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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

COMO É FORTE NOSSA FORTALEZA


COMO É FORTE NOSSA FORTALEZA

     Passou o tempo em que havia uma fortaleza no centro de Macapá e ninguém a percebia. A fortaleza estava na cidade, mas não fazia parte dela. Vivia abandonada e cheia de árvores e mato que tomava conta o seu interior. Um dia foi descoberta. Alguém a descobriu e a trouxe de volta. Ela sempre esteve lá, mas foi preciso um olhar mais aguçado que fizesse com que ela ressurgisse. Vieram os arqueólogos que passaram meses e meses cavando, mexendo, descobrindo e revelando as entranhas de sua história. Trouxeram seus instrumentos de precisão e restauraram seu interior e sua parte externa. Até paredes que estavam encobertas de terra surgiram para vangloriar o amapaense.
     A Fortaleza foi surgindo lentamente, chegando para perto da cidade, se aproximando incondicionalmente. E as pessoas começaram a ter no seu cotidiano aquele gigante de pedra que vinha ressurgindo, como a fênix, das cinzas. Ela veio e abraçou a cidade, a cidade a abraçou e a população também. Seu interior foi aberto para visitas e o povo passou a apreciar mais um edifício restaurado e que faz parte de sua história cultural.
     No seu entorno as praças foram aparecendo lentamente. Muitos dias de espera até que tudo ficasse pronto. Na parte norte definiu-se uma espécie de anfiteatro, que como no teatro grego antigo passou a ter como pano de fundo uma grande muralha. Já serviu até de cenário para o Jornal Nacional, uma honra para os munícipes. Por outro lado, muitos eventos já foram realizados, naquele amplo e ventilado espaço público.
     No lado sul inaugurou-se um amplo espaço de lazer com parque de diversão para crianças, pena que foi abandonado pelos gestores. Denominou-se de lugar bonito. Hoje possui muitas árvores que já cresceram em função do tempo. Como as árvores, nossos filhos também crescem, quase imperceptivelmente. O lugar bonito virou cartão postal. O cartão postal mais bonito de Macapá.
     Acredito que a Fortaleza de São José de Macapá poderia ser mais utilizada no sentido de se promover e se criar eventos tradicionais, eventos que se tornassem clássicos, como por exemplo, alguma encenação de época com soldados vestidos à caráter com roupas medievais, elevando tochas para iluminar  seu caminho.
     Como a peça Uma Cruz Para Jesus, poder-se-ia montar algum trabalho de época sobre a história do Amapá enfocando a participação de Cabralzinho na defesa de nossas terras. Espetáculo que no período de verão fosse apresentado, por exemplo, religiosamente numa sexta feira às 19:00 hs, e que houvesse a possibilidade de no roteiro ouvir-se um estampido de canhão. Seria um espetáculo tradicional e clássico e que constasse no guia turístico de nossa cidade.
                                                                                             PhD. Romualdo Palhano.

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