Daniel de Rocha como é conhecido no meio
artístico, nasceu no ano de 1962 em Salvador – Bahia. É filho de Leonildo Alves
da Silva e Crispina Rocha da Silva. Possui ensino médio completo. Sua formação
artística começa ainda na Bahia onde participou de uma infinidade de cursos
livres de teatro. Especializou-se na área participando de vários cursos
técnicos em outros Estados da Federação como, Goiás, Rondônia e Amapá. Apesar
de ser soteropolitano reside em nossa cidade há mais de vinte anos e por este fato,
já se diz amapaense de coração.
Viveu boa parte de sua vida em meio à
efervescência cultural que há em sua terra natal. Mas foi na escola que começou
a perceber a arte de perto, foi lá onde começou a militar nos movimentos
culturais. Já com veio artístico da poesia e da música, quando conheceu o
teatro, jamais o abandonou. Em entrevista a este colunista explica que: “Quando assisti a uma peça de teatro
infantil eu descobri que era exatamente aquilo que eu queria para a minha vida
e para o resto da vida”.
Em função de ter nascido na década de
sessenta do século XX, viveu no auge da ditadura militar em sua adolescência e
juventude. Nessa época não se tinha o direito de expressão, dessa forma Daniel
de Rocha encontrou no teatro a mais natural forma de se expressar e ocupar um
espaço na sociedade. O teatro passou então a ser um refúgio, acreditando que só
através desta arte o ser humano poderia ser livre.
Em suas pesquisas artísticas percebeu que
o Estado do Amapá é um dos que mais ocorre o risco da pandemia da AIDS. Foi
esse um dos principais temas que o motivou a criar textos e montar espetáculos
voltados para essa questão social. Principalmente doenças transmissíveis como
AIDS, por exemplo, fazem parte do rol dos temas que vem utilizando ultimamente
sem suas montagens. Nessa linha de trabalho, já encenou vários espetáculos e
participou de festivais. Fundou o Grupo Teatral Marco Zero, com o qual busca
fazer teatro de cunho social, com o objetivo de discutir uma melhor qualidade
de vida para o ser humano.
“Virgem do Ninho Real” que tem como ponto
de partida a Commedia D’ell Arte e enfoca o problema social gerado pela AIDS é
um dos trabalhos mais significativos do grupo. Com este espetáculo realizou
turnê por todos os municípios do Amapá com apoio da UNESCO. Daniel de Rocha é
um dos únicos artistas de teatro que aqui no Amapá sobrevive estritamente de
sua arte. Daniel se considera um artista profissional e afirma que: “hoje o artista de teatro já tem crédito em
algumas lojas, não se envergonha mais de dizer que é ator”. Por sua
persistência construiu um pequeno teatro na sua própria casa no Bairro do
Perpétuo Socorro onde funciona também o Ponto de Cultura Estaleiro Cultural.
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