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segunda-feira, 6 de março de 2023

DE GAZZETTA À GAZETA

 

 

   Minha primeira poesia foi grafada aos quinze anos de idade, daí em diante, nunca parei de escrever e, já publiquei 28 livros. Quando na década de 1980, me tornei universitário, passei a produzir textos sobre os espetáculos de teatro, e mesmo que não tivesse algum meio para publicá-los, eu os entregava aos diretores de cada peça que eu havia assistido, para que eles pudessem debater com elenco e grupo, sobre seu próprio trabalho, a partir da visão de alguém do público.

     Ainda na universidade, meus professores ficaram sabendo que eu sempre escrevia quando assistia algum espetáculo teatral. Havia um educador que tinha uma coluna semanal num jornal da cidade de João Pessoa. Dado momento, ele desistiu de continuar com seus artigos, e me perguntou se eu gostaria de assumi-la, aceitei imediatamente tal proposta. Comecei escrevendo semanalmente para o “Jornal O Combate”, desde então, não parei mais. Como universitário, eu tive a honra de assumir uma coluna semanal e consegui, na época, manter  por vários anos, esse espaço no jornal.

     A partir de 1995, já em Macapá, passei a escrever, inicialmente, para o Jornal do Dia. como na época não havia internet, era uma maratona, eu tinha que escrever no computador, passar o artigo para um disco, conhecido por disquete, me dirigir pessoalmente à redação do jornal, para que o jornalista pudesse copiar do disquete para seu computador. Aqui, já contribui com vários jornais, como: Jornal do Dia, o Liberal-Macapá, Diário do Amapá, e A Gazeta de Macapá, no qual venho assumindo a coluna “Arque Com Arte”, desde o ano de 2006. Aproveitando essas elucubrações, resolvi homenagear este diário eletrônico, com algumas reflexões sobre sua origem.

     Na verdade, a palavra Gazeta designava originalmente, o tesouro do rei da Pérsia. Mas, ficou mais difundida na cidade de Veneza – Itália. Vem de gazzetta, de gazza, que era uma moeda italiana do século XVI. Tal moeda era cunhada em Veneza e proibida em Florença. Ainda no século XVI, a palavra gazeta, se tornou apelido de jornal, visto que uma gazzetta era o preço que se cobrava na cidade de Veneza, ao pedestre que quisesse dar uma lida no jornal, sem compra-lo. Também há quem diga que o próprio exemplar do jornal, custava uma gazzetta, que era a moeda do lugar.

 

     Portanto, gazzetta tornou-se apelido de jornal, durante início e meados do século XVI. Essa palavra se proliferou por vários países, na Inglaterra foi fundado em 1700, o The Oxford Gazette, que depois se tornou London Gazette. Esse verbete também passou a estampar o principal jornal público de um governo, o que atualmente é conhecido por Diário Oficial. Com o passar do tempo, vários outros países também criaram seus jornais: em 1699, o Edinburgh Gazette, na Escócia; o Dublin Gazette em 1705, na Irlanda; O Gazeta de Notícias, em 1879, no Rio de Janeiro - Brasil; O Belfast Gazette em 1921, na Irlanda do Norte, entre outros. Atualmente temos representações do Jornal A Gazeta em vários Estados da Federação. É em função de tudo isso, que também temos aqui, nosso jornal “A Gazeta de Macapá”. Parabéns à nossa Gazeta.

 

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