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quinta-feira, 11 de abril de 2013

GUILHERME JARBAS E O TEATRO NO AMAPÁ


 
     O professor Guilherme Jarbas que lecionou por vários anos na Universidade Federal do Amapá onde também foi coordenador do Curso de Licenciatura em História viveu na sua juventude momentos de pura satisfação quando de seu envolvimento com as atividades artísticas no Amapá, principalmente no que diz respeito à área do teatro. Basta dizer que com quinze anos iniciou seu trabalho e sua trajetória seguiu por várias esferas e áreas as mais diversificadas: diretor da Rádio Difusora de Macapá; locutor de rádio; diretor da Radiobrás; trabalhou seis anos na Rádio Clube do Pará; comentarista esportivo; animador cultural, professor; poeta, advogado, fotógrafo e ator.

     A primeira peça que Guilherme Jarbas participou como ator foi “Pluft o Fantasminha” de Maria Clara Machado com direção de Cláudio Barradas e foi apresentada no Cine Teatro Territorial ainda na década de 1960. O elenco era composto por outros artistas como: Professor Carlos Nilson da Costa, Antonio Maria Farias, Adalzira e Consolação Cortes. Era o período do Teatro do Estudante do Amapá, e “Pluft o Fantasminha” teve a honra de participar do Festival de Teatro do Rio de Janeiro.

     Trilhando o seu caminho o professor Guilherme Jarbas também contribuiu imensamente com o desenvolvimento do teatro no Amapá entre as décadas de 1960 e 1970 do século XX. Em plena ditadura militar, período extremamente complicado politicamente para jovens que queriam expressar-se artisticamente, principalmente no que diz respeito ao teatro.  Vivenciou nessa época as agruras do golpe militar de 1964. Não só isso. Pior ainda, sentiu na pele os reflexos do Ato Institucional número 5, o AI5, que se transformou num golpe cultural, desestruturando a arte como um todo em nosso país e prendendo artistas, atores e diretores de teatro. Dos quais, muitos deles foram obrigados a deixar o país.

     Foi nesse período que o professor Guilherme Jarbas para poder se expressar livremente ligou-se à igreja que era uma das instituições que apoiava movimentos sociais e artísticos naquele momento específico de nossa história social. Fato que aconteceu em todo o Brasil. Fase que muitos grupos artísticos procuravam a igreja para poder levar à frente seus projetos artísticos.

     Ele participou como ator em vários espetáculos infantis, como “Pluft o Fantasminha”, “Dona Baratinha” e “A Bruxinha Que era Boa”, todos de Maria Clara Machado, entre outros espetáculos famosos da época. Como vários artistas do Brasil, ele buscou refúgio na Igreja Católica para poder realizar seu sonho e vivenciar experiências no palco. Era apoiado pela Igreja Católica que conseguia vislumbrar e delinear seu futuro com mais alguns colegas da época.

 

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