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segunda-feira, 7 de novembro de 2022

TEATRO DE BOLSO II

 


     Iniciarei este artigo, com esta simples pergunta. Quais as vantagens de um Teatro de Bolso? Tenho falado muito sobre este assunto, inclusive no último artigo, sobre construção ou adaptação de um Teatro de Bolso para a cidade de Macapá. Então, vou relatar e esclarecer aqui sobre o que penso em relação ao tema proposto. Vejamos: de um lado, temos o grande edifício teatral, este é um tipo de casa de espetáculos que existe pelo menos um, na grande maioria das nossas capitais. Sem dúvida, é de fundamental importância que haja nas grandes cidades brasileiras, um grande edifício teatral.

     A questão é que nem sempre essas casas de espetáculos, atendem por completo a necessidade dos artistas e de pequenos grupos de teatro de determinada localidade. Teatros que giram em torno dos 500 lugares ou mais, e que são geralmente, os quais, os administradores das cidades e estados preferem construí-los, são teatros que apresentam a necessidade de um orçamento diário muito alto, como também, um grande grupo de funcionários, para sua manutenção e de suas atividades cotidianas. Em função disso, se torna especifica e naturalmente, em um espaço onde poucos grupos amadores conseguem pagar uma pauta, restando apenas, como espaço para artistas e grupos profissionais, seja de teatro, dança, música ou outro qualquer espetáculo do gênero.

     Tudo o que se imaginar em relação à manutenção de uma grande casa de espetáculos, se torna muito oneroso, materiais de limpeza, iluminação, salário dos funcionários, energia, água e esgoto, pintura, manutenção do maquinário da caixa cênica, cortinas, aparelhagem de som, manutenção da área externa que faz parte do conjunto arquitetônico, tudo tem que estar funcionando plenamente, para que os espetáculos possam acontecer. E é por isso, que geralmente, os artistas em geral, tem dificuldade de pagar uma pauta, ou seja, o aluguel do teatro, para que seu grupo possa se apresentar naquele palco.

     Por outro lado, num pequeno Teatro de Bolso, tudo isso se torna menos dispendioso. Vamos ter como exemplo aqui, um teatro com apenas 100 lugares, em relação a um grande teatro; em escala, tudo aqui se torna muito menor, e em consequência, se torna uma casa, que apresenta uma manutenção muito mais em conta, relativo ao seu orçamento. Uma sala deste porte, basta quatro centrais de ar, e nem sempre haverá a necessidade de coloca-las todas em funcionamento. Por exemplo, com 50 pessoas na plateia, basta apenas duas centrais funcionando, somente quando a sala estiver lotada é que vai ter a necessidade de ligar as quatro centrais. Tudo isso facilita o melhor uso e economia deste tipo de teatro.

     Observando que, energia, água, gastos com pessoal, tudo será em menor escala, em relação a uma grande casa de espetáculos. Numa necessidade, e para que um grupo passe o dia organizando sua apresentação, basta apenas uma fonte de luz, para que tudo seja bem encaminhado. Portanto, essa grande economia, vai influenciar grandemente no valor da pauta desta pequena casa, abrindo espaço para que uma grande camada de grupos amadores possa ter essa acessibilidade para mostrar seus modestos espetáculos. E com uma política cultural voltada para grupos amadores, com incentivos, este teatro poderia funcionar todos os finais de semana, ininterruptamente, com objetividade de criar seu próprio público.

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