O teatro de entretenimento chegou ao seu
auge com grande número de casas de espetáculos como: teatro, cafés-concerto,
circos, entre outros. Eram tipo de apresentações que ofereciam muita
descontração para o público presente, além de poderem beber e comer à vontade.
Era época de intensa movimentação de espetáculos e públicos que vinham ver as
meninas cantando e dançando com muito brilho e felicidade. As revistas de ano, vaudevilles,
operetas e mágicas atraíam muita gente às casas de espetáculos.
Ao longo desse período, a revista de ano
vai se modificando; se transforma na revista carnavalesca, que foi perdendo seu
enredo de retrospectiva, desembocando num espetáculo com quadros estanques. Um
dos fatores em que começa a acender a luz do pré-modernismo é o surgimento do
empresário teatral Paschoal Segreto. Antes dele, a grande maioria dos
empresários também atuavam nos espetáculos de suas próprias companhias. Esse
novo tipo de empresário começou a ter um olhar diferente em relação às
produções de seu elenco. Ele apenas produzia, não se envolvia diretamente com o
espetáculo.
A partir do início do século XIX, o teatro
brasileiro concentrou-se mais praticamente na cidade do Rio de Janeiro. Distante
das propostas de vanguarda, o teatro vinha se preocupando muito mais em atender
a massa com um produto comercial e que gerasse dinheiro. Enquanto o teatro
estava tentando imitar o cinema, nascia o palhaço Piolim, que foi considerado
como artista que representava a autêntica arte brasileira, em função da sua
facilidade de improvisação.
O Rei da Vela, escrita em 1933 e publicada
em 1937, é uma das principais peças do modernismo. Nela, Oswald de Andrade
revela a exploração capitalista, mostrando as transações bancárias como meio de
enriquecimento fácil, e a dependência do país em relação às grandes potências
do mundo moderno. Mário de Andrade, um dos idealizadores da Semana de Arte Moderna,
em muito contribuiu para o desenvolvimento do teatro, numa perspectiva de
esquecimento do passado, e a busca de um mundo moderno. Ele se dedicou a
escrever sobre a mudança da arte antiga para uma arte moderna.
De qualquer forma, infelizmente o teatro
não foi tão representativo no período da Semana de Arte Moderna de 1922, fato
que aconteceu mais especificamente com as artes visuais. O maior representante
do Teatro Moderno viria a acontecer, sem dúvidas, basicamente, no ano de 1943,
com a montagem da peça Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues.
Vestido de Noiva, foi montada pelo
grupo Os Comediantes e teve sua estreia em 28 de dezembro de 1943, que
aconteceu no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, com texto do então
desconhecido Nelson Rodrigues, tendo cenários de Santa Rosa e direção de
Ziembinski. Assim, pode-se ter como ponto de partida que o elenco de Os
Comediantes, como também o autor, Nelson Rodrigues, o diretor, Ziembinski e o
Cenógrafo Santa Rosa, estavam com decisões certas e no lugar certo. Não é à toa
que, Vestido de Noiva é reconhecida como o marco fundamental do teatro
moderno brasileiro.
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