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segunda-feira, 3 de maio de 2021

JOCA MONTEIRO

 


     Numa sociedade em que as pessoas são motivadas ao aqui e agora, aos modelos de corpos femininos e masculinos que se propagam como arquétipos, para serem seguidos pelos mais jovens. A moda do vestuário que determina o que de melhor deve ser usado como roupas, para serem compradas pela maioria da população. Os programas de TVs que mal contribuem para a educação do povo, seja, artística, política, social e economicamente.

     Num mundo que impõe o consumismo como metodologia de vida, que gera nas pessoas uma corrida desenfreada em busca de emprego, saúde, educação e moradia. Num momento em que 116 milhões de brasileiros se encontram na linha de insegurança alimentar. Tempo, em que inadvertidamente se destrói a natureza com o desmatamento desenfreado, principalmente na Amazônia. Se torna muito difícil falarmos de livros, tendo em vista que, acabamos de passar pelo dia do livro que foi 23 de abril, e pouco se comemorou esta data.

    Mas, antes dos livros há aqueles que estão nas coxias, são os autores, aqueles que escrevem os livros. Se é difícil escrever e publicar; imaginem um autor que escreve, confecciona, publica seus livros e ainda por cima, conta para o leitor toda a história contida no próprio livro. Será que existe algum autor assim? Claro que existe! Ele é conhecido como Joca Monteiro e mora na Baixada Pará, onde realiza um excelente trabalho, não só como autor e como artista, mas também desenvolve um trabalho de política social comunitária, onde em muito contribui para com os moradores do lugar.

     Um livro na biblioteca é apenas um objeto, realmente, ele passa a ser livro quando é retirado da estante e passa a ser lido por alguém. Nosso autor, vai mais além, ele escreve, edita e ainda conta a história para seu cliente. Além de escritor independente, Joca Monteiro é; ator, dramaturgo, palhaço, professor, contador de histórias, ilustrador, editor e brincante da Amazônia. É um artista que vem há bastante tempo, se dedicando a escrever livros, em sua maioria coloridos, que trazem enredos ligados às questões telúricas.

     Joca Monteiro é um excelente contador, quem já presenciou algumas de suas apresentações como contador de história, sabe muito bem disso. Ele já esteve presente numa das minhas aulas no Curso de Teatro da UNIFAP, quando, na ocasião houve um debate com a turma. Afora os livros, ele se dedica a escrever para teatro. Alguns grupos teatrais, aqui em Macapá, já montaram seus textos. Eu mesmo, quando participava da comissão de avaliação de projetos de montagem para teatro, da FUNARTE, tive a honra de ler o projeto de montagem do espetáculo “Um Véu Para Dagmar”, onde, na ocasião, o referido texto foi selecionado e aprovado. Seu trabalho não se limita apenas à arte pela arte, é um trabalho artístico, econômico, político e social. Na Pandemia que estamos vivendo, foi ele (Joca), quem teve a decisão de fazer campanha pedindo contribuição de alimentos para ajudar as pessoas mais carentes da Baixada Pará.  Joca Monteiro é um artista sui generis, que merece o reconhecimento dos órgãos públicos de cultura do Amapá.

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