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quinta-feira, 21 de julho de 2022

O MOBRAL E O RADIOTEATRO

 


     O Movimento Brasileiro de Alfabetização - MOBRAL, em muito contribuiu para o desenvolvimento do teatro no Estado do Amapá. Além da motivação, trazia para o Cabo Norte muitos cursos e oficinas na área das artes cênicas. Coronel Luiz Ribeiro de Almeida, defensor ferrenho da educação e das artes, era Presidente do MOBRAL e trazia vários professores de outros estados para ministrar cursos e oficinas de teatro, como; impostação de voz, interpretação, direção teatral entre outros cursos. Da mesma forma que tantos outros, Marizete Ramos veio de Belém, como também o diretor Luiz Otávio Barata, para ministrar curso para nossos atores.

     Por outro lado, também havia alguns professores aqui no Estado do Amapá que já tinham conhecimento e condições de ministrar oficinas de teatro, como a atriz Creuza Bordalo, Padre Mino e o próprio Coronel Luiz Ribeiro. Alguns grupos mais antigos e que ainda continuam atuando em nosso meio, participaram de várias dessas oficinas, como o  atual “Grupo Língua de Trapo” que vem há mais de 30 anos apresentando a peça “Bar Caboclo; e ainda o Grupo do Amadeu Lobato, com o espetáculo “Uma Cruz para Jesus”; esses grupos surgiram a partir da promoção dessas oficinas que foram promovidas pelo MOBRAL.

     Nesse mesmo período, O SESC/AP, foi outro incentivador de oficinas de teatro, quando o todos os artistas da época tiveram acesso, no aprendizado e apoio oferecido por esse órgão. Se por um lado, havia o MOBRAL e o SESC/AP, por outro lado, as emissoras de rádio em muito contribuíram para o desenvolvimento do nosso teatro, principalmente no que diz respeito à promoção de radionovelas. Além de cederem seu próprio espaço físico para que os grupos pudessem apresentar seus espetáculos.

     É válido afirmar que na década de 1970 do século XX, a cidade de Macapá ainda era muito pacata; e, como em todo o Brasil, televisão era objeto raro, restava à sociedade local se voltar para sua educação e produção cultural. A comunicação era realizada a partir do jornal impresso e em áudio, pelo rádio. Além do teatro escolar e religioso que se fomentava, ainda havia vestígios do radioteatro que era voltado para produção radiofônica de programas e novelas.

     Aqui, a Rádio Difusora de Macapá exerceu papel de grande importância, e uma geração foi se revelando na área do rádio teatro como, por exemplo, a atriz Creuza Bordalo; o ator José Maria de Barros; o ator Clodoaldo Nascimento, Consolação Côrte, entre outros. Nessa época, o rádioteatro tinha grande audiência. Essa turma de radioatores, sem dúvida, influenciou novas gerações que passaram a se dedicar ao teatro em nosso Estado.

 

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