No último dia 16 do mês em curso,
juntamente com acadêmicos do Curso de Licenciatura em Teatro da UNIFAP, em
função de programação das disciplinas Artes Cênicas no Amapá e, Fundamentos da
Pesquisa em Artes, às quais estão sob minha coordenação, realizamos uma visita
pedagógica e técnica ao Teatro Sílvio Romero, da vizinha cidade de Santana. Não
foi à toa que a mineradora ICOMI, colocou o nome de Santa Ana, naquele
município. Diga-se de passagem, Santana é a padroeira dos mineradores. Nessa
empreitada, participaram as três turmas do turno da manhã, e os professores:
Dr. Flávio Nosé, Especialista Sandro Brito, e este colunista que vos escreve.
As primeiras notícias que obtive da
probabilidade de construção de um edifício teatral em Santana, remonta ao ano
de 2009, ou seja, há exatamente 15 anos. Quando, eu era o único Doutor em
Teatro do Estado do Amapá. Naquela ocasião, fui convidado pelo professor e
arquiteto Oscarito Antunes do Nascimento, o qual pertencia ao colegiado do
Curso de Artes Visuais, do qual, eu também fazia parte. Ocorre, que naquelas
circunstâncias, o professor Oscarito era o arquiteto que estava à frente do
desenho arquitetônico do futuro edifício teatral daquela cidade. Tivemos várias
reuniões para tratar do referido assunto, ele, com o conhecimento da
arquitetura, e eu, como Doutor em Teatro.
Frente a todo esse trabalho, sugeri à Oscarito,
que além do grande salão nobre de 500 lugares, seria de fundamental importância
que no mesmo prédio fosse erguido um pequeno salão com no máximo 100 lugares na
plateia, no sentido de oportunizar espetáculos e apresentações de pequeno
porte, tendo como ponto de partida, a manutenção e o baixo custo para o pleno
funcionamento daquele espaço teatral. Ao ter visitado o Teatro Sílvio Romero,
fiquei feliz e surpreso, principalmente, porque, apesar de passados 15 anos,
desde a criação do desenho arquitetônico e da possível mudança de vários
arquitetos durante esse período até a concretização de sua inauguração, ter se
configurado e concretizado este pequeno espaço teatral que se encontra anexo ao
imenso edifício daquele agradável teatro.
Desde muito tempo, a cidade de Santana
necessitava de um espaço teatral, e porque não dizer de um centro cultural,
tendo em vista que, o mesmo possui uma área de 2.193,62 m², com o palco que
cobre uma área de 180,37 m², excelentes dimensões para atender à produção local
e de alhures. Possui ainda, bilheteria, camarins masculino e feminino,
videoteca, dois depósitos para cenários, sala de convenções, sala destinadas à
oficina de teatro, salas destinadas à prática musical, sala de dança, uma sala
de leitura, e salas de apoio administrativo, coordenação, secretaria e copa.
A prefeitura Municipal de Santana, está de
parabéns pela concretização do referido edifício teatral e ainda mais, por ter
acertado peremptoriamente na denominação daquele prédio, que traz em seu frontispício
o epíteto de Teatro Sílvio Romero,
artista de primeira, produtor cultural e professor daquele município, o qual,
faleceu no ano de 2011, em função de um acidente de moto. Sílvio Romero, semper vivere.
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