Da década de 1990 até os nossos dias foram
muitos os Grupos de Teatro que surgiram ao longo dos anos como também a
apresentação de espetáculos teatrais. Podemos citar aqui os seguintes
espetáculos: Bar Caboclo; Antonio Meu Santo; Pecado; Uma Cruz para Jesus;
Esperando Godot; A Solteirona; A Saga de Seu Pinto; Era Uma Vez Três...; Pau de
Arara; Coroa de Dálias; Cordel do Amor sem Fim; As Encalhadas, entre tantos
outros.
Em função dessa diversidade e deste leque
amplo, destacamos dois espetáculos de suma importância: “Uma Cruz para Jesus” e
“Bar Caboclo”, visto que os mesmos vem há muitos anos se apresentando com seus
clássicos, em nosso Estado.
Neste artigo enfocaremos apenas sobre a
peça “Bar Caboclo”. A propósito, diríamos que a versatilidade deste espetáculo
ao longo dos anos tem se ramificado e redimensionado em vários caminhos
diferentes. Isto nos leva a compreender na prática o dinamismo, a
transformação, a criação, o ir e vir constante da cultura revelando no seu mais
profundo hibridismo.
O
Grupo Língua de Trapo, nesses últimos anos, conseguiu transformar o espetáculo
original, poderíamos dizer, em vários outros espetáculos. É como se fosse uma
grande novela e seus capítulos: “Enganando Seu Chico” e “Os Cabuçús no Bar
Caboclo”, são alguns dos episódios deste grande seriado do teatro no Amapá.
Hoje, qualquer personagem pode visitar o
Bar Caboclo. A peça passou a funcionar como uma cena de um programa de humor em
que os personagens passam por ela e se encaixam na trama sem nenhum prejuízo ao
tema proposto pela magia, ilusão e realidade cênica.
É importante frisar que entre todas as
versões, a que mais se apresenta em sua originalidade é a primeira versão do
Bar, que poderíamos definir como um besteirol tragicômico. São duas horas de
duração de espetáculo sem cansar o público.
O espetáculo apresenta vários atores e
atrizes que, quase como figurantes, acompanham o ritmo inusitado dos
personagens que mais se destacam em função do trabalho dos respectivos atores:
Alcemyr Araújo (Seu Chico) e Jackson Amaral (Veruska), estes são os verdadeiros
protagonistas.
Por outro lado, os atores que assumem os
referidos personagens demonstram qualidade e responsabilidade no que fazem e no
que sabem fazer com firmeza em cena. Ressaltamos também a importância da atriz
Núbia que assume os personagens (Bebel e Taluda), equilibrando de certa forma o
ritmo e o frenesi deixado por estes dois últimos atores.
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