O professor Guilherme Jarbas que lecionou
por vários anos na Universidade Federal do Amapá onde também foi coordenador do
Curso de Licenciatura em História viveu na sua juventude momentos de pura
satisfação quando de seu envolvimento com as atividades artísticas no Amapá,
principalmente no que diz respeito à área do teatro. Basta dizer que com quinze
anos iniciou seu trabalho e sua trajetória seguiu por várias esferas e áreas as
mais diversificadas: diretor da Rádio Difusora de Macapá; locutor de rádio;
diretor da Radiobrás; trabalhou seis anos na Rádio Clube do Pará; comentarista
esportivo; animador cultural, professor; poeta, advogado, fotógrafo e ator.
A primeira peça que Guilherme Jarbas
participou como ator foi “Pluft o Fantasminha” de Maria Clara Machado com
direção de Cláudio Barradas e foi apresentada no Cine Teatro Territorial ainda
na década de 1960. O elenco era composto por outros artistas como: Professor
Carlos Nilson da Costa, Antonio Maria Farias, Adalzira e Consolação Cortes. Era
o período do Teatro do Estudante do Amapá, e “Pluft o Fantasminha” teve a honra
de participar do Festival de Teatro do Rio de Janeiro.
Trilhando o seu caminho o professor
Guilherme Jarbas também contribuiu imensamente com o desenvolvimento do teatro
no Amapá entre as décadas de 1960 e 1970 do século XX. Em plena ditadura
militar, período extremamente complicado politicamente para jovens que queriam
expressar-se artisticamente, principalmente no que diz respeito ao teatro. Vivenciou nessa época as agruras do golpe
militar de 1964. Não só isso. Pior ainda, sentiu na pele os reflexos do Ato
Institucional número 5, o AI5, que se transformou num golpe cultural,
desestruturando a arte como um todo em nosso país e prendendo artistas, atores
e diretores de teatro. Dos quais, muitos deles foram obrigados a deixar o país.
Foi nesse período que o professor
Guilherme Jarbas para poder se expressar livremente ligou-se à igreja que era
uma das instituições que apoiava movimentos sociais e artísticos naquele momento
específico de nossa história social. Fato que aconteceu em todo o Brasil. Fase
que muitos grupos artísticos procuravam a igreja para poder levar à frente seus
projetos artísticos.
Ele participou como ator em vários
espetáculos infantis, como “Pluft o Fantasminha”, “Dona Baratinha” e “A
Bruxinha Que era Boa”, todos de Maria Clara Machado, entre outros espetáculos
famosos da época. Como vários artistas do Brasil, ele buscou refúgio na Igreja
Católica para poder realizar seu sonho e vivenciar experiências no palco. Era
apoiado pela Igreja Católica que conseguia vislumbrar e delinear seu futuro com
mais alguns colegas da época.
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