Iniciarei este artigo, com esta simples
pergunta. Quais as vantagens de um Teatro de Bolso? Tenho falado muito sobre
este assunto, inclusive no último artigo, sobre construção ou adaptação de um
Teatro de Bolso para a cidade de Macapá. Então, vou relatar e esclarecer aqui
sobre o que penso em relação ao tema proposto. Vejamos: de um lado, temos o
grande edifício teatral, este é um tipo de casa de espetáculos que existe pelo
menos um, na grande maioria das nossas capitais. Sem dúvida, é de fundamental importância
que haja nas grandes cidades brasileiras, um grande edifício teatral.
A questão é que nem sempre essas casas de
espetáculos, atendem por completo a necessidade dos artistas e de pequenos grupos
de teatro de determinada localidade. Teatros que giram em torno dos 500 lugares
ou mais, e que são geralmente, os quais, os administradores das cidades e
estados preferem construí-los, são teatros que apresentam a necessidade de um
orçamento diário muito alto, como também, um grande grupo de funcionários, para
sua manutenção e de suas atividades cotidianas. Em função disso, se torna
especifica e naturalmente, em um espaço onde poucos grupos amadores conseguem
pagar uma pauta, restando apenas, como espaço para artistas e grupos
profissionais, seja de teatro, dança, música ou outro qualquer espetáculo do
gênero.
Tudo o que se imaginar em relação à
manutenção de uma grande casa de espetáculos, se torna muito oneroso, materiais
de limpeza, iluminação, salário dos funcionários, energia, água e esgoto, pintura,
manutenção do maquinário da caixa cênica, cortinas, aparelhagem de som,
manutenção da área externa que faz parte do conjunto arquitetônico, tudo tem
que estar funcionando plenamente, para que os espetáculos possam acontecer. E é
por isso, que geralmente, os artistas em geral, tem dificuldade de pagar uma
pauta, ou seja, o aluguel do teatro, para que seu grupo possa se apresentar
naquele palco.
Por outro lado, num pequeno Teatro de
Bolso, tudo isso se torna menos dispendioso. Vamos ter como exemplo aqui, um
teatro com apenas 100 lugares, em relação a um grande teatro; em escala, tudo
aqui se torna muito menor, e em consequência, se torna uma casa, que apresenta
uma manutenção muito mais em conta, relativo ao seu orçamento. Uma sala deste
porte, basta quatro centrais de ar, e nem sempre haverá a necessidade de
coloca-las todas em funcionamento. Por exemplo, com 50 pessoas na plateia,
basta apenas duas centrais funcionando, somente quando a sala estiver lotada é
que vai ter a necessidade de ligar as quatro centrais. Tudo isso facilita o
melhor uso e economia deste tipo de teatro.
Observando que, energia, água, gastos com
pessoal, tudo será em menor escala, em relação a uma grande casa de espetáculos.
Numa necessidade, e para que um grupo passe o dia organizando sua apresentação,
basta apenas uma fonte de luz, para que tudo seja bem encaminhado. Portanto,
essa grande economia, vai influenciar grandemente no valor da pauta desta
pequena casa, abrindo espaço para que uma grande camada de grupos amadores
possa ter essa acessibilidade para mostrar seus modestos espetáculos. E com uma
política cultural voltada para grupos amadores, com incentivos, este teatro
poderia funcionar todos os finais de semana, ininterruptamente, com
objetividade de criar seu próprio público.
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