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domingo, 14 de novembro de 2021

A MULHER QUE CASOU 18 VEZES

 


                                                         

          Os antecedentes que despertaram na Consolação Côrte em se dedicar à arte e especificamente ao teatro, foi o fato de que ela, morava no perímetro entre a Rua Raimundo Álvares da Costa e Rua Cândido Mendes, exatamente no centro do polo cultural do Amapá naquele momento. Pertinho da sua casa, estavam localizados: a Rádio Difusora de Macapá; a Oficina de Rádio da Difusora (estúdio de gravação); a Escola Barão do Rio Branco (da qual era aluna) e o Cineteatro Territorial. Além disso, na sua rua participava de grupos de dança, dançava quadrilha e organizava festas de São João, enfeitava a rua e preparava pequenas esquetes para apresentar juntamente com os amigos em dias festivos.

    Nessa época, a Rádio Difusora mantinha um potente estúdio de gravação que se localizava onde hoje funciona o Super Fácil, defronte à Escola Cândido Portinari. Foi o diretor Cláudio Barradas quem começou a repassar técnicas de voz e dicção para que Consolação pudesse participar das radionovelas da RDM. Nessa emissora, participou do programa “Clube do Gurí” e atuou em radionovelas. Interpretou o papel de Dorinha (menina paralítica) participando com esta personagem, do início ao fim da novela “Os Médicos Também Choram”, de Mário Lago. Salienta-se que essas radionovelas eram apresentadas ao vivo.

       Pelo menos, por 20 anos se dedicou à arte teatral em nosso Estado. Na década de 1960, com apenas 12 anos de idade já estava atuando como atriz na peça “Pluft O Fantasminha”, texto de Maria Clara Machado e direção de Cláudio Barradas. Nesse espetáculo, ela representou “Pluft” (personagem principal) e dividiu a cena com Vera Lúcia Santos (Maribel) e Carlos Nilson da Costa (Tio Gerúndio). O referido espetáculo foi promovido pela União de Estudantes Secundaristas do Amapá – UECSA.  

     Na década de 1970, Maria da Consolação Lins Côrte, tornou-se referência como uma das melhores atrizes de sua época e principalmente do Grupo Telhado. Saiu do Laguinho para brilhar em todos os municípios do Amapá como atriz principal do espetáculo “A Mulher que Casou Dezoito Vezes”.

     Isso aconteceu, em função de que Consolação sempre frequentava a igreja de São Benedito e foi lá que surgiu na década de 1970, o Grupo de Teatro Telhado. Nesse momento, comungou com seus colegas: Lineu Gantuss, Osvaldo Simões, Juvenal Canto, Cláudio Lobato, entre outros, e viajou para vários municípios do Estado do Amapá como atriz principal do espetáculo “A Mulher que Casou Dezoito Vezes”. Marizete Ramos dirigiu a referida peça. Ainda no Grupo Telhado, ela participou da peça “Antônio Meu Santo”. Consolação Côrte: a mulher que casou dezoito vezes.

 

 

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