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domingo, 22 de abril de 2012

BREVE HISTÓRICO DO TEATRO NO AMAPÁ


     O teatro no Amapá é muito antigo. Os primeiros momentos aqui em nosso Estado têm início ainda no século XVIII com a apresentação teatral da luta dos Mouros e Cristãos na antiga Vila de Mazagão Velho. Esse espetáculo que continua sendo apresentado nos dias atuais revela-se no teatro mais antigo do Amapá. Também é o mais remoto teatro apresentado ao ar livre em nosso Estado. Em segundo lugar temos o espetáculo “Uma Cruz Para Jesus” de Amadeu Lobato que há 33 anos vem sendo apresentado ao lado da Fortaleza de São José de Macapá.
     Ainda há registros de que em 1775 existiu um pequeno teatro de madeira no centro da cidade de Macapá, nas imediações do antigo prédio da Intendência, hoje Museu Joaquim Caetano. Esse teatro foi visitado por Mendonça Furtado que era naquele momento Governador da Província do Grão-Pará, sendo que na ocasião, o mesmo deixou uma quantia em dinheiro para a restauração do referido teatro.
     Há conhecimento de que na década de 1920, Padre Júlio Maria Lombard também foi diretor e organizou seu grupo de teatro com vários coroinhas para que os mesmos pudessem adquirir melhor desenvoltura para exercer com mais eficiência as atividades no âmbito da igreja católica.
     Em 1960 tivemos aqui o Teatro do Estudante do Amapá que em muito contribuiu para fomentar as atividades teatrais em nosso Estado. Na década de 1970 há a presença permanente do “Grupo Telhado”. Percebe-se a presença marcante nessa época do MOBRAL – Movimento Brasileiro de Alfabetização, que trouxe para nosso Estado muitos cursos de interpretação e direção. Em função disso, muitos grupos de teatro foram fundados nessa época. Foi a partir de um desses cursos que surgiu o “Grupo Língua de Trapo” que atualmente vem apresentando um de seus clássicos que é o espetáculo teatral “Bar Caboclo”. Na década de 1980 aparece o SESC – Serviço Social do Comércio com várias montagens como “Dona Baratinha” e “O Palhaço e o Rei”, imbuídas neste processo estavam a Professora Nazaré Trindade e a atriz Cecilia Lobo.
     Também há notícias de que entre a década de 1940 e 1950 o Governador Janarí Gentil Nunes convidou um famoso Circo para passar uma temporada aqui em Macapá. Na época a trupe circense gostou tanto da cidade que resolveu aqui estabelecer residência. Os que faziam parte desse grupo permaneceram aqui e ainda hoje muitos de seus familiares continuam em Macapá. A família Banhos que hoje vive em nossa cidade é descendente de artistas circenses.

2 comentários:

  1. Não imaginava que a apresentação da batalha dos Mouros e Cristãos era tão antiga assim. Muito interessante a postagem, professor! :)

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  2. Muito bom esse texto professor, dá até para repassar para meus aalunos se o senhor permitir.

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