Claudelino Palheta Lobato é conhecido
artisticamente como Cláudio Lobato. Foi ator reconhecido e muito atuante no
teatro no Estado do Amapá, principalmente durante a década de 1970 do século
XX, quando participou ativamente do Grupo de Teatro Telhado. Nesse período muitas
oficinas de teatro eram ministradas por pessoas como: Professora Creuza
Bordalo; Padre Mimo como também o Coronel Ribeiro que era Presidente do MOBRAL.
Saiu da ilha de Brigue no Arquipélago do
Bailique, situado no delta do Amazonas e veio residir na cidade de Macapá no
ano de 1956. Nesse período, aos seis anos de idade, quando ainda criança, já
declamava poesias no jardim da infância e participava de muitas dramatizações
na escola, principalmente no que se refere às programações escolares em comemoração
ao “Dia das Mães”; “Dia do Natal”; “Dia dos Pais” e outras datas comemorativas.
Assim, desde 1956, ultrapassou décadas se
dedicando ao teatro em nosso Estado. Foram quatro décadas de intenso trabalho
voltado para a arte e especialmente para o teatro regional. Seu trabalho
apresentou ritmo intensivo basicamente nas décadas de 1950, 1960, 1970 e 1980
do século XX, numa permanente relação artística com o teatro e com o ambiente
amazônico. Costumeiramente apresentava suas peças teatrais nas escolas, nas
paróquias e nas igrejas.
Mas um dos momentos mais importantes de
sua vida como ator e pessoa dedicada ao teatro foi sem dúvida quando ingressou
no “Grupo de Teatro Telhado” que foi fundado a partir de encontro de jovens que
participavam da Paróquia de São Benedito. Depois de alguns encontros voltados
para montagem de peças de teatro, resolveram fundar o “Grupo de Teatro
Telhado”. O próprio Cláudio Lobato afirma que: “Quando começamos ainda não era o “Grupo Telhado”, eram jovens da
Paróquia de São Benedito, começamos a atuar mesmo em 1974 e fundamos o grupo.”
Apesar do “Grupo Telhado” conquistar seu
espaço e se tornar um dos grupos de teatro mais importantes da década de 70 do
século XX no Estado do Amapá, outros grupos também faziam sua parte e
contribuíam para o desenvolvimento do teatro no então Território Federal do
Amapá, entre eles: “Grupo de Teatro do Colégio Amapaense” e “Grupo de Teatro do
Santina Rioli”. As freiras eram quem dirigiam o Grupo de Teatro do Santina
Rioli, às quais montavam peças de cunho religioso com temas do “Natal”;
“Nascimento de Jesus Cristo” entre outros.
Na década de 1970 praticamente não havia
televisão em Macapá, a comunicação era realizada a partir de jornais impressos
e da radiodifusão. O rádio-teatro também era muito freqüente, principalmente na
Rádio Educadora e Rádio Difusora de Macapá. Zé Maria de Barros; Creuza Bordalo
e Clodoaldo Nascimento foram reconhecidos rádio atores e radio atrizes que
participavam também em rádio novelas.
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