No primitivo ritual dionisíaco, o
ditirambo era totalmente improvisado, foi Arion, no século VII a.c., quem o
transformou em texto pré-elaborado, cujo roteiro passou a regular tanto as
evoluções do coro satírico, como também as intervenções do narrador, que Téspis
havia anteriormente transformado em ator. Após Téspis, Frínico divide o coro em
duas metades e dar lugar especial aos papéis femininos. Depois disso, Prátinas
retira os sátiros da tragédia, criando o drama satírico.
Até
então, a música e a dança predominavam, e com sua devastadora influência, o
coro dominava todo o espetáculo trágico. Traçado este caminho, aparece Ésquilo,
para desbravar o real sentido da tragédia.
Ele entendeu que o futuro desse gênero teatral, dependia do
desenvolvimento do drama, e, para a melhoria dessa situação, criou o segundo
ator. Salientando que, antes com forma caracteristicamente lírica, a partir de
Ésquilo, o ditirambo se revelará particularmente com um caráter muito mais
dramático.
Mas,
é com a criação do terceiro ator, por Sófocles, que se amplia as possibilidades
da ação e os efeitos da emoção. No entanto, é em função do coro e desses três
personagens, (o protagonista, que é o personagem principal de uma ação; o
antagonista, que no drama grego, é o segundo personagem em oposição ao
protagonista; e o tritagonista, personagem que desempenhava os terceiros papéis
na tragédia grega, o qual era, vamos dizer assim, um personagem de terceira
ordem), que, a partir dessa osmose, dessa aglutinação, desse hibridismo e dessa
harmonia, a tragédia se estruturou literária e cenicamente. E desse resultado,
evoluíram as excelentes obras teatrais da Grécia Clássica.
Téspis foi o primeiro ator, após ele,
surge a primeira geração dos tragediógrafos gregos, que são: Quérilo, Prátinas
e Frínico. No século V a.C. despontam: Ésquilo, Sófocles e Eurípedes, os quais,
fazem parte da segunda geração de trágicos. São eles quem determinam a
concepção em bases definitivas, da estética do drama. Mas, a epopeia foi
determinante para que a tragédia se tornasse gênero literário, salientando-se
apenas duas diferenças: se por um lado, a epopeia narra, por outro, a tragédia
mostra.
Os três grandes trágicos gregos foram:
Ésquilo, Sófocles e Eurípedes. Théspis foi o criador do teatro ambulante, o
qual conhecemos hoje como teatro mambembe, mas infelizmente todos os seus
textos se perderam. Também foi ele quem inventou as máscaras. Representava seus
papéis trágicos, inicialmente pintando o rosto com matéria prima da época,
depois cobrindo o rosto com folhas de árvores, em seguida introduziu o uso de
verdadeiras máscaras. O período áureo da tragédia, dá-se no século V a.C.,
quando um novo modelo de homem estava surgindo na Grécia antiga, quando o homem
guerreiro estava dando lugar ao homem que buscava garantir sua participação
política, no novo sistema de governo, a democracia.
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