Para todos os dias do ano, existe um dia
para cada situação, e  hoje é o dia dos
mortos, de Finados ou ainda, dos Fiéis Defuntos, portanto, é uma data celebrada
em 2 de novembro, para homenagear, rezar e orar pelas pessoas falecidas. Data
instituída pelo abade francês Odilo de Cluny. Portanto, é uma antiga celebração
pagã, de mais de dois mil anos, quando já eram realizadas pelos Celtas. Vários
povos apresentam maneiras diferentes de cultuar seus mortos. Enquanto em Roma
os corpos eram cremados, no Egito eram embalsamados. Essa relação intrínseca
entre o ser humano e a morte, é um reflexo da cultura em que se vivencia e se
aprende seus dogmas e arquétipos. 
     O halloween, conhecido no Brasil como Dia
das Bruxas, é uma festa de origem Celta, praticada há mais de 3.000 anos, e que
acontece no dia 31 de outubro, à qual é muito difundida nos Estados Unidos, nos
dias de hoje. Em algumas tribos indígenas, quando um membro da aldeia morre,
enquanto a família fica reclusa, é a aldeia quem vai realizar o culto ao
falecido, com todas as honrarias necessárias. Após sete dias, cria-se um boneco
e é nesse momento que a família se reúne em torno do boneco, como se fosse seu
parente, para velar seu falecido e então, realizar o sepultamento do mesmo. Como
pode-se observar, tudo depende da cultura em você está inserido.
     Na questão processional dos antigos
enterros, principalmente quando de pessoas mais importantes da sociedade, havia
uma banda de música que acompanhava o féretro, tocando músicas fúnebres.  Marcha fúnebre apresenta compasso quaternário
ou binário, com andamento muito lento e pesado, imitando o ritmo de uma procissão,
como a de um funeral.. Por outro lado, essas famílias mais abastadas pagavam a
um grupo de mulheres para que elas ficassem todo o tempo chorando perto do
ataúde, eram as famosas profissionais conhecidas como carpideiras. Também
existia uma roupa específica para enterrar o defunto, conhecida por mortalha e
geralmente essa roupa tinha a cor roxa ou preta.
     Até a proclamação da república, quem
administrava o nascimento e os óbitos era a Igreja Católica, portanto, era
muito comum que existissem cemitérios atrás das igrejas católicas até final do
século XIX, como se pode observar em Santa Cruz de Cabrália, sul da Bahia, uma
das primeiras igrejas do Brasil. A antiga Igreja de São José de Macapá, também
possuía o seu cemitério, que se situava na região do formigueiro. Atualmente os
cartórios que registram nascimento e óbito. Depois das igrejas, os cemitérios
passaram aos cuidados das prefeituras municipais, sendo que nos dias de hoje,
já existe uma infinidade de cemitérios de companhias ou grupos privados.
Contudo, há várias formas de se despedir do ente querido: enterrar em cemitério
de terra, em catacumbas de alvenaria como também há a possibilidade da
cremação. Lembrando que os cemitérios não são visitados apenas no dia de
finados, também há o costume da visitação no dia das mães e dia dos pais,
respectivamente.