Embora haja registros do santuário de Gobekli
Tepe, que data de doze mil anos antes de Cristo, e que apresenta vestígios de
uma antiga escrita e cultura. Ainda se considera a Suméria, que data de seis
mil anos a.c., como uma das mais antigas civilizações que se tem registro e
conhecimento na atualidade. Há uma gama de registros que relatam a cultura
suméria e sempre acontece uma descoberta nova em função das escavações
arqueológicas. Todos os outros povos como: os babilônios, persas, egípcios,
turcos, gregos e romanos, entre outros, beberam na fonte da cultura dos
sumérios. Para se ter ideia, a tragédia “Édipo Rei”, do Grego Sófocles, em que
Édipo tem o destino de matar o próprio pai e casar com sua mãe, tem fortes
vestígios, em mitos sumérios, como o de Ninrode, Semíramis e Tamuz.
Os sumérios acreditam que, Semírames, teve
seu filho Tamuz, e era considerada virgem e rainha do céu. Este mito passou
pelos acádios babilônios e assírios como a deusa Isthar. O mito mais famoso de
Inana/Isthar é sua história e descida ao mundo dos mortos. Este mito também se reverberou na Grécia com
os mistérios de Elêusis, quando da dramatização de Deméter e Perséfone. Esta
última, também desceu ao mundo dos mortos. De certo, essa mitologia passou pela
cultura da anatólia, Ásia menor e chegou até o Egito, com sua personificação na
deusa Ísis.
Por sua vez, Ísis era considerada no
Egito, como deusa rainha do Céu, teve seu filho Hórus e continuou virgem. Há
uma breve relação entre o mito sumério de Semírames e o de Ísis no Egito:
Ninrode, casou-se com Semírames, e dessa união nasceu Tamuz (deus semita).
Adorado como o deus sol, ele construiu a torre de Babel. Ninrode foi morto por
“Sem”, seu tio avô, que era filho de Noé, após sua morte, “Sem” o esquartejou,
separando seus pedaços por vários recantos do reino de Uruk. Por sua vez,
Semírames localizou e juntou todos os pedaços do seu amado, com exceção do
falo. Após esses acontecimentos, Semírames engravidou dos raios do deus Sol
Baal, ocasião em que nasceu Tamuz. Semírames foi venerada como a deusa da lua,
rainha do céu e mãe de deus. Em outras culturas ela passou a ser cultuada com
outras denominações: Cibele, na Ásia Menor; Ishtar para os semitas, babilônios,
fenícios, assírios e acádios; Astarte para os cananeus, Ísis, no Egito; Ártemis,
na Grécia e Vênus em Roma.
Provavelmente, o Egito, tenha copiado esse
mito, quando na ocasião, Set mata Osíris e o esquarteja, também separando os
pedaços e distribuindo por várias partes do reino do Egito. Da mesma forma,
Ísis junta todos os pedaços de Osíris, menos o falo. Após a morte de Osíris,
Ísis transformou-se numa pomba, pousou sobre o corpo de Osíris e assim,
engravidou, ocasião em que nasceu Hórus. Esses mitos nos remetem à semelhanças
nessas várias culturas, enquanto que na Suméria temos a trindade, Ninrod,
Semírames e Tamuz; no Egito temos Ísis, Osíris e Hórus.
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