Ao longo da história do teatro do
Amapá, percebe-se em vários momentos, a dedicação de várias mulheres que se
dedicaram à arte da dramatização, aqui em nosso Estado. E este é o caso de
Honorinha Banhos, mais conhecida como Vovó Doninha, cujos textos tinha como
base a cultura popular. O teatro na escola em muito avançou na década de 1960, além
de Vovó Doninha tínhamos outras figuras importantes como: professor Munhoz,
professora Zaide Soledade, Creuza Bordalo e professora Rizalva Amaral.
Honorinha Banhos (Vovó Doninha) que por
muito tempo dirigiu um Grupo de Pastorinhas como também escrevia e montava
textos teatrais com temas populares, que sempre eram apresentados na Sede do
Trem Desportivo Clube, que funcionava como teatro e cinema. A professora
Rizalva Amaral iniciou muitos jovens em relação ao teatro nessa década, montou
vários espetáculos nas escolas por que passou, era diretora de teatro e
escrevia textos teatrais com temas religioso e social. Foi em função de sua
influência como também da Vovó Doninha que a professora Zaide Soledade iniciou
sua vida no palco nessa época.
Em Belém do Pará, Honorinha Banhos era
conhecida como famosa atriz e dançarina. Em novembro de 1945 chegou à Macapá
com a Companhia Teatral Cantuária, e apresentou como atriz, nas peças, “Ladra”
e “Mãe Brasileira”. Erastos Banhos, seu irmão, também era um famoso palhaço que
por várias décadas se apresentava no Pará.
No “Jornal A Voz Católica, Ano II, de 20
de novembro de 1960, na 3ª página, que era dedicada à “Crônica das Paróquias”,
há um artigo sobre as festividades da Crisma quando na ocasião o Bispo
participava. Neste dia, entre as atividades culturais também encontrei algo
sobre atividades teatrais, enfoca assim o referido jornal: “assistimos a uma hilariante pecinha teatral levada às cenas e
interpretada maravilhosamente pelas conhecidas artistas Nazaré e Elza Guedes,
Maria Helena e Lucimar...”.
Ainda do “Jornal A Voz Católica, Ano III,
nº 70, 3ª página” de 26 de fevereiro de 1961, há nesta mesma coluna, outra
passagem que se refere ao teatro na cidade de Oiapoque. Tal registro enfoca o
aniversário do aparecimento de Lourdes e é dentro dessas comemorações que se
desenvolve apresentações teatrais. Diz o texto: “A gurizada espera ansiosa a chegada das professoras, não somente
porque é louca... pelo estudo, mas também desejosa de... levar às cenas tantas
peças teatrais. Menino de lá é artista”
No final da década de 1960, em Macapá,
haverá nova ampliação dos meios de comunicação quando da criação da Rádio
Educadora de Macapá (segunda emissora radiofônica), que pertencia à Prelazia e
entrou no ar no ano de 1968. Esta emissora também abriu espaço para os artistas
da época. Embora tenha tido destaque no Estado, por força do regime militar a
referida emissora encerrou suas atividades no dia 22 de agosto de 1978.
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