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domingo, 26 de maio de 2024

CINETEATRO TERRITORIAL

 

 

     Principal fator de motivação para o desenvolvimento das artes e, principalmente do teatro no Amapá, no período de 1944 a 1948, o Cineteatro Territorial passou por experiências com artistas e grupos de teatro, provenientes, principalmente da cidade de Belém do Pará. Nesse período, em função do desabamento do teto, foi realizada nova reforma, dotando-o de aparelhagem técnica de última geração, tanto para teatro, como também máquinas de projeção de cinema falado. Os projetores de cinema Zeiss Ikon de 35 milímetros foram adquiridos na Alemanha e instalados no Cineteatro Territorial. Outros projetores de 16 milímetros, Paillard e Léo, também foram adquiridos para atenderem a necessidade dos outros três municípios: Mazagão, Amapá e Oiapoque.

     A essas alturas, na capital, já havia infraestrutura suficiente para atender os artistas, tanto em relação ao possante edifício teatral, como também demais visitantes, visto que, em 1948, havia nesse perímetro urbano: o próprio Cineteatro Territorial, reinaugurado em 1948 (cultura); o Hotel Macapá, de 07 de setembro de 1945, que depois, passou a ser denominado de Novo Hotel (acomodação); a casa do Governador de 1945 (administração); Rádio Difusora de Macapá, de 23 de julho de 1946 (comunicação); Escola Barão do Rio Branco, em setembro de 1946 (educação); e Praça Barão do Rio Branco (esporte e lazer), que seria inaugurada em primeiro de janeiro de 1950.

     E foi a partir desse novo contexto urbano que, com sua política cultural, o Governador Janary Gentil Nunes alcançou êxito em se tratando de trazer para o Território do Amapá, vários artistas reconhecidos nacionalmente. Atores e atrizes famosos como: Procópio Ferreira e Bibi Ferreira, Luiz Gonzaga, Dalva de Oliveira e Trio Iraquitam, entre outros, esses artistas estiveram em Macapá e se apresentaram no Cineteatro Territorial. Nessa época, também foi trazido para Macapá pelo Governo do Estado, a famosa peça “As Mãos de Eurídice” de Pedro Bloch com o ator Rodolfo Mayer, que era considerado um dos monstros sagrados do teatro brasileiro daquela época. O monólogo “As Mãos de Eurídice”, fez grande sucesso no Brasil e no exterior.

           Pode-se afirmar que o período áureo do Cineteatro Territorial, na época se concentrou de 1948 a 1958. Tendo como ponto de partida, as novas edificações e a transformação do espaço urbano, como por exemplo a inauguração do Hotel Macapá, tudo isso proporcionou a ampliação dessa política cultural, que passou a trazer para Macapá, os mais famosos artistas em nível de Brasil, sem esquecer que vários artistas internacionais também se apresentaram naquela casa.

     Estiveram no Cine Teatro Territorial; artistas como: Bibi Ferreira (teatro), Procópio Ferreira (teatro), Fernanda Montenegro (teatro), Luiz Gonzaga (música); Rodolfo Mayer com “As Mãos de Eurídice” (teatro); Concita Mascarenhas (teatro de revista); Marlene, (a rainha do baião); Trio Iraquitam; Dalva de Oliveira (1949 - música); Herivelto Martins (1949 - música); Walfrido Silva (1949 – música); Amália Paiva (1949 – música); Companhia Nacional de Comédias Barreto Júnior (1948 - teatro); Companhia de Comédia Marquize Branca (1948 - teatro); Carmem Costa (1949 - sambista – música); Maria Otávia (1950 – pianista); Paulo Burgos (1950 – pianista); Coracy Fischer (1950 – cantora); Risoleta Porto (1951 - canto e piano); Guilhermina Cerveira (1951 – canto e piano);  Altino (1951 – pianista); Rogaciano Leite (1949 – récita); Pastorinhas “Filhas de Israel” (1950 – teatro), entre outras atividades do gênero.

                                   

 

 

 

 

 

 

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