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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

EVOLUÇÃO DO CENÁRIO


     No teatro de Dionísio a pista de danças era maior que a de qualquer outro teatro: um círculo completo de 24 metros e nela não existiam cenários. À medida que surgiram os autores trágicos esse modelo foi se complementando. Construindo máquinas para obter efeitos românticos, já com esboço de cenário, ao fundo; aproveitando as cores das vestes e fazendo salientar a beleza das massas no ritmo das danças, Ésquilo deu um passo à frente no arcabouço geral do drama grego. Para Anna Mantovani: “a cenografia existe desde que existe o espetáculo teatral na Grécia Antiga, mas em cada época teve um significado diferente, dependendo da proposta do espetáculo teatral”.
     Sófocles aparece, no mundo da técnica como o criador do terceiro ator. Muitos autores dão também a Sófocles a primazia na criação da pintura cênica. Eurípedes modificou o princípio e o fim da Tragédia, mas a mise-en-scène permaneceu a mesma. O cenário da Antiguidade era fixo, tinha poucos elementos e servia de ornamentação para a cena.
     Em Roma, a cena apresentava uma ordem de colunas superpostas e de arcos, através dos quais se viam os cenários. Havia três tipos de cenários: para a Tragédia as laterais apareciam com edifícios ao fundo, comumente era um palácio ou um templo. Para a Comédia o cenário era ruas e praças públicas, enquanto que para as composições Satíricas resumiam-se em cavernas, bosques, montanhas, em suma, uma paisagem.
          Na Idade Média usavam-se dois tipos de cenários: a carreta onde se mostravam aos espectadores os vários lugares da ação: e o da cena simultânea, na qual se viam os diversos lugares da ação, simultaneamente. Esses cenários terminavam pelas suas extremidades em duas torres: uma representando o paraíso e a outra o inferno. O espetáculo nesse período foi apresentado primeiro nas igrejas e posteriormente nas praças.
     O Renascimento na Itália trouxe os cenários construídos em três dimensões. Mas o grande teórico da construção teatral nessa época foi Serlio que construiu um teatro dividido em duas partes: platéia e cena. É no Renascimento que começa a surgir um novo cidadão. É o homem saindo da Idade Média e entrando na Idade Moderna. Toda Europa passou por uma grande renovação política e social. 

     O teatro que era feito nas igrejas e praças, passa também a acontecer dentro dos palácios e castelos. Os Aristocratas constroem suas próprias salas de espetáculos. E paralelamente entre os palácios, castelos e as ruas, começam a aparecer as primeiras casas de espetáculos.

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