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terça-feira, 9 de abril de 2024

VEGANO - SER OU NÃO SER

 

                              

O artigo desta semana, foi escrito por minha aluna, Hozana de Araújo Alves, à qual, participa do projeto de extensão que estou à frente como Coordenador, intitulado: “Socializando a Cultura”. Projeto este, ligado ao Curso de Teatro da UNIFAP, o qual, tem o objetivo de motivar nossos discentes para o ato da escrita. Portanto, segue as palavras de uma futura pesquisadora:

A moda do momento é definida pelo padrão alimentar que as pessoas adotam e influenciam. Mas, paramos para refletir como isso poderá afetar nossas escolhas. Durante uma entrevista ao programa da Eliana, a apresentadora Xuxa se pronunciou dizendo que: “muitas pessoas acham que ser vegano é só comer mato, não, a gente só tira o defunto do prato”, a frase no primeiro momento passa despercebida sem muita importância, mas ao avaliar atentamente percebemos que possui uma carga ideológica no lexical: “Defunto” – que assume na frase outra coisa, agora destinado à carne em decomposição, que faz mal à saúde humana. Nesse sentido, tem significado próprio, de outro modo, carregando assim uma mudança de significado e provocando efeitos moventes na significação. Ademais, nada é por acaso, o texto é formado por um conjunto de nós, isto é, este discurso representa um grupo de pessoas, neste caso, o grupo dos Veganos, do qual, Xuxa faz parte.

Para a comunidade Vegana os animais têm as mesmas condições e direitos que os seres humanos, bem como eles possuem uma interação e conexão direta com eles e tudo que está a sua volta, ou seja, comer outro ser vivente seria um atentado à vida, por isso, da negação de se alimentar de produtos de origem animal. Essa filosofia de vida é amplamente aderida e divulgada pelos Veganos. E ir contra esta prática ou criticá-la é para eles uma ofensa, pois eles a creditam que há uma conexão entre os seres.

Aliás, os Veganos são conhecidos por não consumirem nenhum produto de origem animal, e isso incluem roupas, cosméticos, alimentos, etc., eles praticam uma consciência naturalista utilizando apenas alimentos de origem vegetal: legumes, cereais, frutas, etc. Ou seja, de acordo com a sociedade Vegana: “os veganos são contra o sofrimento de animais para a fabricação de cosméticos, roupas, qualquer tipo de produto. Também não apoiam atividades de lazer onde animais são aprisionados para entretenimento do público”. É por isso que alguns discursos desse grupo são carregados de radicalismo, bem como de aspectos ideológicos e discursivos, o qual produzem discursos enunciados que inegavelmente são defendidos e divulgados amplamente nos meios de comunicação os quais estes circulam.

Por outro lado, contrários a este pensamento existem os não-Veganos (pessoas que consome as carnes e seus derivados) e que defendem o consumo de aves, peixes, camarões, crustáceos, etc., até porque são fontes de proteínas, e ao retirá-las da alimentação poderá causar danos graves à saúde humana. Os nutricionistas e os profissionais da saúde aconselham sempre a procurar orientação profissional, já que as carnes são fontes de vitaminas, a exemplo à do complexo B12. E ter uma dieta Vegana custa muito caro, ainda mais no Brasil com diferentes rendas, classes, sem um estruturalismo financeiro e um aparato médico fica inviável manter uma postura tão saudável como a dos Veganos.

Os Veganos têm um modo de pensar e de agir em relação aos animais, principalmente quando o assunto é alimentação e consumo saudável excluindo assim as carnes de origem carnívora. Pois os Veganos possuem uma relação muito próxima com os animais, para eles a vida interage - existe uma conexão com todos os seres vivos - todos são nesse sentido, a mesma coisa. Mas, tem-se a pensar que se tratando de Brasil ter a cultura da alimentação saudável fica difícil, pois não temos os mesmos padrões sociais para todos. Então, ser ou não ser vegano parte inicialmente da condição financeira e social de se manter essa prática.

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