Principal fator de motivação para o desenvolvimento
das artes e, principalmente do teatro no Amapá, no período de 1944 a 1948, o
Cineteatro Territorial passou por experiências com artistas e grupos de teatro,
provenientes, principalmente da cidade de Belém do Pará. Nesse período, em
função do desabamento do teto, foi realizada nova reforma, dotando-o de aparelhagem
técnica de última geração, tanto para teatro, como também máquinas de projeção
de cinema falado. Os projetores de cinema Zeiss Ikon de 35 milímetros foram
adquiridos na Alemanha e instalados no Cineteatro Territorial. Outros
projetores de 16 milímetros, Paillard e Léo, também foram adquiridos para
atenderem a necessidade dos outros três municípios: Mazagão, Amapá e Oiapoque.
A essas alturas, na capital, já havia
infraestrutura suficiente para atender os artistas, tanto em relação ao possante
edifício teatral, como também demais visitantes, visto que, em 1948, havia
nesse perímetro urbano: o próprio Cineteatro Territorial, reinaugurado em 1948
(cultura); o Hotel Macapá, de 07 de setembro de 1945, que depois, passou a ser
denominado de Novo Hotel (acomodação); a casa do Governador de 1945
(administração); Rádio Difusora de Macapá, de 23 de julho de 1946
(comunicação); Escola Barão do Rio Branco, em setembro de 1946 (educação); e
Praça Barão do Rio Branco (esporte e lazer), que seria inaugurada em primeiro
de janeiro de 1950.
E foi a partir desse novo contexto urbano
que, com sua política cultural, o Governador Janary Gentil Nunes alcançou êxito
em se tratando de trazer para o Território do Amapá, vários artistas
reconhecidos nacionalmente. Atores e atrizes famosos como: Procópio Ferreira e
Bibi Ferreira, Luiz Gonzaga, Dalva de Oliveira e Trio Iraquitam, entre outros,
esses artistas estiveram em Macapá e se apresentaram no Cineteatro Territorial.
Nessa época, também foi trazido para Macapá pelo Governo do Estado, a famosa
peça “As Mãos de Eurídice” de Pedro Bloch com o ator Rodolfo Mayer, que era
considerado um dos monstros sagrados do teatro brasileiro daquela época. O
monólogo “As Mãos de Eurídice”, fez grande sucesso no Brasil e no exterior.
Pode-se afirmar que o período áureo do
Cineteatro Territorial, na época se concentrou de 1948 a 1958. Tendo como ponto
de partida, as novas edificações e a transformação do espaço urbano, como por
exemplo a inauguração do Hotel Macapá, tudo isso proporcionou a ampliação dessa
política cultural, que passou a trazer para Macapá, os mais famosos artistas em
nível de Brasil, sem esquecer que vários artistas internacionais também se
apresentaram naquela casa.
Estiveram
no Cine Teatro Territorial; artistas como: Bibi Ferreira (teatro), Procópio
Ferreira (teatro), Fernanda Montenegro (teatro), Luiz Gonzaga (música); Rodolfo
Mayer com “As Mãos de Eurídice” (teatro); Concita Mascarenhas (teatro de
revista); Marlene, (a rainha do baião); Trio Iraquitam; Dalva de Oliveira (1949
- música); Herivelto Martins (1949 - música); Walfrido Silva (1949 – música);
Amália Paiva (1949 – música); Companhia Nacional de Comédias Barreto Júnior
(1948 - teatro); Companhia de Comédia Marquize Branca (1948 - teatro); Carmem
Costa (1949 - sambista – música); Maria Otávia (1950 – pianista); Paulo Burgos
(1950 – pianista); Coracy Fischer (1950 – cantora); Risoleta Porto (1951 -
canto e piano); Guilhermina Cerveira (1951 – canto e piano); Altino (1951 – pianista); Rogaciano Leite
(1949 – récita); Pastorinhas “Filhas de Israel” (1950 – teatro), entre outras
atividades do gênero.
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