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domingo, 3 de novembro de 2024

ODE A FERNANDO CANTO

 

ODE A FERNANDO CANTO

                                                                                                                                       

     Conheci o professor Fernando Canto lá pelos idos anos de 1994, do século XX, quando eu assumi uma cadeira de professor no Núcleo Pedagógico Integrado da Universidade Federal do Pará. Nosso primeiro contato foi exatamente a partir da cultura, visto que eu havia dirigido com alunos do NPI/UFPA, o espetáculo de revista, Para Esse Barco não Pará, e fizemos uma temporada na Praça Presidente Vargas, no Núcleo de Cultura da UFPA, instalado naquele famoso jardim. Foi nesse encantador espaço que tive minhas primeiras impressões em relação ao escritor Fernando Canto. Como conhecedor, desbravador e eclético, ele exercia no mínimo duas funções naquela casa de ensino, por um lado, técnico, e por outro, professor da disciplina de sociologia.

     Ainda em 1994, resolvi me submeter a concurso para a Universidade Federal do Amapá. Com resultado positivo, e perante a necessidade de concluir meus diários, no finalzinho do ano, tive que solicitar exoneração da UFPA. Já no dia 2 de janeiro de 1995 tomei posse na UNIFAP, minha casa preferida, à qual, permaneço até os dias atuais. E foi neste mesmo ano que certo dia, encontrei Fernando Canto, já como servidor da UNIFAP. Na ocasião, lhe perguntei: - Ué! Mas...! Você é irmão daquele rapaz que trabalha na UFPA?  Ele me respondeu: - Sou eu mesmo, agora estou aqui como funcionário da UNIFAP. Fiquei espantado por tê-lo visto por aqui, e podermos então, compartilhar a partir daquele momento, numa instituição, à qual, passaríamos longos anos.

     Com o passar dessas três décadas venho acompanhando toda a dedicação laboriosa do músico Fernando, para com nossa UNIFAP e para com o Estado do Amapá. Estivemos, pari passu, compartilhando os mesmos sentimentos em relação à nossa querida UNIFAP. Naquela época, nossa universidade era embrionária e continha apenas nove cursos de graduação, com espaços físicos que eram mínimos, mas por outro lado, como ressalva muito bem, o Fernando professor com olhar de poeta: - em suas paredes e seus pavilhões outrora cintilantes, decorados pelo material escuro tanto tempo cobiçado... referindo-se às paredes que eram revestidas de pedras de manganês, e que que representavam a grande riqueza econômica do Amapá.  Era uma época, na qual, docentes e técnicos se irmanavam com orgulho, fixando um olhar no futuro, com o grande objetivo de um dia entregarmos para as próximas gerações, uma grande universidade, como a conhecemos na atualidade. 

     E é nessa hora, neste ano de 2024, quando nosso tão propalado Fernando Canto, doutor, poeta, professor, cronista, músico, escritor, compositor, instrumentista, presidente da Academia Amapaense de Letras e, grande divulgador da cultura amapaense, se despediu deste plano na última terça-feira, dia 29. Reconheço plenamente, que sua missão foi cumprida, em particular, em nossa instituição de ensino superior, e em geral, no Estado do Amapá como um todo. Não só isso...!! Este ciclo glorioso, ele fechou com chave de ouro, com a publicação, no ano passado, do seu livro intitulado: Universidade Equatorial: uma aventura acadêmica, e que acrescenta humildemente no seu subtítulo, como: uma prestação de contas poética do Servidor Público Federal. Aproveito aqui, e tiro o chapéu para o amigo Fernando, e é por isso que eu sempre digo: Fernando está aqui, ali e acolá...! Salve FERNANDO, que continuará em todo CANTO, desse vasto Amapá.

 

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