Depois de quase uma década de
esquecimento, e desaparecida por esse longo período, como num passo de mágica,
reaparece a 52ª Expofeira do Amapá, com o subtítulo desenvolvimento, cultura e sustentabilidade.
Este evento teve início na década de 1940, no Governo Janary Gentil Nunes,
quando ainda era Território Federal. Nesta última versão da Feira, pelo que já
se percebeu, as atividades artísticas se deram a partir de uma programação
extensamente diversificada, distribuídas em 10 palcos que foram espalhados pelo
Parque de Exposição de Fazendinha. Ávido e com tanta saudade do referido
evento, o público amapaense, não perdeu por esperar, e teve uma participação
efetiva, deixando a Expofeira superlotada, praticamente em todos os dez dias das
festividades.
O que se percebeu na prática, foi que a
classe artística amapaense foi abraçada e convocada a participar diretamente da
Expofeira, o que é digno de se tirar o chapéu, por um lado, para os
organizadores do evento, e por outro, para os artistas do Amapá. No entanto,
artistas brasileiros conhecidos no território nacional, principalmente da área
da música também se apresentaram para abrilhantar e animar o público, no
principal e maior palco instalado na Feira de Exposição de Fazendinha. Ficou
claro que grande quantidade de artistas do Amapá, teve a oportunidade de
abrilhantar com seus respectivos trabalhos artísticos, na Expofeira de
Fazendinha. Nada mais justo do que isto, levando-se em consideração que aqui no
Amapá há muitos artistas se dedicando à arte em geral; basta um olhar dos
gestores da cultura para que isto aconteça em sua plenitude.
A Expofeira, a arte e a mídia, são
necessidades da sociedade amapaense. Não obstante, apesar dos nossos artistas
estarem e viverem neste rincão, percebo que infelizmente, não houve, por parte
da mídia televisiva, um projeto publicitário que desse popularidade aos
artistas locais; faltou um projeto midiático incisivo nesta área. Digo isto,
tendo em vista que durante os 10 dias da 52ª Expofeira, acompanhei os jornais
televisivos, e, em sua grande maioria, a tendência foi dar publicidade
principalmente aos artistas de renome nacional, os quais, se apresentavam
exclusivamente no maior palco do evento, na Arena Amazonas. De qualquer forma, sobre
os artistas amapaenses, houve divulgação na mídia digital, principalmente em blogs
e páginas diversas encontradas nas redes sociais, como também em sites
oficiais.
Havia 10 palcos com diversificados
espetáculos e shows, porém, todas as noites, os jornais televisivos da cidade
de Macapá, enfocavam pura e simplesmente o artista conhecido pela mídia
nacional, em detrimento do artista local. Dessa forma, induzia o público para
que o mesmo se motivasse a olhar apenas para apresentações desses famosos artistas.
Além do palco principal havia o Mini Teatro Caboclo, o Palco da Rainha e
Diversidade, o Circo do Meio do Mundo, entre outros. Sem pensar que o artista
local, está aqui, é da gente, da terrinha, evidencia muita facilidade para que
o repórter possa fazer uma ou outra entrevista. Ademais, havia espetáculos e
shows para todas as idades e classes sociais. Entretanto no antepenúltimo dia,
uma sexta-feira, para não passar em branco, ainda cheguei a assistir num dos
jornais televisivos, uma entrevista com o artista plástico Jeriel Luz, artista
amapaense, que foi meu aluno do Curso de Artes Visuais. Ainda bem! E viva
nossos artistas, verdadeiros guerreiros da arte.
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