Shakespeare, nasceu em 26 de abril de
1564, e faleceu em 23 de abril de 1616. Poeta e dramaturgo inglês, reconhecido
como o maior escritor do idioma inglês e um dos mais influentes dramaturgos do
mundo. Apesar da distância temporal, muitas de suas peças continuam sendo
estudadas e encenadas em vários países, nos dias de hoje.
Portanto,
de sua verve, há duas obras mais conhecidas. Quando se fala em Romeu e Julieta,
essa famosa história de amor, estamos nos remetendo à dramaturgia de
Shakespeare. Por outro lado, quando ouvimos ou pronunciamos a frase: “Ser ou
não ser, eis a questão”, (no original inglês: To be or not to be: that’s the
question), também estamos citando a obra de Shakespeare, no caso, a peça “Hamlet”.
As raízes da peça Romeu e Julieta são
muito remotas, têm-se notícia de uma antiga história grega do século III,
quando, na ocasião, uma mulher recorre a uma poção, à qual, simula a morte para
escapar a um segundo casamento. Mas, esse tema, realmente, vai se tornar
popular no renascimento. Entretanto, há notícia, da peça, “Il Novellino”, de
autoria de Masuccio, do ano de 1476. Em “Ritrovata di Due Nobili Amanti”, de
1530, também revela uma história em que apresenta muita semelhança com a de
Romeu e Julieta.
Durante o Império Romano, quando a mesma
dominava o Egito, há uma verídica história de amor, que aconteceu entre Marco
Antônio e Cleópatra. Acontece que Marco Antônio (Capitão romano) em suas idas e
vindas ao Egito, se apaixonou por Cleópatra, e em função disso, houve um grande
e duradouro romance entre eles. Mas, pressionado pela política e para ser leal à
Roma, Marco Antônio teria que esquecer, e por fim naquele belo romance, com a
obrigação de deixar definitivamente sua amada, Cleópatra.
Entrementes, em luta, no campo de batalha,
Marco Antônio recebe a notícia de que Cleópatra havia se suicidado. Ele caiu
numa tristeza profunda, e em função disso, comete suicídio com sua própria espada.
No entanto, antes de morrer, pede para ser levado até sua amada Cleópatra, e
morre em seus braços. Dessa forma, passando por este difícil momento, e frente a
esse grande desespero, Cleópatra também comete suicídio, em seu caso, com a
picada de uma cobra venenosa.
Percebemos, no entanto, que Shakespeare
busca em histórias mais antigas à sua época, um apoio para o desenvolvimento de
sua tão badalada peça, que é “Romeu e Julieta”, e que vem sendo montada por
vários grupos de teatro no mundo. Não só isso, com sua obra, Shakespeare,
também quebrou vários paradigmas. Além de retirar os personagens “deuses”, de
seus textos, ao mesmo tempo ele traz para o palco Elisabetano, a própria
sociedade Elisabetana. A partir dele, não são mais os deuses que irão resolver
o problema da trama, como acontecia no teatro grego antigo. Com o renascimento
das cidades, os próprios homens passaram a resolver seus problemas aqui na terra.
E é por isso que, em “Romeu e Julieta”, nenhum deus desce para resolver tão
questionado problema amoroso, mas, são os dois amantes que resolvem por si
mesmos, se suicidarem na sua tragédia, como forma de resolverem seus próprios
problemas. Foi o que decidiu Shakespeare.
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