Cheguei à cidade de Macapá em
novembro de 1994 para me submeter a concurso público na Universidade Federal do
Amapá. Com a Universidade recém fundada, participei do seu segundo concurso
público para professor do magistério superior. Era uma cidade horizontal, com
faixa de trezentos mil habitantes e com a maioria de suas casas de madeira.
Condição que chamou extremamente minha atenção.
Nada conhecia sobre este recanto de
Brasil, tudo era novo, eu ainda não tinha nenhuma referência sobre este espaço
geográfico. Trabalhava em Belém, no Núcleo Integrado da UFPA, mas desejava ir
mais longe. Cheguei aqui com a cara e a coragem de um nordestino desbravador e
passei a ser pioneiro em relação aos estudos e pesquisas na área das artes
cênicas. Iniciei as primeiras pesquisas científicas sobre o Teatro do Amapá e
continuo estudando e pesquisando este mesmo tema.
Aos poucos, fui enamorando esta pequena
cidade, que paulatinamente foi me conquistando com o passar dos anos. Hoje
tenho muito orgulho de Macapá. De todo o processo que acompanhei ao ver esta
cidade crescer, juntamente com o desenvolvimento da própria Universidade
Federal do Amapá, que, há vinte e nove anos, se tornou minha casa, meu ninho,
meu aconchego.
Macapá está de Parabéns nesses seus 266
anos. É verdade que há muito o que se comemorar. Nessas quase três últimas
décadas, a cidade cresceu em todos os sentidos: alargamento de avenidas,
criação de museus, entre outros fatores. O centro da cidade, por exemplo, ficou
completamente revitalizado com a Fortaleza de São José de Macapá, onde todo o
espaço urbano do centro da cidade foi se transformando num complexo turístico
deveras importante. A recuperação do entorno do canal da Mendonça Júnior, a Rodovia
Duca Serra que virou uma grande avenida.
Muitos espaços que vem sendo construídos e
definidos ao longo dos anos, como a grande avenida que transformou a entrada da
cidade, de quem vem do interior ou da Guiana Francesa. Tiro o chapéu para esta
bela avenida ampla, arborizada, com ciclovias, sinalização e passarelas para
pedestres, que envolve vários bairros da zona norte. Espaço urbano que há 29
anos havia apenas uma pequena via e alguns bairros como, Jardim da Felicidade e
Boné Azul.
Macapá foi me envolvendo, aos poucos, e
também fui me amalgamando a esta pequena cidade joia da Amazônia. Morar neste
lugar é ter o prazer de todos os dias ter a chance de apreciar esta bela
paisagem que se encontra de braços abertos para todos, que é o rio Amazonas.
Particularmente, este rio me encanta. Sou grato por estar em Macapá e ela estar
em mim, por osmose se deu nossa relação, eu e a cidade, a cidade e eu.
Macapá é uma cidade tranquila, me sinto
bem neste recanto do Brasil. Aqui que me realizei profissionalmente e venho
fazendo minha parte. Este ano de 2024, estarei lançando mais uma obra para
contribuir com esta cidade e este Estado que me acolheu em seus braços. A obra
intitula-se “História do Teatro do Amapá – De 1950 aos Dias Atuais”. Tenho a
honra de hoje ser cidadão macapaense. Parabéns Macapá...!!! Parabéns Macapá...!!!
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