É da natureza do homem ser exímio
imitador. Na Idade da Pedra, antes usar as cavernas como proteção o homem
precisou expulsar os animais que ali moravam. Por outro lado, quando conseguia
abater esses animais, ele aproveitava o corpo do mesmo como alimento, mas não
era só isso... Começou a imaginar a probabilidade de utilizar o couro como
vestimenta e ainda a se vestir, como se fosse um animal para se aproximar do
mesmo para poder abatê-lo com sucesso.
O humor e o imitador estão presentes em
todos os tempos e em todas as épocas da história da humanidade. O homem imita
por natureza, não fosse isso não aprenderia a falar sua língua. Uma criança
nascida na Inglaterra fala o inglês porque ouve os mais velhos falarem a
referida língua, o mesmo acontece num país de língua espanhola ou portuguesa
como no caso, o Brasil.
Entre todas as atitudes do homem o teatro
está sempre presente, principalmente no período de eleição quando candidatos
procuram representar o que não são na realidade, ou seja, vislumbram com a
criação de seus personagens, conquistar os eleitores, o que quer dizer ganhar o
pleito e ser eleito definitivamente. Para isso, mesmo empiricamente se utilizam
de artefatos que são frequentes no teatro.
Drama, tragédia, sátira e comédia são os
gêneros que mais se sobressaem quando os futuros representantes do povo
aproveitam seus parcos segundos no programa eleitoral gratuito na televisão.
Este é o principal momento de entrar em cena. As emoções são variadas para
ganhar a simpatia e empatia dos eleitores. Choro, ao se lembrar de sua devotada
professora ou até mesmo de deglutir uma sopa; alegria, ao falar das
insignificantes atitudes e projetos elaborados como gestor; tristeza, ao contar
sobre a perda de uma pessoa querida da sociedade, mesmo que seja da oposição.
Enquanto uns conseguem se explicitar com
mais robustez e originalidade devido à sua vivência no cotidiano, outros se
enrijecem e muito mal leem seus programas,
fixando os olhos diante das câmeras. Nenhum outro movimento é percebido,
parece até ser um castigo ele está ali para falar principalmente do que não
sabe.
Infelizmente, na prática, é assim que
acontece com a maioria dos candidatos que se inscrevem para participar de um
pleito eletivo em nossa sociedade. A democracia muitas vezes se apresenta cheia
de contradições, por exemplo, para ser professor de uma universidade hoje, o
candidato necessita no mínimo possuir um curso de Mestrado, enquanto que para
ser político o que se exige apenas é que o candidato saiba assinar seu nome.
Nenhum comentário:
Postar um comentário