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segunda-feira, 7 de novembro de 2022

TEATRO DE BOLSO

 


     Esta é uma luta que há 28 anos venho travando e batalhando para que os artistas de teatro do Amapá, possam ter acesso e melhores oportunidades a um edifício teatral de pequeno porte, para suas apresentações teatrais. Tenho escrito e debatido muito, sobre este assunto. Para grupos amadores que não possuem suporte financeiro para se apresentar em grandes casas como o Teatro das Bacabeiras, se faz necessário a urgente construção ou adaptação de uma casa de pequeno porte, à qual denominamos de Teatro de Bolso.

     Chamamos Teatro de Bolso, pequenos edifícios teatrais com plateia em torno de 80 a 150 lugares. Na realidade, uma das hipóteses para um novo impulso do teatro em Macapá, gira em torno de, por um lado, a construção de pelo menos um teatro de bolso com pelo menos 150 lugares, e por outro, uma política cultural de administração desse pequeno espaço, que propicie o acesso aos mais diversos grupos que trabalham com artes cênicas em nossa cidade. Uma política que motive também, a criação de novos grupos de teatro, principalmente nas escolas da rede estadual e municipal de ensino, visto que é principalmente na escola que surgem os novos cidadãos.

     Tais decisões políticas e culturais, viriam a dar cara nova às artes cênicas em nosso município, cativando os jovens, criando uma nova mentalidade e contribuindo para o desenvolvimento sociocultural de nossa sociedade. Sem esquecer que os órgãos de cultura em nível federal, estadual e municipal, poderiam contribuir com projetos voltados para o desenvolvimento das artes cênicas como um todo.

     Os espaços alternativos que já existem em nossa cidade, infelizmente não suprem a necessidade global, dos grupos de teatro local. Por outro lado, o Teatro das Bacabeiras, é um espaço para eventos profissionais e de grande porte, como também para grupos, como o Língua de Trapo, que, com seu famoso espetáculo “Bar Caboclo”, já está consolidado, visto que conquistou e tem seu próprio público, mesmo que venha inventando e criando adaptações, com a intenção de garantir a efetiva participação desse público.

     Relativo a essa questão, no limiar do século XXI, aproximadamente em 2005, o SECS/AP, ventilou suprir essa premente necessidade, com a perspectiva da construção de um pequeno edifício teatral de 156 lugares, que lamentavelmente, ficou no esquecimento. Nessa época, também se discutia sobre a restauração do prédio do antigo Cineteatro Territorial para transformá-lo num teatro. Hoje em dia, há a intenção de restaurá-lo e transformá-lo no Museu da Imagem e do Som – MIS, o que também seria de grande valia.

     Em relação ao “Sílvio Romero”, que é o Teatro Municipal de Santana, quando estava sendo discutido seu desenho arquitetônico, na época, sugeri que além do grande salão, se construísse no próprio prédio, um pequeno teatro de bolso, com a perspectiva de que pequenos grupos pudessem se apresentar naquela casa de espetáculos, à qual, facilitaria o acesso à maioria dos grupos de teatro daquela cidade, de Macapá e de outros municípios, respectivamente. Lembrando que, por serem pequenas salas de espetáculos, também devem comportar os aparatos indispensáveis de um teatro, como: coxias, caixa de palco, recursos de iluminação, mesa de sonorização, refletores, entre outros.  

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