Numa sociedade em que as pessoas são
motivadas ao aqui e agora, aos modelos de corpos femininos e masculinos que se
propagam como arquétipos, para serem seguidos pelos mais jovens. A moda do
vestuário que determina o que de melhor deve ser usado como roupas, para serem
compradas pela maioria da população. Os programas de TVs que mal contribuem
para a educação do povo, seja, artística, política, social e economicamente.
Num mundo que impõe o consumismo como
metodologia de vida, que gera nas pessoas uma corrida desenfreada em busca de
emprego, saúde, educação e moradia. Num momento em que 116 milhões de
brasileiros se encontram na linha de insegurança alimentar. Tempo, em que
inadvertidamente se destrói a natureza com o desmatamento desenfreado,
principalmente na Amazônia. Se torna muito difícil falarmos de livros, tendo em
vista que, acabamos de passar pelo dia do livro que foi 23 de abril, e pouco se
comemorou esta data.
Mas, antes dos livros há aqueles que estão
nas coxias, são os autores, aqueles que escrevem os livros. Se é difícil
escrever e publicar; imaginem um autor que escreve, confecciona, publica seus
livros e ainda por cima, conta para o leitor toda a história contida no próprio
livro. Será que existe algum autor assim? Claro que existe! Ele é conhecido
como Joca Monteiro e mora na Baixada Pará, onde realiza um excelente trabalho,
não só como autor e como artista, mas também desenvolve um trabalho de política
social comunitária, onde em muito contribui para com os moradores do lugar.
Um livro na biblioteca é apenas um objeto,
realmente, ele passa a ser livro quando é retirado da estante e passa a ser
lido por alguém. Nosso autor, vai mais além, ele escreve, edita e ainda conta a
história para seu cliente. Além de escritor independente, Joca Monteiro é;
ator, dramaturgo, palhaço, professor, contador de histórias, ilustrador, editor
e brincante da Amazônia. É um artista que vem há bastante tempo, se dedicando a
escrever livros, em sua maioria coloridos, que trazem enredos ligados às
questões telúricas.
Joca Monteiro é um excelente contador,
quem já presenciou algumas de suas apresentações como contador de história,
sabe muito bem disso. Ele já esteve presente numa das minhas aulas no Curso de
Teatro da UNIFAP, quando, na ocasião houve um debate com a turma. Afora os
livros, ele se dedica a escrever para teatro. Alguns grupos teatrais, aqui em
Macapá, já montaram seus textos. Eu mesmo, quando participava da comissão de avaliação
de projetos de montagem para teatro, da FUNARTE, tive a honra de ler o projeto
de montagem do espetáculo “Um Véu Para Dagmar”, onde, na ocasião, o referido
texto foi selecionado e aprovado. Seu trabalho não se limita apenas à arte pela
arte, é um trabalho artístico, econômico, político e social. Na Pandemia que
estamos vivendo, foi ele (Joca), quem teve a decisão de fazer campanha pedindo
contribuição de alimentos para ajudar as pessoas mais carentes da Baixada
Pará. Joca Monteiro é um artista sui
generis, que merece o reconhecimento dos órgãos públicos de cultura do
Amapá.
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