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segunda-feira, 1 de agosto de 2022

ROMEU E JULIETA

 


     Shakespeare, nasceu em 26 de abril de 1564, e faleceu em 23 de abril de 1616. Poeta e dramaturgo inglês, reconhecido como o maior escritor do idioma inglês e um dos mais influentes dramaturgos do mundo. Apesar da distância temporal, muitas de suas peças continuam sendo estudadas e encenadas em vários países, nos dias de hoje.  

     Portanto, de sua verve, há duas obras mais conhecidas. Quando se fala em Romeu e Julieta, essa famosa história de amor, estamos nos remetendo à dramaturgia de Shakespeare. Por outro lado, quando ouvimos ou pronunciamos a frase: “Ser ou não ser, eis a questão”, (no original inglês: To be or not to be: that’s the question), também estamos citando a obra de Shakespeare, no caso, a peça “Hamlet”.

     As raízes da peça Romeu e Julieta são muito remotas, têm-se notícia de uma antiga história grega do século III, quando, na ocasião, uma mulher recorre a uma poção, à qual, simula a morte para escapar a um segundo casamento. Mas, esse tema, realmente, vai se tornar popular no renascimento. Entretanto, há notícia, da peça, “Il Novellino”, de autoria de Masuccio, do ano de 1476. Em “Ritrovata di Due Nobili Amanti”, de 1530, também revela uma história em que apresenta muita semelhança com a de Romeu e Julieta.

     Durante o Império Romano, quando a mesma dominava o Egito, há uma verídica história de amor, que aconteceu entre Marco Antônio e Cleópatra. Acontece que Marco Antônio (Capitão romano) em suas idas e vindas ao Egito, se apaixonou por Cleópatra, e em função disso, houve um grande e duradouro romance entre eles. Mas, pressionado pela política e para ser leal à Roma, Marco Antônio teria que esquecer, e por fim naquele belo romance, com a obrigação de deixar definitivamente sua amada, Cleópatra.

     Entrementes, em luta, no campo de batalha, Marco Antônio recebe a notícia de que Cleópatra havia se suicidado. Ele caiu numa tristeza profunda, e em função disso, comete suicídio com sua própria espada. No entanto, antes de morrer, pede para ser levado até sua amada Cleópatra, e morre em seus braços. Dessa forma, passando por este difícil momento, e frente a esse grande desespero, Cleópatra também comete suicídio, em seu caso, com a picada de uma cobra venenosa.

     Percebemos, no entanto, que Shakespeare busca em histórias mais antigas à sua época, um apoio para o desenvolvimento de sua tão badalada peça, que é “Romeu e Julieta”, e que vem sendo montada por vários grupos de teatro no mundo. Não só isso, com sua obra, Shakespeare, também quebrou vários paradigmas. Além de retirar os personagens “deuses”, de seus textos, ao mesmo tempo ele traz para o palco Elisabetano, a própria sociedade Elisabetana. A partir dele, não são mais os deuses que irão resolver o problema da trama, como acontecia no teatro grego antigo. Com o renascimento das cidades, os próprios homens passaram a resolver seus problemas aqui na terra. E é por isso que, em “Romeu e Julieta”, nenhum deus desce para resolver tão questionado problema amoroso, mas, são os dois amantes que resolvem por si mesmos, se suicidarem na sua tragédia, como forma de resolverem seus próprios problemas. Foi o que decidiu Shakespeare.

 

 

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