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quarta-feira, 7 de setembro de 2022

MITOS ICÔNICOS

 


     Embora haja registros do santuário de Gobekli Tepe, que data de doze mil anos antes de Cristo, e que apresenta vestígios de uma antiga escrita e cultura. Ainda se considera a Suméria, que data de seis mil anos a.c., como uma das mais antigas civilizações que se tem registro e conhecimento na atualidade. Há uma gama de registros que relatam a cultura suméria e sempre acontece uma descoberta nova em função das escavações arqueológicas. Todos os outros povos como: os babilônios, persas, egípcios, turcos, gregos e romanos, entre outros, beberam na fonte da cultura dos sumérios. Para se ter ideia, a tragédia “Édipo Rei”, do Grego Sófocles, em que Édipo tem o destino de matar o próprio pai e casar com sua mãe, tem fortes vestígios, em mitos sumérios, como o de Ninrode, Semíramis e Tamuz.

     Os sumérios acreditam que, Semírames, teve seu filho Tamuz, e era considerada virgem e rainha do céu. Este mito passou pelos acádios babilônios e assírios como a deusa Isthar. O mito mais famoso de Inana/Isthar é sua história e descida ao mundo dos mortos.  Este mito também se reverberou na Grécia com os mistérios de Elêusis, quando da dramatização de Deméter e Perséfone. Esta última, também desceu ao mundo dos mortos. De certo, essa mitologia passou pela cultura da anatólia, Ásia menor e chegou até o Egito, com sua personificação na deusa Ísis.

     Por sua vez, Ísis era considerada no Egito, como deusa rainha do Céu, teve seu filho Hórus e continuou virgem. Há uma breve relação entre o mito sumério de Semírames e o de Ísis no Egito: Ninrode, casou-se com Semírames, e dessa união nasceu Tamuz (deus semita). Adorado como o deus sol, ele construiu a torre de Babel. Ninrode foi morto por “Sem”, seu tio avô, que era filho de Noé, após sua morte, “Sem” o esquartejou, separando seus pedaços por vários recantos do reino de Uruk. Por sua vez, Semírames localizou e juntou todos os pedaços do seu amado, com exceção do falo. Após esses acontecimentos, Semírames engravidou dos raios do deus Sol Baal, ocasião em que nasceu Tamuz. Semírames foi venerada como a deusa da lua, rainha do céu e mãe de deus. Em outras culturas ela passou a ser cultuada com outras denominações: Cibele, na Ásia Menor; Ishtar para os semitas, babilônios, fenícios, assírios e acádios; Astarte para os cananeus, Ísis, no Egito; Ártemis, na Grécia e Vênus em Roma.  

     Provavelmente, o Egito, tenha copiado esse mito, quando na ocasião, Set mata Osíris e o esquarteja, também separando os pedaços e distribuindo por várias partes do reino do Egito. Da mesma forma, Ísis junta todos os pedaços de Osíris, menos o falo. Após a morte de Osíris, Ísis transformou-se numa pomba, pousou sobre o corpo de Osíris e assim, engravidou, ocasião em que nasceu Hórus. Esses mitos nos remetem à semelhanças nessas várias culturas, enquanto que na Suméria temos a trindade, Ninrod, Semírames e Tamuz; no Egito temos Ísis, Osíris e Hórus.

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