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segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

EVOLUÇÃO DO TEATRO BRASILEIRO

 

 

     As atividades com teatro no Brasil, tem início com o Padre José de Anchieta que é caracterizado historicamente como símbolo, tendo em vista que na colonização e aculturação dos nativos, utilizou-se principalmente do teatro como forma pedagógica para catequizar os que aqui já habitavam. Embora o padre jesuíta fizesse parte de um sistema que destruía tudo de novo e diferente, para prevalecer a ordem, à qual, pertencia, uma questão culturalmente positiva foi a utilização do teatro nesse período.

     Como soldado fiel à catequese, conseguiu seu objetivo encenando peças simples, com versos tupis de fácil compreensão, conquistando assim, os indígenas. Nesses autos, Anchieta aproveita a tendência natural dos silvícolas para a representação, música e dança. Em sua dramaturgia, ele renomeava as personagens de acordo com sua ideologia religiosa, como por exemplo: ao diabo, ele determinava o nome de “tribos inimigas”.

     De qualquer forma, ele era bem objetivo nas suas ações, embora utilizasse de linguagem simples com os povos da época, em suas representações, por outro lado, quando se comunicava com Portugal, escrevia com o melhor do seu vocabulário, aumentando o nível da escrita.

     No século XVII, a política brasileira era omissa e com vários problemas. Nesse período, também começou a surgir brigas internas na Companhia de Jesus. E foi preocupado com a educação dos índios com ideologia religiosa que o Marquês de Pombal expulsou os jesuítas do Brasil, o que fez com que Padre José de Anchieta retornasse a Portugal.

     Embora seja discutível essa ação religiosa com os índios, a verdade é que o teatro foi um forte instrumento para a catequização dos primeiros moradores dessas terras. A premissa dos jesuítas era de que: “um exemplo vale mais do que um discurso”. Ainda no século XVII, Manoel Botelho, um baiano de cultura europeizada, se destaca por fazer um teatro profano com leve desenvolvimento popular.

     No século XVIII, surge Antônio José da Silva ou Antônio José, o Judeu, que foi para Portugal aos oito anos de idade e teve formação portuguesa, destacou-se como um bom autor, a ponto de suas peças serem aceitas em outros países. Alguns de seus textos: “Europa do século XVIII”; “Dom Quixote” e “As Guerras do Alecrim e da Manjerona”. Nesse período, começou a se desenvolver, as Casas de Óperas. Por outro lado, em seus escritos sobre o teatro, Padre Ventura desenvolveu alguns trabalhos junto aos mulatos.

     Esquecendo o teatro como forma de colonizar os índios, mas como forma de cultura e lazer, Marquês de Pombal mostrou grande interesse, se tornando um grande animador, pois considerava a representação como um veículo de formação do povo. Iniciou o reconhecimento dos artistas quando criou a norma de que: “O ator não pode ser preso a caminho do teatro”. Por outro lado, no mesmo documento também constava que:  “Se o ator não comparecer ao teatro para se apresentar para o público, será preso. ”

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