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segunda-feira, 6 de novembro de 2023

EXPOFEIRA, ARTE E MÍDIA

 

 

     Depois de quase uma década de esquecimento, e desaparecida por esse longo período, como num passo de mágica, reaparece a 52ª Expofeira do Amapá, com o subtítulo desenvolvimento, cultura e sustentabilidade. Este evento teve início na década de 1940, no Governo Janary Gentil Nunes, quando ainda era Território Federal. Nesta última versão da Feira, pelo que já se percebeu, as atividades artísticas se deram a partir de uma programação extensamente diversificada, distribuídas em 10 palcos que foram espalhados pelo Parque de Exposição de Fazendinha. Ávido e com tanta saudade do referido evento, o público amapaense, não perdeu por esperar, e teve uma participação efetiva, deixando a Expofeira superlotada, praticamente em todos os dez dias das festividades.

     O que se percebeu na prática, foi que a classe artística amapaense foi abraçada e convocada a participar diretamente da Expofeira, o que é digno de se tirar o chapéu, por um lado, para os organizadores do evento, e por outro, para os artistas do Amapá. No entanto, artistas brasileiros conhecidos no território nacional, principalmente da área da música também se apresentaram para abrilhantar e animar o público, no principal e maior palco instalado na Feira de Exposição de Fazendinha. Ficou claro que grande quantidade de artistas do Amapá, teve a oportunidade de abrilhantar com seus respectivos trabalhos artísticos, na Expofeira de Fazendinha. Nada mais justo do que isto, levando-se em consideração que aqui no Amapá há muitos artistas se dedicando à arte em geral; basta um olhar dos gestores da cultura para que isto aconteça em sua plenitude.

     A Expofeira, a arte e a mídia, são necessidades da sociedade amapaense. Não obstante, apesar dos nossos artistas estarem e viverem neste rincão, percebo que infelizmente, não houve, por parte da mídia televisiva, um projeto publicitário que desse popularidade aos artistas locais; faltou um projeto midiático incisivo nesta área. Digo isto, tendo em vista que durante os 10 dias da 52ª Expofeira, acompanhei os jornais televisivos, e, em sua grande maioria, a tendência foi dar publicidade principalmente aos artistas de renome nacional, os quais, se apresentavam exclusivamente no maior palco do evento, na Arena Amazonas. De qualquer forma, sobre os artistas amapaenses, houve divulgação na mídia digital, principalmente em blogs e páginas diversas encontradas nas redes sociais, como também em sites oficiais.      

     Havia 10 palcos com diversificados espetáculos e shows, porém, todas as noites, os jornais televisivos da cidade de Macapá, enfocavam pura e simplesmente o artista conhecido pela mídia nacional, em detrimento do artista local. Dessa forma, induzia o público para que o mesmo se motivasse a olhar apenas para apresentações desses famosos artistas. Além do palco principal havia o Mini Teatro Caboclo, o Palco da Rainha e Diversidade, o Circo do Meio do Mundo, entre outros. Sem pensar que o artista local, está aqui, é da gente, da terrinha, evidencia muita facilidade para que o repórter possa fazer uma ou outra entrevista. Ademais, havia espetáculos e shows para todas as idades e classes sociais. Entretanto no antepenúltimo dia, uma sexta-feira, para não passar em branco, ainda cheguei a assistir num dos jornais televisivos, uma entrevista com o artista plástico Jeriel Luz, artista amapaense, que foi meu aluno do Curso de Artes Visuais. Ainda bem! E viva nossos artistas, verdadeiros guerreiros da arte.

 

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