No ano de 2011, publiquei minha
terceira obra infantil “A Ovelha Malhada” em preto e branco e para colorir. As
ilustrações foram de J. Marcio, artista plástico, desenhista, pintor,
cartunista, caricaturista e professor de artes visuais do Centro Profissional
em Artes Visuais Cândido Portinari. Naquela época, ele tinha sido meu aluno e
já era formado em Artes Visuais e demonstrava o que tinha de melhor na sua
arte.
Segundo a professora Dilene Kátia, no seu
prefácio ela enfoca que, o livro “A Ovelha Malhada” além de ser instigante, faz
uso de uma linguagem ao mesmo tempo simples e acessível ao público a que se
destina. Palhano narra a estória de uma ovelha que enfrentou certas
adversidades financeiras. Entretanto, soube lidar com as diferenças de cor e,
já na companhia do grande amor de sua vida, supera as adversidades ao buscar
novas alternativas, com recursos próprios, dedicando-se ao trabalho, de maneira
a alcançar um final feliz. Desta forma, a produção volta suas lentes para as
questões contemporâneas. Até porque, enfoca tanto o aspecto de persistência de
uma ovelhinha esperta, em não se deixar esmorecer pelas dificuldades do
cotidiano, bem como ressalta a quebra de paradigmas no que compete ao processo
de inclusão social, tema tão necessário a ser abordado na atualidade”.
O lançamento do livro “A Ovelha Malhada”
aconteceu na Escola do SESC/Araxá, dentro da programação do Banquete literário.
Foi uma tiragem de quinhentos exemplares. Dado sua importância, que foi
reconhecida pelo setor pedagógico da escola, o SESC/Araxá adquiriu 250
exemplares, por sua vez, o SESI resolveu comprar os outros 250 volumes. Dizem
que o escritor ganha muito dinheiro. Não sei não... visto que até os dias de
hoje, esta foi a única obra que eu consegui, pelo menos, cobrir as despesas da
impressão. Com 28 obras publicadas, dessas,
24, eu mesmo que as produzi, no que diz respeito à escrita e à questão
financeira. Portanto, costumo dizer, que eu não sou o Paulo Coelho, mas sim, o
coelho do Paulo.
Mas ainda acredito, que a maior satisfação
para o escritor, não apenas é a questão financeira ou o lucro advindo de sua
obra. Independente de questões monetárias, o maior contentamento de um
escritor, é saber que sua obra está sendo lida e disseminada. Particularmente,
eu escrevo por prazer, mas se em algum caso, a obra nos favorecer algum suporte
econômico, que este seja bem-vindo. Na atualidade, observo o ato de escrever
como uma necessidade premente e intrínseca da minha existência. Neste momento da
minha vida, eu sinto extrema necessidade de estar escrevendo e me sinto
confortável para a posteridade, observando o caráter de quem não tem fim.
Gostaria de concluir este artigo, com a
dignidade de um escritor frente à sua obra. Semana passado, fui ao SESC/Araxá
fazer uma visita cordial à biblioteca lá existente, além de doar alguns livros
de minha autoria. Eu me considero um leitor e eterno estudante, além de um
doador de livros às bibliotecas. Pois bem! Em breve conversa com o pessoal da
biblioteca e do setor de cultura do SESC, saí de lá muito feliz e de certa
forma realizado como escritor, ao saber que a obra mais procurada daquela
biblioteca é exatamente “A Ovelha Malhada”, de minha autoria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário