítica) participando com esta personagem, do início ao fim da novela “Os
Médicos Também Choram”, de Mário Lago. Salienta-se que essas radionovelas eram
apresentadas ao vivo.
Pelo menos, por 20 anos se dedicou à arte
teatral em nosso Estado. Na década de 1960, com apenas 12 anos de idade já
estava atuando como atriz na peça “Pluft O Fantasminha”, texto de Maria Clara
Machado e direção de Cláudio Barradas. Nesse espetáculo, ela representou
“Pluft” (personagem principal) e dividiu a cena com Vera Lúcia Santos (Maribel)
e Carlos Nilson da Costa (Tio Gerúndio). O referido espetáculo foi promovido
pela União de Estudantes Secundaristas do Amapá – UECSA.
Na década de 1970, Maria da Consolação
Lins Côrte, tornou-se referência como uma das melhores atrizes de sua época e
principalmente do Grupo Telhado. Saiu do Laguinho para brilhar em todos os
municípios do Amapá como atriz principal do espetáculo “A Mulher que Casou
Dezoito Vezes”.
Isso aconteceu, em função de que
Consolação sempre frequentava a igreja de São Benedito e foi lá que surgiu na
década de 1970, o Grupo de Teatro Telhado. Nesse momento, comungou com seus
colegas: Lineu Gantuss, Osvaldo Simões, Juvenal Canto, Cláudio Lobato, entre
outros, e viajou para vários municípios do Estado do Amapá como atriz principal
do espetáculo “A Mulher que Casou Dezoito Vezes”. Marizete Ramos dirigiu a
referida peça. Ainda no Grupo Telhado, ela participou da peça “Antônio Meu
Santo”. Consolação Côrte: a mulher que casou dezoito vezes.
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