Esta é uma luta que há 28 anos venho
travando e batalhando para que os artistas de teatro do Amapá, possam ter
acesso e melhores oportunidades a um edifício teatral de pequeno porte, para
suas apresentações teatrais. Tenho escrito e debatido muito, sobre este
assunto. Para grupos amadores que não possuem suporte financeiro para se
apresentar em grandes casas como o Teatro das Bacabeiras, se faz necessário a
urgente construção ou adaptação de uma casa de pequeno porte, à qual
denominamos de Teatro de Bolso.
Chamamos Teatro de Bolso, pequenos
edifícios teatrais com plateia em torno de 80 a 150 lugares. Na realidade, uma
das hipóteses para um novo impulso do teatro em Macapá, gira em torno de, por
um lado, a construção de pelo menos um teatro de bolso com pelo menos 150
lugares, e por outro, uma política cultural de administração desse pequeno
espaço, que propicie o acesso aos mais diversos grupos que trabalham com artes
cênicas em nossa cidade. Uma política que motive também, a criação de novos
grupos de teatro, principalmente nas escolas da rede estadual e municipal de
ensino, visto que é principalmente na escola que surgem os novos cidadãos.
Tais decisões políticas e culturais,
viriam a dar cara nova às artes cênicas em nosso município, cativando os
jovens, criando uma nova mentalidade e contribuindo para o desenvolvimento
sociocultural de nossa sociedade. Sem esquecer que os órgãos de cultura em
nível federal, estadual e municipal, poderiam contribuir com projetos voltados
para o desenvolvimento das artes cênicas como um todo.
Os espaços alternativos que já existem em
nossa cidade, infelizmente não suprem a necessidade global, dos grupos de
teatro local. Por outro lado, o Teatro das Bacabeiras, é um espaço para eventos
profissionais e de grande porte, como também para grupos, como o Língua de
Trapo, que, com seu famoso espetáculo “Bar Caboclo”, já está consolidado, visto
que conquistou e tem seu próprio público, mesmo que venha inventando e criando
adaptações, com a intenção de garantir a efetiva participação desse público.
Relativo a essa questão, no limiar do
século XXI, aproximadamente em 2005, o SECS/AP, ventilou suprir essa premente
necessidade, com a perspectiva da construção de um pequeno edifício teatral de
156 lugares, que lamentavelmente, ficou no esquecimento. Nessa época, também se
discutia sobre a restauração do prédio do antigo Cineteatro Territorial para
transformá-lo num teatro. Hoje em dia, há a intenção de restaurá-lo e
transformá-lo no Museu da Imagem e do Som – MIS, o que também seria de grande
valia.
Em relação ao “Sílvio Romero”, que é o
Teatro Municipal de Santana, quando estava sendo discutido seu desenho
arquitetônico, na época, sugeri que além do grande salão, se construísse no
próprio prédio, um pequeno teatro de bolso, com a perspectiva de que pequenos
grupos pudessem se apresentar naquela casa de espetáculos, à qual, facilitaria
o acesso à maioria dos grupos de teatro daquela cidade, de Macapá e de outros
municípios, respectivamente. Lembrando que, por serem pequenas salas de
espetáculos, também devem comportar os aparatos indispensáveis de um teatro,
como: coxias, caixa de palco, recursos de iluminação, mesa de sonorização,
refletores, entre outros.
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