Com o fim do teatro jesuítico na colônia,
algumas isoladas casas de espetáculos vão surgir ainda no século XVIII, como o
teatro do Padre Ventura no Rio de Janeiro, onde apresenta-se comédias
entremeadas de canções, de Antônio José da Silva, nascido no Brasil, mas que
passou quase toda sua vida morando em Portugal. É quando surge um dos primeiros
autores brasileiro, Cláudio Manoel da Costa, com o espetáculo “O Parnaso
Obsequioso”. Vila Rica inaugura sua Casa de Ópera em 1770, cujo prédio,
atualmente é conhecido como Teatro Municipal de Ouro Preto e, considerado um
dos mais antigos em funcionamento das Américas.
Este,
foi um período em que muitas companhias com seus espetáculos eram trazidas de
Portugal e Espanha. Neste século, o que se via no Brasil eram espetáculos de
companhias portuguesas, com elencos portugueses e temas portugueses. Muitos
desses artistas ficaram extremamente famosos em território brasileiro. Com a
falta de artistas do local, houve essa grande febre de artistas vindos de
além-mar. É com a chegada do Príncipe Regente em 1808, que o teatro terá novos
rumos no Brasil, visto que em 1810, será inaugurado o Real Teatro de São João,
no Rio de Janeiro. Edifício onde, as companhias portuguesas também dividiam
espaço com a primeira companhia brasileira, do empresário e ator, João Caetano.
Influenciado pelo teatro francês, o
Romantismo no Brasil, tem início na primeira metade do século XVIII, e surge em
contraposição à enxurrada de companhias e atores europeus e principalmente
portugueses, que invadiam nossas casas de espetáculos. Por outro lado, é no
Romantismo que vai surgir um teatro com características nacionais, quando
começa a se preocupar e enfocar temas relacionados com nosso país. A partir de
então, começa a surgir os primeiros dramaturgos brasileiros, os quais, em sua
maioria romancistas literários, passam também, a escrever para teatro. É quando
surge Martins Pena, com seus espetáculos: “O Juiz de Paz na Roça”, “Um
Sertanejo na Corte”, “A Família e a Festa na Roça”, entre outros. Suas comédias
criticam, com muito humor, a sociedade da época.
Outro autor ligado ao Romantismo é o
maranhense Gonçalves Dias, ele foi poeta, jornalista e dramaturgo, escreveu o
texto teatral “Leonor de Mendonça”, que é considerado um dos primeiros textos
do teatro brasileiro. Enfoca um triângulo amoroso, que envolve os seguintes
personagens: Leonor de Mendonça – Duquesa de Bragança; D. Jaime – Duque de
Bragança, e Antônio Alcoforado. O texto nos permite fazer reflexões sobre o
teatro romântico no Brasil e a evolução das conquistas femininas ao longo do
tempo.
O poeta Castro Alves também deu sua
contribuição para o teatro brasileiro com a peça, “Gonzaga” ou “A Revolução de
Minas”, ele expressou em sua obra muitos problemas sociais que havia no Brasil
de sua época. “A Torre em Concurso”, é uma comédia do também romancista Joaquim
Manoel de Macedo. Ele foi professor, jornalista e dramaturgo. José de Alencar
também entra nesse rol, e vem engrandecer o repertório nacional com “O Demônio
Familiar”, que trata dos costumes da sociedade, principalmente o casamento por
dinheiro.
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