Minha primeira poesia foi grafada aos quinze
anos de idade, daí em diante, nunca parei de escrever e, já publiquei 28
livros. Quando na década de 1980, me tornei universitário, passei a produzir
textos sobre os espetáculos de teatro, e mesmo que não tivesse algum meio para
publicá-los, eu os entregava aos diretores de cada peça que eu havia assistido,
para que eles pudessem debater com elenco e grupo, sobre seu próprio trabalho,
a partir da visão de alguém do público.
Ainda na universidade, meus professores
ficaram sabendo que eu sempre escrevia quando assistia algum espetáculo
teatral. Havia um educador que tinha uma coluna semanal num jornal da cidade de
João Pessoa. Dado momento, ele desistiu de continuar com seus artigos, e me
perguntou se eu gostaria de assumi-la, aceitei imediatamente tal proposta.
Comecei escrevendo semanalmente para o “Jornal O Combate”, desde então, não
parei mais. Como universitário, eu tive a honra de assumir uma coluna semanal e
consegui, na época, manter por vários
anos, esse espaço no jornal.
A partir de 1995, já em Macapá, passei a
escrever, inicialmente, para o Jornal do Dia. como na época não havia internet,
era uma maratona, eu tinha que escrever no computador, passar o artigo para um
disco, conhecido por disquete, me dirigir pessoalmente à redação do jornal,
para que o jornalista pudesse copiar do disquete para seu computador. Aqui, já
contribui com vários jornais, como: Jornal do Dia, o Liberal-Macapá, Diário do
Amapá, e A Gazeta de Macapá, no qual venho assumindo a coluna “Arque Com Arte”,
desde o ano de 2006. Aproveitando essas elucubrações, resolvi homenagear este
diário eletrônico, com algumas reflexões sobre sua origem.
Na verdade, a palavra Gazeta designava
originalmente, o tesouro do rei da Pérsia. Mas, ficou mais difundida na cidade
de Veneza – Itália. Vem de gazzetta, de gazza, que era uma moeda
italiana do século XVI. Tal moeda era cunhada em Veneza e proibida em Florença.
Ainda no século XVI, a palavra gazeta, se tornou apelido de jornal, visto que
uma gazzetta era o preço que se cobrava na cidade de Veneza, ao pedestre
que quisesse dar uma lida no jornal, sem compra-lo. Também há quem diga que o
próprio exemplar do jornal, custava uma gazzetta, que era a moeda do
lugar.
Portanto, gazzetta tornou-se apelido
de jornal, durante início e meados do século XVI. Essa palavra se proliferou
por vários países, na Inglaterra foi fundado em 1700, o The Oxford
Gazette, que depois se tornou London Gazette. Esse verbete também
passou a estampar o principal jornal público de um governo, o que atualmente é
conhecido por Diário Oficial. Com o passar do tempo, vários outros países
também criaram seus jornais: em 1699, o Edinburgh Gazette, na Escócia; o
Dublin Gazette em 1705, na Irlanda; O Gazeta de Notícias, em
1879, no Rio de Janeiro - Brasil; O Belfast Gazette em 1921, na Irlanda
do Norte, entre outros. Atualmente temos representações do Jornal A Gazeta em
vários Estados da Federação. É em função de tudo isso, que também temos aqui,
nosso jornal “A Gazeta de Macapá”. Parabéns à nossa Gazeta.
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